ғɪɢʜᴛᴇʀᴛᴏᴡɴ, ᴜsᴀ
Os primeiros raios de sol aqueciam o corpo de Hangman enquanto a brisa fria da manhã causava arrepios na pele coberta de suor. Ele dava voltas e mais voltas no bosque, ora correndo, ora apenas trotando, mas nunca parando os movimentos. Hangman adorava movimentar o seu corpo e o levar até a exaustão completa, pois só assim ele se sentia vivo. Principalmente naquela manhã, em que pensamentos rondavam a sua mente.
A imagem do caça dela sendo atingido retornava à sua mente sempre que fechava os olhos. A respiração acelerada e a voz pesada tentando manter a calma pelo comunicador ainda pulsava em seus ouvidos. O coração dele entrou em colapso com a sequência das cenas, suas mãos congelaram no volante e sua mente entrou em um branco total. Ele queria tirá-la dali, queria salvá-la, fazer algo para a tirar daquele tormento, mas não podia. E ele odiava o sentimento de impotência. O que ele mais temia aconteceu.
Após o incidente, Hangman tentou não surtar, apesar de não conseguir se concentrar em nenhuma atividade nem tampouco escrever relatório sobre o que havia acontecido. Sua mente sempre voltada para a explosão e seus dedos tremiam ao imaginar que por pouco ela não...
Ele queria se manter impassível, inabalável, afinal demonstrar emoções nunca foi uma característica sua. Hangman não queria que ninguém visse qualquer brecha de vulnerabilidade em sua rocha. Ele lutava tão ferrenhamente para esconder isso, que passou a acreditar que realmente era uma pedra inabalável. Porém, bastou ele abrir a porta do quarto da enfermaria para se decepcionar consigo mesmo.
Phoenix soltava resmungos enquanto dormia e ele segurou o ímpeto de abraçá-la ali mesmo para a acalmar. E quando a escutou chorar convulsivamente, Hangman não se reconhecia mais. Ele se sentia fraco diante ao sofrimento dela. A única coisa que desejava era que ela ficasse bem. Passou os dedos por todos os curativos do corpo dela com um bolo na garganta ao perceber que falhou em sua missão de protegê-la. Por que ele queria isso? Bem, ele ainda não sabia ao certo. Mas não conseguia mais negar a chuva de efeitos que aquele par de olhos negros estava causando em seu ser. Ele precisava entender porque ela o estava impulsionando a mudar, ou melhor, voltar ao que Hangman era de verdade.
Por isso, Hangman investiu mais uma hora na academia da base e deixou os halteres quando já não conseguia mais levantar um quilo. Então, adentrou ao vestiário masculino e ficou abaixo do chuveiro quase imóvel, apenas recebendo o alento da água gelada em sua pele fervendo. Vestiu o seu traje de aviador e caprichou mais um pouco no gel de cabelo e perfume, ao qual levou alguns comentários brincalhões dos outros pilotos.
Hangman caminhou até a sala de descanso, que ainda estava vazia, e começou a preparar o seu café do Texas. Aliás, dois. Então, tomou o rumo da enfermaria com um sorriso triunfante e aquele ridículo palito de dente na boca. Seu peito pulsava sem parar e ele não conseguia segurar alguns arfares em excitação. Ela com certeza iria gostar da surpresa, além de esconder isso com o olhar duro. Ele sorria com o pensamento.
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ᴛᴏᴘ ɢᴜɴ: ғɪɢʜᴛᴇʀ ᴡᴇᴀᴘᴏɴs
Fanfiction𝑼𝒎𝒂 𝒉𝒊𝒔𝒕𝒐́𝒓𝒊𝒂 𝒏𝒂̃𝒐 𝒄𝒐𝒏𝒕𝒂𝒅𝒂. Uma série que mostra o que aconteceu durante a Top Gun dos nossos amados pilotos de Top Gun: Maverick. Em 3 de março de 1969, a Marinha dos Estados Unidos fundou uma escola de elite para os melhores u...