Capítulo 1: Uma verdade universal

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Disclaimer: Nem Genshim Impact nem Orgulho e Preconceito pertencem a mim. A arte da capa é de um instagran: chuil__art


  Era uma verdade universalmente conhecida que todo rico falido de Fontaine ia morar em Mondstat para manter seu estilo de vida, só que com um custo muito mais baixo. A família Megistus não era uma exceção. O senhor Fraçois Megistus apostou muito dinheiro numa invenção que parecia muito promissora - o telégrafo portátil- só que o aparato não só não vendeu, como gerou uma grande dívida.

  A sorte da família Megistus era que antes disso, eles tinham uma quantidade respeitável de terras, imóveis, e um investimento de 10 anos no Banco do Norte. Dentre essas posses, as que ele escolheu para quitar as dívidas foram suas propriedade rurais. Já a renda dos imóveis urbanos não era o bastante para bancar o estilo de vida de uma família como a deles na capital de seu pais.

 E o investimento no Banco do Norte? Ele continuava lá firme e forte rendendo juros, mas como era de um tipo bem específico ,não podia ter nenhum centavo retirado até o fim do prazo dos 10 anos.

 Então a família não teve outra opção senão se exilar em Mondstat para economizar dinheiro, e futuramente - eles esperavam- poderem comprar pelo menos uma de suas propriedade rurais. Assim podendo voltar a viver entre seus elegantes campos de lavanda. Viver na capital não era o habito de ninguém da estirpe deles. Quem quer viver numa cidade cheia de fumaça o tempo todo? Não, a capital era para compras, bailes, e para tomar cafés chiques em estabelecimentos de alto valor estético. Ah sim,  também haviam as óperas, e as exposições extraordinárias. Mas fora isso o campo era sempre superior.

Esse era o plano lógico do Sr Megistus mas sua esposa não concordava com ele. Para ela o mais racional a se fazer naquela situação, era casar suas filhas com homens ricos. Ela sequer cogitava a ideia de suas 4 filhas ,e até mesmo de seu filho, trabalharem. Como a vida nunca acontece conforme o planejado, Aether e Lumine se juntaram á Guilda dos Aventureiros. Não só isso, Aether resolveu viajar por Teyvat atrás de tesouros raros.  E Tudo isso com o apoio do pai!!!

  Lumine se especializou em combate sendo sempre escalada para fazer escoltas de comboios comerciais em Mondstat. Para terminar de causar desgosto na mãe,  Mona era parte do coven Hexenzirkel - chagando até a usar o chapéu pontudo símbolo de seu lugar na hierarquia do grupo-  e escrevia artigos de astrologia para uma série de revista especializadas. Tudo estava errado, absolutamente errado -pelo menos na visão da matriarca- as meninas deveriam se ocupar de moda, artes, ou música. Lumine e Mona faziam coisa aberrantes.

  Para a sorte da senhora Megistus,  duas das filhas , as mais novas, eram normais e seguiam seus conselhos se focando em arranjarem maridos ricos. Já se preocupavam com suas roupas, maquiagem, perfumes caros, e estavam treinando suas habilidades de flerte com os mais bonitos dentre os Cavaleiros de Favonius.

  Os meses foram passando até se converterem em  quatro anos e tanto Lumine quanto Mona já estavam acostumadas com seu novo lar, e até felizes lá. Morar em Fointaine era ter que obedecer um sem número de protocolos já em Mondstat elas podiam fazer o que queriam, falar com quem queriam, e até escolherem seus próprios amigos. Bendita fosse a nação da liberdade!

   De todas as pessoas interessantes da cidade, uma chamou a atenção de Mona desde a primeira vez que a viu, e com o tempo se tornaram amigas inseparáveis. Essa pessoa era nada menos do que a freira Rosária. A única freira ateia que deveria existir no mundo todo, não no cosmos todo! O senso de humor ácido dela era justamente o que as astróloga apreciava. Assim juntas faziam vários comentários mordazes sobre os absurdos que viam todos os dias, e o que não faltava em Mondstat eram absurdos. Por causa da posição eclesiástica, Rosária sabia tudo sobre todos. 

O orgulho do mensageiro e o preconceito da astrólogaOnde histórias criam vida. Descubra agora