Morar numa pequena cidade, ser a amiga encrenqueira e não ter nenhuma perspectiva de vida após o ensino médio, é isso que resume Allyson, apesar de ser filha do delegado da cidade, digamos, que a garota não tinha as melhores notas e nem o melhor com...
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𝐍𝐎 𝐎𝐔𝐓𝐑𝐎 𝐃𝐈𝐀 eu não vi nenhum dos meninos ou até mesmo a El, e pela manhã quando sai pra escola minha casa estava estranhamente silenciosa e vazia, fui caminhando até a escola quando um carro parou perto da calçada, reconheci o carro na hora, era Steve Harrington, que ótimo.
– Quer carona? – Ele fala e eu finalmente paro olhando para dentro do carro.
– Quero! – Falo baixo entrando no carro em seguida, precisava saber como ele arrumou minha jaqueta.
O caminho até a escola foi em silêncio, eu queria perguntar mas não sabia como, a ideia dele ter tentando me beijar ainda me deixava confusa, a gente se odeia desde que eu me entendo por gente.
– Sabe Steve, eu fico muito grata de você ter me devolvido a jaqueta mas... Eu não lembro de ter saído com ela... – Me viro para ele assim que ele estaciona o carro, ele me olha revirando os olhos.
– Óbvio que você estava de jaqueta, ou então como ela ia estar comigo? – Ele gesticula cruzando os braços em seguida, reviro os olhos.
– Não sei, é bom você me contar, não é? – Minha voz soa irônica enquanto sorrio.
– Ta vendo? É por isso que não da pra ser legal com você, Allyson. – Ele murmura enquanto sai do carro.
Estou extremamente ofendida, respiro fundo enquanto saio do carro, o pátio esta lotado e não vou gritar para chamar atenção dos outros. Caminho até a frente do menino, arrumando minha calça, passo minhas mãos por meus cabelos.
– Olha aqui Steve Harrington, não ache que você pode me tratar mal, nem por um segundo, um minuto ou em seus sonhos. Estou falando sério. – Minhas mãos voam até a gola da camiseta do garoto puxando ele para mim e eu estreito meus olhos – Não sei como minha jaqueta apareceu com você mas eu irei descobrir e eu juro, dessa vez eu vou quebrar seu nariz de verdade. – Solto o garoto que apenas sorri ajeitando a camiseta.
– Boa sorte nisso, Hopper! – Ele sai andando, bufo batendo o pé no chão enquanto saio do estacionamento.
Já no corredor encontro com Nancy, ela está muito bonita com uma calça jeans e uma polo rosa bebê, ela vem na minha direção e sorri se encostando no meu armário.
– Você e o Steve estão tendo alguma coisa, Allyson? – A voz dela soa amigável e curiosa, eu rio alto e quando percebo que ela não está brincando eu paro.
– Você bebeu? Óbvio que não, a gente nem se suporta, garota! – Falo enquanto bato a porta do armário e ela me olha dando de ombros.
– Bom, se você estivesse você me contaria, não é? – Ela arqueia a sobrancelha, assinto de leve ocultando a parte dele quase ter me beijado enquanto estava bebado.
