Capítulo 9 - Sombrias descobertas

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                                "Como assim uma jornalista fala assim, de forma tão invasiva sobre a dor dos outros!"  — Arm sufoca sua ira ao socorrer Big. A revolta pela forma invasiva de falar sobre o que os outros sentem e o desrespeitos de alguns meios sempre tiram ele do sério. Por isso que ele jamais vê esse tipo de jornalismo...

                               Diferente dos jornalistas, Arm conhece a relação do pianista com o falecido clarinetista. Na verdade, sabe até demais. Não existe pessoa no mundo que ele odeie mais que o morto, embora nunca tenha desejado sua morte e não seja feliz com ela.

                            Ken não é discreto com seus casos, tantos os secretos, com homens quanto os mais óbvios, com mulheres. E não entende porque o cliente não via como vinha sendo enganado nos últimos meses.

                            Pegou o corpo do cliente e levou para a cama. Dirigiu-se ao bar em busca de alguma bebida e só havia água e suco, tudo inútil para despertar o moreno. Como não achou nada para despertá-lo, chamou um segurança na porta e pediu que providenciasse álcool.

                          Já com o álcool, passou nos pulsos e nariz do homem, que despertou.

                          Todas as vezes que Big se dirigiu ao segurança foi com uma voz ríspida e sem emoção, mas agora, sua voz está repleta de dor.

                         — É mentira, Arm? Diz que é mentira, por favor.

                          — Infelizmente não é, senhor Nodted. O senhor Kinn ligou, enquanto o senhor estava desacordado e disse para não voltarmos à Tailândia por esses dias...

                         — Como assim? Kinn enlouqueceu? Ele é meu noivo, mesmo que tenha sobrado só cinzas, ainda assim, quero estar com ele.

                          — Eu entendo senhor, mas o senhor Kinn mandou uma nota para que eu leia, mas realmente não pretendo fazer isso. O senhor terá que ler sozinho.

                          — Por favor, só leia. Minha cabeça está explodindo e não estou ligando para nada. Só quero ir para casa agora.

                             Arm pegou o celular e insistiu mais uma vez, tendo seus pedidos rejeitados, assim leu:

                                "— Sinto muito ser quem vai lhe dizer isso, amigo Big, mas infelizmente sua vinda para cá pode criar problemas para sua vida e carreira, uma vez que a família de Ken apresentou como viúva dele, Kornyat Monen Henry. Sua turnê ainda leva alguns meses e se você quiser, posso pagar todas as multas desses eventos e cancelá-los. Você não é só um contratado, é meu amigo e sei que você estava comprometido com Ken. Quero, como amigo, lhe dizer que não sabia desse relacionamento com Monen, por isso fiz vista grossa quando vocês quebraram as cláusulas contratuais e se envolveram. 

                             Desculpe me imiscuir em sua vida dessa forma em seu momento de luto, mas é extremamente necessário que pense com cuidado em você, pelo bem de sua sanidade física e emocional. Estou feliz que seja o Arm que está com você aí, além de ser um profissional excelente, é meu irmão e amigo pessoal e já pedi que cuide você como se fosse um de nossa família - porque você sabe que é assim que o vemos. 

                           Se precisar de alguém e resolver ficar aí ou cumprir sua agenda, informe-me e diga se quer que eu agende Khun ou Kim com a desculpa de ir trabalhar aí e cuidar de você por mim. Sei que   para você, pode ser  que nesse momento talvez Arm não seja a melhor companhia, mas para mim você não estaria em mãos melhores que as dele nesse seu momento de dor. Amo você.

O Fruto Proibido  1                                 #BigArmOnde histórias criam vida. Descubra agora