Capítulo 16 - Falha... E o pedido dele?

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                             — Tem certeza que não quer que eu suba, Big? Ele nunca falou daquele jeito. Estou preocupado.

                              — Pois eu não estou... Pelo contrário, estou bem animado. Agora, se ele não me pedir hoje, juro que vou morar na sua casa para sempre! 

                               Pol  voltou para o carro preocupado. Aquele tom de voz era muito atípico. Mas seguiu para o escritório. "Qualquer coisa Big liga e o busco, até a raiva deles passar..." Pensou, preocupado.

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                                  "Porque quando temos pressa parece que sobe um milhão de pessoas no elevador?" Big está nervoso. Tamborila os dedos nas paredes do elevador que resolveu abrir em todos os trinta e dois andares... 

                               As pessoas saindo e entrando, algumas não disfarçam por ver o homem alto com óculos escuro e chapéu dentro do elevador. alguns cumprimentam. Outros perguntam quando ele chegou. E ele sorri, firme, educado e depois de alguns minutos, que pareciam uma eternidade, começou responder em chinês e tailandês. 

                            Quando enfim ficou só no elevador, suspirou aliviado.  A luz na tela acendeu e ele viu pelo visor, a porta do único apartamento do andar, aberta... Sorriu.  A  porta abriu e ele saiu, ainda sorrindo.

                            Seguiu até  a porta tentando disfarçar o sorriso, mas esse sumiu quando viu o rosto transtornado de Arm. Parou, assustado. Arm voou em sua direção e o abraçou e Big viu que ele tinha chorado. 

                           — O que houve com você, Arm Por que tamanho desespero?

                           Arm agora estava inspecionando Big de todos os lados. Como se procurasse nele algum machucado ou sabe-se lá o que mais!

                          — Estou bem, só fui comer fora. Pol subiu, eu autorizei e depois desci com ele, achei que tinham prestado atenção...

                           — Dispensei todos! Não sabem cuidar de você. E quem mandou não me atender?

                          — Eu tirei o som para ensaiar, Arm. Eu não vou abandonar você. Você é meu namorado... Bem, namorado, namorado não é... É mais como meu colega de quarto por quem sou apaixonado e ele nem vê...

                           Arm parou. O semblante dele fechou e seu rosto ficou vermelho e indignado. Suas mãos fechavam e abriam, os músculos dos punhos totalmente demarcados e seus lábios se contraiam como se ele se negasse a falar o que lhe ia pela mente. Big olhava atento, achando essa mutação perigosa e promissora.

                             — Eu não sou seu colega de quarto, Big Nodted! Sou seu namorado!

                            — Acho que temos ideias diferentes sobre o que é ser namorado então, Arm, "meu bem".

                              Big usou a forma brasileira de "my honey", porque ele estava querendo que o outro realmente reagisse, sem ele ter que dar o primeiro passo. Ele sempre quis isso, ser quem é seduzido.

O Fruto Proibido  1                                 #BigArmOnde histórias criam vida. Descubra agora