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CARINA.

Eram quase dez horas quando resolvemos ir embora, aproveitei e fui dormir no apartamento com o Patrick, iria contar logo sobre a gravidez para ficar mais tranquila e colocar nas mãos de Deus a reação dele.

Eu estava com a menstruação atrasada e por aí já comecei a estranhar porque a minha sempre foi reguladíssima. Aí começou os vômitos, as náuseas, foi juntando todos os sintomas e resolvi ir fazer o exame logo no laboratório. Deu positivo de cara, ainda fiz três de farmácia que também deram positivo.

Marquei a ultra e já estava com quatro meses de gravidez, a obstetra perguntou se eu queria saber o sexo, já aproveitei e descobrir o combo completo. Agora é uma loucura eu só vim saber que estava grávida com quatro meses, essa garota já chegou causando!

- Fala logo o que tá te incomodando, Carina. Não gosto quando esconde as coisas de mim, de verdade! Você mesmo sabe... - disse assim que entramos no apartamento e fechei a porta sentando no sofá.

- Eu sei, só estou um pouco nervosa, senta aqui do meu lado, por favor! - ele me obedeceu e eu entrelacei nossas mãos já com os olhos cheios de lágrimas - Não era e nunca foi meu sonho isso que está acontecendo comigo, você vai entender e vai concordar comigo daqui a pouco. Mas infelizmente as coisas não acontece do jeito que eu planejo, Deus sabe a hora certa de fazer os acontecimentos e o chegou a nossa hora de sermos papais de uma menininha. Nossa filhinha tem quatro meses já dentro de mim e só vim descobrir ontem.

- Calma aí... - soltou as mãos das minhas e levantou dando voltas na sala inteira - Papais? Vou ser pai? Pai, Carina?

- É... Pai! Sei que essa não era a hora que você queria, mas aconteceu e teve ajuda dos dois lados, então não vou me culpar. Compreendo se não quiser conversar comigo agora, mas espero que você seja homem para assumir, assim como foi para fazer.

- Tá maluca, porra? É claro que eu vou assumir, minha filha né, pô. Minha filha, sangue do meu sangue, minha menininha - respondeu todo nervoso e eu levantei me aproximando dele o envolvendo em um abraço.

- Eu te amo muito, te amo tanto, obrigada por tudo, muito obrigada! - beijei seu pescoço e as lágrimas já desciam, se eu já era chorona, agora que piorou.

- Eu quem te agradeço, minha ruiva surtada e agora mãe da minha filha. Eu te amo pra caralho, porrinha! - desfez o abraço se ajoelhando e beijando minha barriga - Minha Maria Ísis, minha princesinha, te amo tanto que você nem imagina, bebê!

O garoto já tinha colocado nome e tudo, Ptk me disse que esse era o nome que a mãe dele falou quando era pequenininho que se ele tivesse uma irmã, esse seria um nome, então se apegou nesse nome quando ela foi embora e agora é o nome da sua filha.

Eu nem falei nada, havia adorado o nome e também queria um com Maria no nome, pois é o nome da minha avó que me criou. Estávamos felizes com a escolha do nome.

- Você acha que vamos ser bons pais? - ele perguntou deitando do meu lado da cama, desde o recebimento da notícia que o Patrick estava pensativo.

- Vamos fazer o nosso máximo, mas eu tenho certeza que sim, temos amor e carinho de sobra. Confia em Deus, meu amor! Se ele nos deu essa chance, é porque confia em nós dois para essa tarefa.

- Cê gravou um vídeo de quando foi fazer a ultrassom? - concordei me esticando para pegar o celular na mesinha e desbloqueei ele entrando na galeria.

Eu já sabia que se tudo desse certo, o Patrick iria querer ver, então fiz questão de pedir para uma enfermeira gravar tudo.

O vídeo tinha três minutos e ele já tinha visto mais de dez vezes, eu já estava enjoada de ouvir a minha voz e a da médica, mas ele não parava de assistir. Até chorado, já tinha, não aguento com esse macho, juro!

Nosso casoOnde histórias criam vida. Descubra agora