Capítulo 10.

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*Miguel díaz*

- Credo cara, que mau humor é esse? - perguntou Peter.

Já fazia 3 dias que eu e Ana Clara simplesmente paramos de se falar e eu já estava arrependido desse acordo idiota. Apesar de tudo somos amigos e eu sinto falta dela demais. Mas confesso que ontem quando a vi, a vontade de beijar aquela boca era tanta que tive que ir embora mais cedo do almoço.

Na boa, eu já beijei muita mulher, óbvio. Mas ficar completamente excitado e louco só com um beijo? nunca. Quer dizer, isso até essa diaba aparecer, beijar Ana é de longe uma das coisas que eu gostei de fazer na vida. Não sei se amaldiçoo Hendrick por ter nos atrapalhado ou agradeço.

- Não é nada - digo.

- Acho que o trabalho tá acabando com você - comentou Hendrick e torci a boca.

Ana Clara Martins era quem estava acabando comigo.

- Só estou focado no projeto.

- Vai dar certo, estamos com você nisso - diz Peter.

- Agora levanta essa bunda daí e vem jogar com a gente - Hendrick me esticou o controle para que eu pegasse.

- Estão afim de perder? - zombei.

- Somos ruins nisso, mas pelo menos não somos ruins de buraco.

- Nossa Peter que engraçado você é, há há há, estou morrendo de rir - bufo pegando o controle e sentando no sofá com eles.

- Maria Júlia tá estranha comigo já tem uns cinco dias, acho que vou ficar maluco da cabeça.

- Não é fácil te aturar, Hendrick. - digo.

- Como não? eu sou um amor com ela o tempo inteiro. Não sei o que fiz, quero ajuda, preciso de um plano pra ver um sorriso no rosto dela de novo.

- Vocês brigaram ou algo assim? - Peter pausou o jogo e nos concentramos em Hendrick.

- Não até onde eu sei..

- Vai ver ela criou algum cenário na cabeça e agora está brava com você - digo.

- Como assim? - perguntou Peter.

- Mulheres fazem isso, elas criam algo na cabeça, acreditam fielmente naquilo e ficam bravas com você por algo que ela criou sozinha.

- Mulheres são difíceis. - concluiu Peter.

- Você não faz ideia.. - solto uma grande lufada de ar e os dois me encaram de cenho franzido.

- Por que reagiu assim? - Peter aproximou seu rosto me analisando como um falcão e então disse - É mulher!! Rá, esse seu mau humor é por causa de mulher, eu sabia!

- Bem que eu desconfiei - Hendrick gargalhou alto maneando a cabeça e bufei - Quem é?

- Ninguém importante, só um caso. - menti.

- E desde quando você fica estressado por causa de um caso? você nunca foi disso. A não ser que esteja gostando da mulher para valer.

- Não estou, Hendrick.

- É a Cristhina? - Peter arqueou a sobrancelha tentando encontrar uma resposta em meu silêncio.

- Por favor, qualquer outra, menos essa. - Hendrick juntou as mãos uma na outra como se estivesse orando - por favor meu Deus não deixe meu irmão cair na mão dessa mulher - Peter repetiu o ato fingindo estar orando também para que não fosse ela.

- O que há de errado com ela? - perguntei seco. Até onde sei ela não é nenhum monstro..

- Não gostamos dela - disseram os dois em uníssono.

Por uma noite - Livro 2 da saga: Os cavalheiros Onde histórias criam vida. Descubra agora