Capítulo 3 - Aniversário de Arm

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                                  — Alô, Big, sou eu, mano, o Kinn.

                                  — Oi, Kinn... Só para lembrar que quando você liga aqui eu sei quem é, já que tenho seu número! 

                                   — Oh! Pensei que não tinha! Já que não me liga mais... 

                                   — É sobre a turnê, Kinn? Fale com o Arm...

                                   — Você abusa de meu irmão, cara! É assessor, é guarda-costas, é carregador de instrumentos... Qualquer dia você manda ele buscar seu amor-próprio.

                                  — Sim, Kinn! No mesmo dia que eu procurar um novo manager... E diz logo o que quer antes de Porsche grite você da cama, seu coelho.

                                — Big, só para alertar, eu estou viva voz com meu pai e com tio Kan...?

                                — E eles não sabem que você é um coelho? Não desocupa ninho nunca!

                                Big ouviu as risadas dos mais velhos. 

                               — Ei, tios, boa-noite. Tudo bem, tio Khorn? Tio Kan?  Tia Nane está aí?

                               — Não, foi lá dentro buscar mais aperitivos. Estamos fazendo piquenique na piscina, aproveitando essa nossa temperatura deliciosa de hoje.

                               Big lembrou dessas reuniões. Desde que começou namorar ou seja lá o que tem com Ken que não visita os  amigos. Uma escapada para um piquenique de piscina com os Theerapanyakul era sempre motivo de muito amor e bagunça.

                            — Que delícia, tios. Vou fazer o Kinn liberar espaço na minha agenda  depois de Nova York e vou ficar aí uma semana, sapeando nessa piscina e comendo  as delícias da Ming e da tia...  

                            — Vamos ficar felizes com você aqui. Sabe que com seus pais ausentes, somos seus pais substitutos, não só para termos orgulho, para dar colo também. — Tio Khorn  responde com alegria e a voz de Kan confirmando cada palavra chega até Big, que sorri. De fato, se não fosse a diferença com Arm, nunca teria se mudado para longe dos tios.

                          — Big, mandei um bolo mais cedo para sua casa e sei que a menina recebeu. Pode dar para Arm e abrir a câmera para o pai e o tio  cantar a música predileta dele?

                          Big gelou! Era aniversário do Arm e ele lerdo, disse-lhe que não poderia sair de folga. mais uma vez sua voz interior o xingou por cair nas armadilhas psicológicas de Ken. 

                           Arrependido, lembrou que todas as datas da Família são celebradas com carinho, amor e muito abraço,  geralmente à beira da piscina...

                          — Vou chamar o Arm, Kinn. 


******

                            Arm não lembra como acabaram assim, mas isso não importa. Sua lembrança anterior era a vontade de brigar com Big por ter vontade de ir encontrar com os irmãos e os amigos no Um Bar para cantar, beber e conversar em comemoração de seu aniversário e o grandalhão ter dito não.

                           Era uma surpresa estar agora nos braços do homem que ama. Os beijos quentes, as mãos assanhadas, as carícias secretas e arrepiantes. Enlaçou o outro pelo pescoço e buscou apoio em suas costas, enquanto sentia a mão atrevida a bolinar seu sexo.

                          Nunca imaginou que seria assim, mágico e confortável estar com ele, senti-lo passear por seu corpo como um delicioso tormento.

                             Sentiu seu sexo vibrar e crescer com a quentura da mão do outro e, de repente, seu nome começou ecoar por sua mente e a mão desistiu de manusear seu sexo, seu corpo esfriando com o afastamento do outro.

                             — Arm...

                             — Arm...

                              Arm virou-se na cama, ficando de frente para Big, despertando de seu sonho erótico.

                             — Não! Esse cara não está de barraca armada aqui!

                             Big ficou chocado com o semblante de Arm, um misto de susto e desejo não realizado e enfim ele despertou ciente de seu estado e correu para o banheiro, totalmente sem graça, o sonho quente sumindo da mente dando lugar à vergonha.

                            — Terminando aí, vai na casa grande, preciso falar com você.

                             — Já vou... senhor Nodted.

                             Big riu e sussurrou baixinho, entre revoltado e curioso:

                            — Senhor Nodted... senhor Nodted... Todo cheio de respeito e tendo sonhos eróticos na minha casa.

******

                            Na sala da enorme casa Arm olhava feliz para a tela, a vergonha já jogada ao monstro do esquecimento. O pai e o tio cantavam sua música predileta...

                            Ele chorava vendo os irmãos e primos ali à beira da piscina e ouviu a declaração de amor deles. Ao final combinaram de se ver no Hum Bar e ele soprou a vela do bolo que tia Nane tinha encomendado e enviado para a casa de Big.

                          Para a família que sempre via Big como parte deles e o fato de Arm se manter perto do "amigo" não era estranho. Só os irmãos sabiam o que havia entre ele e o grandão e sabiam que eram diferenças e mesmo assim , em respeito ao irmão e amor ao amigo, não se intrometiam entre eles. 

                           Arm sorriu vendo a família e depois de ver a live familiar, foi para o quarto se trocar para a noite.

                         Só uma coisa passava por sua cabeça e o feria: a noite não terminaria como no sonho e ele só não estava frustrado por causa da recarga de amor que tinha recebido. 






O Fruto Proibido  1                                 #BigArmOnde histórias criam vida. Descubra agora