Capitulo15

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(C)Coloco o cateter duplo j e faço rapidamente o manuseio controlando sangramento. Precisei agir rápido antes que o paciente tivesse uma parada cardíaca.
(L) Faço uma solução vasopressora de mentaminol corrigindo rapidamente a pressão arterial olhei novamente e a P.A estava 130 por 80 e os batimentos a 90.
-. Estabilizamos Doutor.
(C). Ok. Prendendo o cateter duplo j no rim esquerdo finalizando...
Tudo bem pessoal finalizamos por aqui.
Encosto minhas costas na cadeira e digo:
-Obrigado a todos excelente trabalho. Dr Guimarães e Gisele perfeitos como sempre. Levem para o pós-operatório quero relatório a cada 3 horas.
(C)Lucas... Lucas me olha se lavando.
Obrigado.
(L)Eu não fiz por você. Com licença vou checar o paciente no pós anestésico.
(Gisele)Cansado Dr? Entro na área lavatória depois que percebi um climão entre os dois Carlinhos e Lucas.
(C) Muito. Doido pela minha cama, esse plantão foi maluco. Que bom que está no fim.
(Gisele)Imagina pro Lucas.
(C)Não me olha assim. O que ele te falou?
(Gisele)Nada. Você esqueceu que as paredes têm ouvidos nesse hospital.
O técnico do raio-x contou para o andar inteiro a discussão de vocês, o engraçadinho ficou escutando atrás da porta.
E olha eu tenho que concordar com cada palavra que Lucas te disse.
Mas você jogou baixo não foi mesmo? Como você pode?
(C)Eu não tive a intenção.
(Gisele)Sério?
(C)Sério... Falo fechando a torneira.
(Gisele) E vai fazer o quê a respeito disso?
(C)Eu? Nada.
(Gisele) Então vai continuar sendo o babaca de sempre.
Não me olha assim esse é o seu apelido aqui no hospital,você é famoso sabia RSS.
(C) Eu não me importo.
(Gisele)Eu sei. Mas eu me importo com você, aliás eu me importo com os dois.
E se posso te dar um conselho pense e modifique seu jeito.
Às vezes as melhores coisas da vida estão a um passo de distância basta você saber olhar na direção correta.
Beijo seu rosto e saio.Chego na porta e me viro para Carlinhos e digo:
Ah!Carlinhos,use a inteligência em vez do pinto.Fica a dica.
(C)Gisele se acha demais. Rss.
Quando foi que eu lhe dei essa intimidade toda. Penso sorrindo,ela chegou de mansinho e ocupou um espaço enorme eu a admiro e respeito muito já se tornou minha amiga.
Final de plantão e eu estou só o pó queria mesmo era uma cervejinha gelada e olha que eu nem bebo tanto.
Vejo Lucas indo em direção ao estacionamento junto com seu cão de guarda Maite e apresso meus passos.
Lucas... Lucas me espere.
(Maitê) O que você quer?
(C) Você se chama Lucas agora?
(Maitê)Pra você sim pilantra, safado.
(C)Plantão intenso né Lucas?
(L)Sim Doutor.
(C) Que tal uma cervejinha para descontrair?
(L) Não obrigado.
(C)Eu quero me retratar por hoje.
(L)Não precisa, é sério.
(Maitê)Precisa sim, porque se você quer saber a minha opinião...
(C)Eu não quero.
(Maitê)Mas vou dar assim mesmo.
-Você foi um...
(L)Maitê não piora as coisas.Deixe de Sampa pra lá eu estou cansado e quero ir pra casa.
(C) O que tem demais,uma cerveja e eu te deixo em paz?Vamos Lucas é só uma cervejinha.
(Maitê)Eita que essa fala é do Lucas.
(L)Fico olhando para Carlinhos e depois para Maitê que me puxa pelo braço e fala:
(Maitê)Vai amigo e acaba com ele.Olhe aqueles olhos arrependidos.
(L)Arrependidos Maitê,não exagera.
(Maitê)Não custa nada.
(L)Custa sim. Eu sei que vou passar raiva e não estou afim.
(C)Ei moreno delícia eu ainda estou aqui viu.
(Maitê)Lucas,as pessoas têm direito a segunda chance.
(L)Você realmente acredita nisso?
(Maitê)Não. Mas ele é muito gato e você precisa transar então aproveite.
(L)Maitê mulher,o que é isso.Eu não vou dormir com ele. Não vou ser mais uma na sua cama.
(Maitê) Lucas sério... Porque você não faz assim... Vá  e tome uma cerveja, escute o que ele quer dizer.
Você não precisa fazer nada se não quiser é só uma cerveja entre colegas.
E TALVEZ e só TALVEZ Carlinhos vale a segunda oportunidade.
Talvez vale a pena. Você não vai saber se não tentar.
Mas se ele for um babaca novamente, você dá um chute nas bolas dele bem dado, que eu quero ver o urologista fodão se consertar RSS.
(L)Eu te amo sabia.
(Maitê)Sabia. Pronto doutorzinho ele vai e se você o machucar novamente, eu vou atrás de você e acabo com você.
Sabe que você não é meu santo de devoção,mas hoje é só hoje vou te dar crédito.
Agora divirtam-se meninos que eu tenho encontro.
(L)Aonde vamos? Pergunto ainda meio desconfiado.
(C)Em um barzinho à beira-mar se chama a cabana VIP.
(L)Nos encontramos lá.
(C)Vamos juntos.
(L)Eu tô de carro e você de moto.
(Maitê) Não seja por isso,eu vou com seu carro Lucas para casa.
(C)Você ainda tá por aqui sofá de zona?Pode ir eu não preciso da sua ajuda.
