Meu doce anjo caído [FAMÍLIA BELLEROSE]🥀

Capítulo Sete🥀

                         ● Sunny ●

— Você é uma aberração menina. Uma criança insolente, que só trouxe tristeza e vergonha para a nossa família. Cecília e Giovanni cometeram um erro gravíssimo ao ter te adotado. Uma criança que no futuro agirá como uma criança ainda e precisará de cuidados, uma menina infantilista, idiota e insolente. Você foi um erro, Sunny, seus pais biológicos não te quiseram por que você é esquisita, estranho e alienada. — Gritava minha tia, meu primo ria da situação, já eu uma pequena garota ruiva encolhida no canto da sala, era só uma menina de dez anos que precisava aturar esses insultos e xingamentos todos os finais de semana, já que papai e mamãe tinham que trabalhar para sustentar Sunny.

— Não seja má com a Sunny. Eu não sou uma aberração!

— Cale a boca menina insolente. Você tem que me respeitar. — Minha tia veio em minha direção e eu me encolho com medo. — Se eu fosse a burra e idiota da Cecília, iria te ensinar a ter mais educação e a respeitar os mais velhos.

— Me desculpe. — Resmunguei baixo.

— Monstro. — Gritava com fúria.

— Me desculpe.

   Eu chorava, não tinha culpa de ter nascido assim, eu só queria meus papais, queria o colinho de mamãe e o carinho nos meus cabelos que papai sempre fazia.

— Mamãe a Sunny é uma idiota, ridícula e esquisita. — Ria Sebastian, o filho da minha tia, dois anos mais velho que eu.

— Isso meu filho. Ela é tudo isso e mais um pouco. Sunny você é um nada, seus sonhos irão fracassar, igual a sua vida. Agora vamos, não temos por que perder mais tempo com essa aberração. — Fala ela com nojo na voz, dando as costas para mim enquanto Sebastian mostrava a língua para mim.

— Eu não queria ser assim.

   Abaixo minha cabeça e enfio nos meus joelhos ralados, soluçava e chorava sem parar.

— Eu não queria ser assim.

— Sunny. Sunny, não chore, por favor. — Elizabeth, a filha caçula, minha prima e a única pessoa daquela família que não me desprezava.

— Liz, a Sunny não queria ter nascido assim, ela só queria ser uma criança normal. — Elizabeth me abraça.

— Sunny, você é uma criança normal e adorável, você não é uma aberração como minha mãe e meu irmão dizem. Você é uma criança incrível, criativa, divertida e super bonita.

— A Sunny é bonita? — Pergunto fungando e Liz assente.

— Você é a criança mais bonita que eu já vi em toda minha vida, e olha que eu só tenho nove anos. — Liz sorri, e vejo que ela está banguela, o que eu achei adorável.

— Liz, você promete que vai ser a melhor amiga de Sunny, para sempre? — Estendo meu mindinho como voto de promessa.

— Prometo. Prometo de mindinho, Sunny. Agora que tal, a gente brinca de Barbie? — Liz pergunta sorrindo banguela.

— Vamos!

   Naquela tarde, Liz tinha me ajudado muito, ela me consolou, e ajudou a cuidar do meu joelho ralado, brincamos de Barbie até o momento que meus pais chegaram. Sempre era assim quando eu ia para a casa dos meus tios, insultos maldosos e preconceituosos, as vezes até ocorria agressões.