𝐍𝐈𝐍𝐄

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Allyson

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Allyson.

Quando abro meus olhos não há nada ao meu redor a não ser escuridão, o chão ao meu redor esta coberto por água, eu me levanto olhando ao redor, uma onda de eletricidade atravessa o meu corpo, aparelhos de hospital começam a soar e a voz de meu pai invade meus ouvidos.

Caminho em direção a voz e então reconheço, minha mãe deitada na cama de hospital, ela aparenta ser tão jovem, ao lado dela esta meu pai segurando um bebê, os cabelos pretos da bebê me chamam atenção, fico imóvel com medo de chamar atenção.

– Qual o nome? – Minha mãe pergunta um sorriso cansado em seu rosto.

– Allyson... Allyson Samuel Hopper! – Minha mãe faz uma careta e meu pai sorri.

– Samuel... Não é bem o nome que uma garotinha deva ter... – Ele ri se sentando.

– Olha só pra ela, ela é durona! Mal nasceu e já fez a cidade toda ficar sem luz. – Meu pai fala e eu sorrio encarando o bebê os olhos roxos encarando o meu pai e em seguida tomando um tom de azul.

Dou alguns passos para trás assustada, acabo tropeçando mas o chão não me alcança, estou caindo em uma escuridão eterna. Quando minhas costas batem no chão duro estou no quarto de Sarah, ela corre de um lado para o outro tentando arrumar a cama enquanto meu pai se senta para contar uma história

– Conte a história do tio Samuel – A voz dela soa e meus olhos enchem de lágrimas, como se um soco tivesse me acertado.

– Samuel foi um grande amigo meu, ele me ajudou a estar aqui hoje. Ele... Ele era especial, assim como sua irmã, e assim como você, Sarah! – Ela sorri abraçando um ursinho. – Quando Allyson nasceu a cidade toda ficou sem luz e ela nasceu quase morta, tiveram que dar uns pequenos choques no coração dela para ela acordar, sabe? Por isso ela é diferente, Sarah! – A menina fecha os olhos enquanto ouve e eu sorrio.

A lembrança some e eu apenas fico observando o nada, quando outra lembrança volta é a vez do enterro de Sarah, a dor me consome novamente, nunca entendi porque não éramos compatíveis para o transplante, a próxima lembrança é o dia em que eu acordei e minha mãe tinha pegado suas coisas e ido embora, nenhum bilhete, ou ligação durante todos esses anos.

Um soluço escapa dos meus lábios e quando caio de joelhos no chão uma onda de energia esta ao redor das minhas mãos, o tom roxo me faz lembrar dos olhos da criança no colo do meu pai, quando estico as mãos para perto do meu rosto a voz de Steve soa ao meu redor me distraindo.

Quando abro os olhos ele esta de costas para mim, sorrio sentindo meu coração bater cada vez mais forte e novamente aquela sensação de eletricidade me invade, gosto dele, não deveria, mas gosto.

Steve

Alysson passou dois dias desacordada, e eu não sai de la nem por um segundo, os olhos da garota ainda se mexiam mesmo que ela estivesse desacordada. As crianças se revezavam pra me fazer companhia, Dustin era o mais irritante ele me fazia milhares de perguntas sobre sentimentos, Will vinha e ficava horas só lendo algum livro pra ela, Lucas e Max contavam sobre a escola e as coisas que estavam acontecendo, El apenas deitava do lado dela, acho que ela tem medo de perder a irmã. Jonathan vem as vezes, passa bastante tempo aqui, ele tenta acordar ela, conta algumas coisas que aconteceram durante o dia, conta sobre seu relacionamento com Nancy, não que isso me incomode.

𝑻𝑯𝑬 𝑮𝑰𝑹𝑳 𝑶𝑼𝑻𝑺𝑰𝑫𝑬 || 𝗦𝘁𝗲𝘃𝗲 𝗛𝗮𝗿𝗿𝗶𝗻𝗴𝘁𝗼𝗻 Onde histórias criam vida. Descubra agora