17. Like we were in Paris

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[N/A: Credo, quanto tempo sem ver vocês! Primeiro, feliz Natal e um maravilhoso 2023 para todos nós! Sei que demorei, mas espero que curtam! Como já disse mais de uma vez, eu amo escrever essa história e espero que gostem também!]

San Fernando, Terça-feira, 14 de agosto de 2018, 11h36

"É bem injusto a gente não poder ir com você." Ethan observou enquanto fazia bico.

"Nem me fale." Yelena concordou sem tirar os olhos das próprias anotações. Natasha os dispensou com um aceno da mão, checando se o passaporte estava dentro da bolsa pela quarta vez.

"Vai ser só um monte de palestras chatas. Além do mais, preciso contar com meus melhores funcionários na minha ausência."

"Somos os únicos." a irmã respondeu com azedume.

Rolando os olhos, ela fechou a bolsa decidida. Já estava atrasada.

"Pois torçam para algum investidor gostar de mim e querer abrir filiais na Europa, aí sim poderão passear bastante." O tom dela era sarcástico, mas não deu a oportunidade para os demais responderem. "Preciso ir."

"Mande notícias quando chegar." Ethan a abraçou longamente. "E não fique apenas trabalhando, ok? Conheça a cidade e se divirta um pouco, também."

Só se eu pudesse ir para Londres, Natasha pensou divertida, sem verbalizar.

"Pode deixar. Prometo que trago algo para vocês, nem que seja do duty free."

"Ha ha." Yelena rolou os olhos.

~

13h29, Aeroporto LAX

Já está no avião?

Natasha sorriu ao desbloquear a tela para responder Steve.

Embarco em quinze minutos. Aliás, não sei se vou ter tempo para sem te ver em Londres. Tem um milhão de encomendas para semana que vem.

A resposta não veio imediatamente. Natasha já estava na ponte de embarque quando o celular vibrou em sua mão.

Tudo bem. A gente se vê assim que der. Boa viagem e boa sorte, vai arrasar como sempre.

Agradecendo a comissária de bordo que a apontou na direção da poltrona em que ia se sentar, Natasha sentiu uma pontada de chateação ao pensar que passaria quatro dias em Paris tratando de negócios sem ninguém por perto. Pior ainda, não tinha dito nada a ninguém, mas na verdade, ia se apresentar no sábado à noite, falando do sucesso da Alianovna Bridal - apesar de pequena, a loja tinha causado uma sensação no Vale de San Fernando, e por que não dizer, em Hollywood também. Eram considerados vestidos super exclusivos, o que causava uma grande fila de espera.

Natasha era definitivamente dona de um case de sucesso, mesmo contando com um espaço físico pequeno e apenas dois funcionários além de Melina, que a assessorava por fora.

Estava uma pilha de nervos, e seria excelente poder contar com Steve de todas as formas possíveis.

17 de agosto de 2018, 20h48

"Está sendo o verão mais esquisito da minha vida." Bucky riu sem graça enquanto batia a garrafa de Heineken contra a de Sam, em um brinde com o amigo, sentindo o sabor amargo da cerveja contra a própria língua em seguida.

O amigo fez um movimento negativo com a cabeça, mas voltou a atenção para ele no instante seguinte.

"E por que diz isso?"

Bucky deu de ombros. A versão não editada daquela resposta era que morar sem Natasha era estranho. Ser divorciado, sentir luto por uma pessoa viva era a coisa mais esquisita de todas. Ele sentia falta dos fios de cabelo dela caídos por aí, das risadas pela manhã, das peças de pijama no chão, do cheiro de shampoo que ficava no banheiro úmido depois que ela tomava banho.

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