(Maitê)É mesmo pinta solta,pinta de maca e isso é só o começo porque sua lista não para. Você não tem noção nenhuma ridículo.
Não me teste viu.
Eu já tô indo. As chaves por favor... Lucas morde os lábios querendo me matar e eu saio rindo.
-Não faça nada que eu não faria ou melhor façam sim rss
(C)E aí pronto?
(L)Fazer o quê. Carlinhos sobe na moto me lançando um olhar sensual e coloca e capacete e me estica o outro.
(C)Capacete, meu moreno delicia. Lucas sobe na minha garupa e e apoia os braços para trás.
-Pode me segurar.Eu não mordo só se você pedir.
(L)Engraçadinho.Passo  minhas mãos em volta da sua cintura e digo:
-Vá devagar.
(C).Sempre delícia.
(L)Não vai me deixar cair, eu tô falando sério.
Você sabe mesmo pilotar isso? É melhor irmos no meu carro.
(C). Lucas não estressa aproveite a vista, que hoje a noite é uma criança.
Sorrio e saímos do estacionamento em direção ao bar.
(L)Você mentiu. Falo batendo no braço de Carlinhos,depois de conseguir sentir minha alma de voltar para meu corpo ao descer da moto.
(L)Você precisa de um pouco de emoção nessa sua vida toda certinha.
Eu digo rindo e terminando de estacionar a moto já que o Lucas pulou dela quase em movimento.
(L)Um quiosque à beira-mar?
(C)Eu amo as coisas simples da vida. Impressionado?
(L)Humm. Surpreso eu diria. Quem olha pra você assim todo engomadinho não vê esse gosto peculiar.
(C)Não julgue o livro pela capa Lucas.
(L)Sorrio para Carlinhos e me viro para entrada do bar.
Eu amo praia é um lugar especial para mim.
Carlinhos segura minha cintura e fala:
(C)Vamos.
(L)Retiro sua mão da minha cintura e caminhamos lado a lado até acharmos uma mesa vazia.
Abro os botões da minha camisa social e deixo o vento entrar pela abertura que se fez. A noite estava linda, o barulho das ondas, o vento e a lua que banhava a água. O garçom se aproxima e Carlinhos pede duas cervejas e uma porção de petiscos.
-Eu tenho boca e posso fazer o meu pedido sozinho.
(C)Lucas cara, abaixa a guarda. Eu fiz porque vi o quanto você está encantado com a paisagem.
Lucas rola os olhos e eu continuo falando:
-Vamos fazer o seguinte,vamos zerar tudo até hoje e vamos recomeçar.
Muito prazer eu me chamo Luiz Carlos Sampaio Maia,mais conhecido pelos meus amigos como Carlinhos, sou urologista e trabalho no HUTN(hospital universitário Tancredo Neves) aqui em Fortaleza. Estendo minha mão e fico olhando para Lucas.
(L) Carlinhos dá um sorriso e seus olhos ficam pequenos eu nunca tinha reparado neles.
(C) E aí Lucas? Estou esperando.
(L)Tudo bem. Me chamo Lucas Medeiros Guimarães, meus amigos que são poucos mas os melhores que alguém possa ter me chamam de Lucas mesmo rsss.
E olha que coincidência eu também trabalho no HUTN, sou o melhor anestesista do hospital.
Me aproximo perto de seu ouvido e digo: é o que dizem.
Falo sorrindo, passando a língua nos lábios.
Muito prazer Dr Maia. Aperto a mão de Carlinhos.
(C) Carlinhos... Vamos deixar as formalidades só para dentro da sala de cirurgia.
As bebidas chegam e brindamos ao recomeço da nossa amizade.
(L)A noite seguiu leve entre boa conversa, bebidas e músicas ao vivo.
Carlinhos me surpreendeu e fora do âmbito de trabalho ele era brincalhão e gentil eu não se parecia nada com aquele jeito de cafajeste que eu conheço.
Esse Carlinhos era mais interessante.
Carlinhos me convenceu a experimentar uma bebida chamada SLOVA e eu simplesmente adorei.
(C)Não é possível que você nunca tinha experimentado. Em que mundo você vive?
(L)No mundo real,meu amigo.
(C)Eita que a cachaça já está pegando já me tornei seu amigo. Mas vai devagar que não é água não.
(L)Olha eu amo essa música.
Vem! Vamos dançar.
(C)Não!Eu não danço.
(L)Não vai me fazer essa desfeita. Dança comigo... Falo esticando a mão em direção a Carlinhos, que de má vontade a segura e eu saio puxando ele até o meio onde tinha pessoas dançando.
Começamos a dançar e não é que Carlinhos só tinha má vontade ele tinha ritmo e em pouco tempo dominamos a pista de dança.
(C) Lucas me convence a dançar comecei meio tímido, mas nossos corpos se encaixavam perfeitamente um ao outro. O ritmo foi aumentando e começamos a rodopiar, eu nunca tinha visto Lucas sorri tanto e que sorriso lindo ele tinha.
A luz da lua iluminava seus lindos olhos castanhos e eu me vi fascinado por ele, por um instante eu me perdi no fundo dos seus olhos,Lucas passa os braços em volta do meu pescoço e cruza as mãos nas minhas costas e eu sinto seu perfume de alfazema tão presente,seu rebolado sensual faz minha pele se arrepiar ao menor toque.
Lucas é lindo,boa gente e muito muito gostoso.
(L)Carlinhos me olha tão profundamente que pude ver a cor de seus olhos tão negros e brilhantes eles se aproxima colando nossos corpos.
(C)Não pensei nada simplesmente o beijei e Lucas retribuiu o beijo.

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