13. Cedendo

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[N/A: Eitaaaaaaaaaaaaaaaaaa! Agora eu botei fogo no parquinho! Obrigada demais pelo carinho de vocês! Amo cada um! Beijo enorme no coração <3]

23 de junho de 2018, 13h18

Steve abriu os olhos de uma vez só, apesar da ressaca. O quarto escuro ajudou um pouco na transição para o estado de vigília, mas o que o incomodou não foi a sensação de ter levado uma surra do álcool, senão duas coisas:

A primeira, tinha uma dolorosa ereção, e aquilo ocupava todo o primeiro plano de sua mente. Suspirando, recebeu da própria mente a surra moral - sabia exatamente o que estava acontecendo e o que tinha inspirado aquele incômodo matinal.

Contra as próprias expectativas, se levantou da cama no instante seguinte. Andando rapidamente, entrou no banheiro da suíte, abrindo o chuveiro na temperatura gelada. O choque inicial das gotas glaciais contra o corpo dele o assustou, mas em poucos segundos, sentiu a dor de cabeça perdendo a luta contra os graus diminutos.

Uma vez desperto, a noite anterior começou a passar em replay pela própria cabeça: o tecido do vestido azul de Natasha sob os próprios dedos enquanto ele a trazia para perto pela cintura, o açúcar do mojito ainda nos lábios quentes dela. Fora todos os cenários hipotéticos que se abriram: como teria sido se tivessem prosseguido? Teriam transado?

Sentiu o próprio corpo reagir àquele pensamento a despeito da água gelada, e chegou a descer a mão pelo próprio corpo, pensando em alívio.

Prestes a dar asas às próprias fantasias, porém, se lembrou de quem se tratava: Natasha. A porra da amiga dele! A garota que ele conhecia desde os quatorze anos. Pior ainda, a ex-esposa do melhor amigo dele!

Se dando conta da blasfêmia que estava prestes a cometer, aumentou o jato de água fria. Imaginou poças de vômito, se lembrou do time do coração tomando uma surra do arquirrival. Em alguns segundos, tinha passado.

Ainda atordoado, saiu do box com a cabeça zunindo, mortificado pela direção que os próprios pensamentos tinham tomado. Se olhando no espelho, encarou a própria expressão envergonhada. Não podia se permitir imaginar nada daquilo nunca mais.

~

No mesmo andar, algumas portas depois, Natasha sentia o rosto queimar e o coração disparado. Tentando não fazer barulho pela própria respiração ofegante, tirou a mão do meio das pernas. A umidade colava o indicador e o anelar e tudo nela ainda não tinha parado de latejar e se contrair prazerosamente.

Suspirou baixo por alguns segundos. Com o tempo, a respiração voltou ao normal e o ritmo cardíaco também. A umidade esfriou e ela passou a se sentir apenas grudenta.

Abrindo os olhos, engoliu em seco, a vergonha tomando-a instantaneamente. Não acreditava que tinha acabado de ter um orgasmo glorioso pensando justamente em Steve.

As cenas da noite anterior ainda passavam pela mente dela. Não apenas os beijos em si, mas todo o resto.

O cabelo.

A barba.

A camisa que não deixava nada para a imaginação.

O que ela sentiu quando ele a trouxe para perto, tanto no próprio coração como contra as próprias coxas.

Balançando a cabeça para afastar aqueles pensamentos, se lançou em direção ao chuveiro, sentindo a culpa se apossar de si.

Era Steve Rogers. Steve! Como ela podia pensar aquelas coisas sobre Steve? O melhor amigo dela, o padrinho de casamento! Tinha perdido o juízo de uma vez. Isso para não contar Bucky. Não que devesse algo para ele, mas meu Deus! Envolver Steve era um pouco baixo demais.

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