Capítulo 8.

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*Miguel díaz*

- Você está prestando atenção no que estou dizendo? – perguntou Mabell.

- Claro que estou, ué – não estou.

As lembranças do final de semana com a Ana estão me cercando sem parar, foi o melhor final de semana que já tive durante todo esse tempo, estar com ela era... surreal de tão bom. Era simples, leve e fácil. Só espero que tenha conseguido deixá-la melhor, não consegui dormir direito na noite em que saímos para a boate pensando em algum plano de fazê-la se distrair e se sentir melhor.

- Olha você viajando de novo – comentou Mabell — Quem é?

- Quem é o que?

- A garota idiota, quem é a garota que está deixando você distraído? porque, convenhamos, você é assustadoramente concentrado no trabalho. – ela semicerrou os olhos para mim e prendi o riso.

- A lista está boa, pode mandar alguns funcionários comprar tudo que está aí – mudei de assunto a vendo mudar de cor.

- Eu podia te matar – esticou as mãos sobre a mesa como se fosse me estrangular e ficou as segurando no ar - se eu fizesse isso agora, ninguém.. ninguém ia saber..

- Todo mundo ia saber.

- Eu esconderia seu corpo.

- Ah é?! e como explicaria meu sumiço em Sra. espertinha?

-  Falo que você enlouqueceu de tanto trabalhar e foi morar com os peixes na sua ilha e pediu para não ser incomodado. – deu de ombros e comecei a gargalhar.

- Vai trabalhar antes eu demita você – digo ainda rindo para a mesma.

- Faz isso, duvido você achar outra que aguente trabalhar com você. – diz isso e simplesmente saiu me deixando estático, essa garota...

Tentei ligar para Peter mas o mesmo não atendeu, pelo visto ainda estava bravo..

Peter me trata assim mas foi o que mais me mandou mensagens e ligou quando eu estava longe perguntando quando eu voltaria. Eu tenho um apego muito forte por ele e por Hendrick, assim que meu pai me abandonou fui morar com Marina e Carlos, mas Peter chegou só depois. De início foi difícil interagir com ele, ele não falava um a. Mas eu e Hendrick sempre tentamos até conseguir que o mesmo começasse a conversar e brincar com a gente e hoje, somos inseparáveis.

Levantei e fui rumo ao estacionamento dirigindo até a empresa dele. Peter tem duas empresas de automóveis mais sucedidas por aqui, o cara é o fera do marketing e vende carros como se fosse bala de goma, me orgulho demais.

Passei pela porta vendo o mesmo conversando com alguns clientes, ele era o chefe, mas mesmo assim insistia em vender alguns carros. Assim que me viu revirou os olhos e pediu que outro funcionário atendesse o casal e veio em minha direção.

- Se veio pedir desculpas, cai fora. – pus a mão no peito como se estivesse ofendido.

Como é difícil ser eu!

- Você não vai mais falar com seu irmão?

- Não, vaza daqui.

- Eu não te fiz nada – digo inocente.

- Você mandou um bolo de pênis para a minha casa, cara. Você é doente pra caralho, tô sem paciência.

- Você comeu? – arqueei as sobrancelhas e ele soltou uma grande lufada de ar.

- O que você quer? – perguntou.

- Um carro novo, maninho.

- Outro?

- É, outro.

- Qual você quer agora?

- Um Jeep – ele franziu o cenho me olhando intrigado e dei de ombros.

- O que quer com um Jeep?

- O cara da série lá tinha um, me apaixonei e quero um também.

- A série de lobo e coisa esquisita?

- Respeita essa série, beleza? ela é muito boa. Falar mal dela é um crime.

- Tudo bem, vamos olhar os Jeep que tem e vê se você gosta de algum.

Sorri e segurei em sua mão mas logo ele balançou nos separando e prendi o riso fazendo cara de magoado, Peter é muito malvado.

Senti meu coração acelerar e meus olhos encherem de água quando avistei um IDÊNTICO ao do Stiles Stilinski.

- É ele.

- Esse mesmo? o preto é mais bonito maninho, não acha não?

- Não! tem que ser esse, foi amor a primeira vista. E é o mesmo que o da série. – Peter revirou os olhos levantando as mãos para o céu.

- Me pague à vista. – exigiu.

- Por que?

- Você é rico, cara.

- Você também é, não entendi isso.

- Tem dinheiro aí contigo que eu sei que tem, paga logo.

- Quanto que é seu infeliz?

- R$ 349.990 dólares – abri a boca chocado.

- Porra! me dá de graça aí.

- Isso não faz nem cócegas em você, não fode.

- Você diz isso porque não é em você – pus as mãos na cintura indignado e o mesmo cruzou os braços, ou seja, não vai ter jeito -  Não tenho esse dinheiro todo aqui comigo não, deposito na tua conta em alguns minutos.

- Fechado. – me abraçou e logo deu um beijo no topo da minha cabeça e saiu para atender mais clientes.

Peguei a chave do meu Jeep e entrei no mesmo dirigindo até uma loja de bugigangas a procura do toque principal. O meu outro carro mandei meu motorista ir buscar e levar para casa.

Entrei na loja procurando até que encontrei, um pingente da barbie. Paguei a moça e entrei no carro de novo prendendo o pingente que ficava balançando e piscando quando ligava o mesmo.

É muito bom ser rico.

Meu celular apitou uma notificação e assim que vi a mensagem meu humor morreu completamente.

"será que podemos nos ver?"

"quando vai me dar uma oportunidade?"

"eu imploro.."

Apaguei as mesmas ignorando tudo e engoli o choro. Dirigi até o meu outro projeto que estou construindo e passei o restante do dia focando apenas nele, até porque eu trabalhei muito para isso. Esse projeto foi e é meu único propósito desde que me entendo por gente.

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Boa leitura! ❤

Peter e Miguel 🤏🏾

eu não ia postar, mas postei pra agradecer e comemorar que o primeiro livro da nossa saga tá em número um no ranking de romance! eu tô assim ó:🥰😍🥰😍🥺🥰

ps: beijo, tô indo virar sereia na praia 👁

Por uma noite - Livro 2 da saga: Os cavalheiros Onde histórias criam vida. Descubra agora