Capítulo 16.

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*Ana Clara*

Rolei nos lençóis me despreguiçando e bocejei sentindo dor por todo meu corpo e fiz uma careta, mas sorri me lembrando bem quem fez isso.

O sexo com Miguel foi perfeito e tenho que confessar, o cara é realmente muito bom. Levantei sentindo dor na bunda e caminhei de mau jeito até o espelho vendo a mesma roxa. Bem feito dona Ana, vivia reclamando que ninguém te dava um trato na cama e olha só isso agora.

Balancei a cabeça vendo que ainda estava de noite pela janela e Miguel já não estava mais aqui. Provavelmente foi embora minutos depois que peguei no sono..

Pensar nisso me deixou um pouco incomodada, mas o acordo era esse então dei de ombros e tomei meu banho, vesti uma camisa grande e uma calcinha e desci as escadas lentamente.

olha o que essa sua taradice fez com a gente- pensei

Cheguei na cozinha e me surpreendi vendo Miguel falando ao telefone baixinho com alguém, pelo visto era sério pois o mesmo estava de cara fechada.

- Amanhã eu mesmo vou resolver isso, e demite esse cara, as chances dele acabaram. - disse ríspido e assim que notou minha presença desligou o telefone vindo em minha direção - Você dormiu bem?

- Dormi sim, mas não tanto como eu queria - digo indo até a geladeira pegando uma garrafinha de água.

- Como assim?? Ana você dormiu o dia todo.

Levantei a cabeça para olhá-lo assustada e ele riu da minha cara.

- Do que você tá falando?

- Hoje já é sábado, gata. Você capotou depois do banho.

Peguei o celular dele conferindo e realmente eram oito da noite de sábado, que diabo de sexo foi esse?

- Por que me deixou dormir tanto? seu idiota.

- Você está cansada, minha bela. - ele se aproximou tirando a garrafa da minha mão e beijou o dorso dela.

- Culpa sua - digo.

- Culpa minha nada, toma isso aqui - me entregou uma cartela de remédio para dor e tomei - Você tá com fome?

- Estou, com muita fome.

- Quer que eu peça o que?

Pus a mão no queixo bancando a pensadora e ele gargalhou me puxando para ele e colando nossos corpos.

- Tão linda.. - sussurrou dando um beijo na minha testa e fiz um biquinho para ele que assim que viu deu um selinho e sorri boba.

- Queria pizza, mas não posso. Já comi ontem, tenho que comer outra coisa.

- Quer sair para jantar, gostosa?

Neguei com a cabeça, eu estava afim de ficar em casa.

- Sushi - digo risonha e ele assente pegando o celular e desbloqueando, na mesma hora uma mensagem chegou e vi o nome da Cristhina.

" disponível amanhã de noite então?"

Afastei dele o dando privacidade mas na verdade só não queria pensar nessa possibilidade dele ir ver ela amanhã.

- O que ela fez com você? - perguntou sério e pois o celular na mesa depois de fazer os pedidos no aplicativo.

- Ela só não gosta de mim, desde quando entrei para a agência e comecei a ser mais reconhecida que ela, a mesma passou a me odiar. Ela vive me irritando e soltando comentários do tipo, "você só conseguiu esse trabalho porque é amiga do matt, Ana". Matt é meu chefe. - digo, comigo não tem muito isso de enrolar não, se me perguntar eu vou contar.

Ele arqueou a sobrancelha surpreso e me puxou para ele me abraçando.

- Escute bem, minha linda. Você conseguiu tudo isso porque é competente o suficiente para isso, você é uma modelo do caralho, eu sou super orgulhoso de você. - fez carinho no meu cabelo e sorri contra seu peito.

- Ela não me atinge, é só uma pena que não posso voar na cara dela - ele gargalhou junto a mim maneando a cabeça.

- Ah! como eu adoro você Ana Clara - diz risonho e o puxei para mim o beijando.

Um beijo lento e calmo, eu não estava com pressa para que isso acabasse, e pelo visto ele também não. Nossas línguas se enrolaram e gemi sentindo as coisas esquentarem mas a campainha tocou nos assustando.

- Acho que é o entregador - comentou e assenti me afastando vendo o volume na sua calça.

Peguei uma garrafa de vinho e a abri colocando na mesa da sala e liguei a TV.

- Barbie! - disse voltando com as sacolas de comida.

- Sem chance, tony stark.

- Ah mas nem fodendo - disse irritado e tomou o controle da minha mão.

- Me da essa bosta - digo irritada, ele me mandou a língua e fiz biquinho para ele que torceu a boca e me entregou o controle desistindo e resmungando.

- Tem sorte que eu te obedeço demais - sentou-se no chão e começou a montar a mesinha enquanto eu colocava o filme.

Dei play e me sentei no chão ao seu lado no tapete de veludo e começamos a comer. As vezes peguei Miguel me olhando e trocávamos sorrisos um para o outro como dois idiotas.

Deitei no meio das suas pernas colando minha costa em seu peito e ficamos assim até o filme acabar. Acho que nós dois estávamos torcendo para que ele demorasse um pouco mais..

- Acho melhor eu ir - diz e me levanto o acompanhando até na porta.

Caminhamos lentamente até a mesma em silêncio, nós sabíamos que assim que ele passasse por ela, o acordo teria acabado.

Ele virou para mim tocando meu rosto e deu-me um beijo casto.

- Boa noite, Ana Clara - diz passando pela porta.

- Boa noite, Miguel - segurei na maçaneta observando o mesmo ir embora e respirei fundo entrando de volta em meu apartamento.

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Boa leitura! ❤

Por uma noite - Livro 2 da saga: Os cavalheiros Onde histórias criam vida. Descubra agora