𝑪𝒂𝒑𝒊́𝒕𝒖𝒍𝒐 𝟑

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sᴀɴ ᴅɪᴇɢᴏ ʙᴇᴀᴄʜ, ᴄᴀ

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sᴀɴ ᴅɪᴇɢᴏ ʙᴇᴀᴄʜ, ᴄᴀ

Rooster dirigia o seu jipe azul pelas ruas do litoral ouvindo música no volume máximo. Algumas pessoas o observavam passar na pista e o olhavam em julgamento. Ele não ligava. Kenny Loggings era mais importante.

O sol já se escondia atrás do horizonte, deixando para trás uma paleta de cores no céu e no mar. E isso refletia nos óculos escuros de Bradley. Por que Bradley e não Rooster ou Tenente Bradshaw? Porque ali ele era apenas um garoto do Havaí, curtindo uma corrida com o seu automóvel e uma ótima música.

Bradley não vestia o seu uniforme bege como sabia que os outros estavam usando por aí. Ele tinha um pensamento de que, no trabalho, precisava obedecer a normas e protocolos e assumir uma postura em conjunto, em equipe. Fora dali, ele era apenas mais um cara que adorava usar jeans, blusa branca e camisa florida.

Ele estacionou a alguns metros do The Hard Deck, um bar próximo ao hangar que homenageava a Marinha em sua decoração e comportamento. Ele havia ouvido os outros pilotos conversarem no dormitório e resolveu checar por conta própria se era realmente isso tudo que eles falavam.

Bradley desceu do jipe em um pulo e o trancou, apesar de não possuir uma segurança convincente, já que não havia vidraças no veículo. Mas, ele mesmo havia instalado um sistema de segurança próprio. Se alguém pulasse as janelas e tentasse roubar o jipe, sirenes seriam ativadas e uma frase: "Propriedade de Bradley Bradshaw, por favor, saia do veículo antes que seja atingido por balas de borracha".

Adentrou pela porta dupla de madeira branca e observou o bar lotado de pilotos navais e oficiais da Marinha. Era um bar muito temático, ele achou. Havia miniaturas de aviões no teto e nas paredes, símbolos da Marinha em toda parte, inclusive no balcão ao centro e na mesa de bilhar mais a direita. Tinha algumas janelas que permitiam a linda visão da chegada da noite lá fora. A música alta e animada já causava tremor no corpo de Bradley, indicando que ali ele poderia se divertir muito.

Ele caminhou até o balcão, onde uma mulher belíssima e charmosa atendia a todos. Parecia ser a dona do lugar. Bradley sorriu a ela e pediu uma cerveja. Ela se afastou para preparar o pedido e ele viu a placa de madeira ao fundo, em que tinha escrito: Desrespeite a Marinha ou uma dama ou ponha o celular no meu balcão e pague uma rodada. Ele suspirou. Ainda bem que leu a tempo, pois já se preparava para colocar o celular ali.

Bradley recebeu a bebida e foi em direção aos seus novos colegas de classe, no lado direito do bar. Todos estavam fardados e com o mesmo ar de superioridade e desafio da sala de orientação. Ele se apoiou em uma coluna e os observou jogar sinuca.

— Se você voa do jeito que joga, o país está em perigo. — um cara alto e loiro, cujo nome era Hangman, insultou outro piloto.

— E mesmo assim, você está aqui. — rebateu.

Bradley observava o tal Hangman falar e se portar perante os outros. Ele tinha o ego maior que o corpo, típico de um Vigilante. Bradley já ouviu falar de Hangman, o único deles ali que realizou um abate armado. Embora, fosse de um fóssil russo, ainda assim era um feito grandioso para aqueles dias de paz. Bradley sabia que o estilo de Hangman era um voo solo e deveria ter cuidado com ele, pois sabia muito bem que ele não estava ali para fazer amigos. Hangman iria matar cada um no dogfighting.

ᴛᴏᴘ ɢᴜɴ: ғɪɢʜᴛᴇʀ ᴡᴇᴀᴘᴏɴs Onde histórias criam vida. Descubra agora