Chapter Five

1K 120 41
                                    

Depois de dizer a sweeting que sentia algo por ele, houve um silêncio perturbador, que me fizera repensar no que tinha acabado de dizer.

Ele ficou surpreso e imóvel, e realmente não lhe tirava a razão, porque eu também fiquei.

As palavras haviam saído cuspidas da minha boca, e eu nem sequer parei para pensar antes de deixar com que elas escapassem. Mas agora era tarde. Era tarde para concertar minha enorme cagada.

Eu não poderia simplesmente dizer que era mentira, não iria deixá-lo chateado, porque, com certeza, ver sweeting chateado era a pior coisa deste mundo.

Certamente deveria existir uma lei que proíba as pessoas que machucá-lo. Ele era tão frágil... Oh céus, como eu amo isso!

Sweet não respondeu. Ele ficou em estado vegetativo por alguns minutos e depois gaguejou desculpas, dizendo que tinha que ir para casa. E ele foi. Sem me desejar uma boa noite.

Não consegui dormir durante a madrugada. Passei todo meu tempo útil pensando em como as coisas teriam sido diferentes se eu não fosse tão idiota. Porra, Zayn!

No dia seguinte, amanheci resfriado. Como se ter afastado sweeting não fosse o suficiente.

Me deram um chá amargo, e esse me fez vomitar várias vezes. Na verdade, passei toda a parte da manhã vomitando. Colocando para fora todo aquele vinagre nojento de qual eu estava sobrevivendo.

Estava tão fraco que mal conseguia deixar os olhos abertos, tossindo e espirrando a todo momento.

Por alguns minutos, o pensamento de que havia chegado meu dia, passou pela minha mente. Me senti triste, porque estava com saudade de meus pais, minhas irmãs e família. E, naquele momento, senti um enorme desejo de saber o que se passava entre eles. Se estavam mesmo preocupados com o fato de eu ter sido raptado, se comemoravam ou algo do tipo.

Me deitei no chão, com os olhos fechados, mas logo senti alguém me reerguer. Pensei que talvez fosse um dos brutamontes, vindo gritar comigo outra vez, e não pude evitar de deixar lágrimas escorrerem pelo meu rosto.

Eu estava cansado de tudo aquilo. Não iria aguentar muito mais.

- Sinceramente, o que estão esperando para me matar? - Perguntei entre um soluço, com os olhos ainda fechados.

- Eu nunca mataria você, Zayne.

Surpreso, eu abri os olhos, quase conseguindo vê-lo. Ele estava tão perto. Talvez perto até de mais. Mas não era de mais para mim. Era uma distância perfeita.

Não conseguia ver seus traços com perfeição, mas eu enxergava seus olhos azuis. Seus grandes e maravilhosos olhos azuis. Exatamente como eu havia imaginado. Eles eram perfeitos.

- Você-

- Hey - Fui interrompido - Não diga nada. - Assenti.

Sweeting me tomou em seus braços, colocando-me deitado em seu ombro. Jesus, ele era tão cheiroso! Um cheiro maravilhoso e que nunca poderia ser comparado com nenhum outro. 

Sweet não poderia ser comparado com nenhum outro, essa era a verdade.

- Pensei ter te espantado ontem - Disse baixo.

- E-Eu confesso que fiquei meio surpreso e sem saber se deveria voltar - Ele acariciava meus cabelos - Mas não podia te abandonar. Você precisa de mim.

- Sim, eu preciso - Sussurrei - Mais do que você imagina.

- Assim como eu também preciso de você - Sua voz saiu baixa.

- Sweeting, você pode revelar o que eu disse ontem? - Disse depois de um curto silêncio.

- Por quê?

- Porque foi bem idiota - Corei.

- Não Zayne, com certeza não foi idiota. - Seus lábios macios vieram de encontro a minha testa em um beijo.

- Talvez não o que eu disse, mas a forma com falei...

- Zayn. - Ele disse sério, conseguindo minha atenção - Foi a coisa mais bonita que já me disseram, de verdade.

- Oh, tudo bem - Sorri tímido.

- O que houve com você? - Sweeting acariciou minha face. - Está tão pálido...

- Eu não sei - Espirrei - Talvez algum tipo de virose misturada com gripe.

- Zayne, e-eu... - Ele suspirou pesadamente - E-Eu não sei se deveria fazer isso, m-mas... Você promete não fugir se eu soltar estas cordas?

- Sweeting...

- Sei que é um pedido absurdo. Mas eu não quero correr mais riscos... - Sweet choramingou.

Ele estava correndo risco. Alguém estava ameaçando sweeting. Quem estava fazendo isso? Oh, se eu descobrisse...

- Eu prometo - Disse por fim.

Suas mãos hábeis livraram meus pulsos e tornozelos das cordas apertadas e eu não conseguiria definir o alívio de estar "livre" outra vez.

- Obrigado. É realmente bom poder ter minhas mãos separadas outra vez...

- Não precisa agradecer.

Eu gostaria de poder dizer que contive minha extrema vontade de tocá-lo. Mas estaria mentido se afirmasse isso.

Tateei o chão à minha frente, até encontrar sua mão macia. Sweeting hesitou, mas permaneceu quieto, apenas esperado o que viria acontecer em seguida.

Subi minha mão pelo seu braço, e sua pele era tão macia, que não poderia ser comparada nem a algodão. Senti seus pelos se eriçarem com meu toque e, novamente, me segurei para não beijá-lo.

Continuei a vasculhar seu corpo com meu tato, ouvindo sweeting soltar ronronados tão baixos que mal conseguia-se escutar. Toquei seus ombros, pescoço, rosto e brinquei com seus cabelos, fazendo ele pender a cabeça para o lado e se aproximar mais. Agora com as duas mãos, contornei a curva de sua cintura, as desci até o quadril de sweet, ouvindo-o gemer baixinho. Suas pequenas mãos trêmulas se colocaram sobre as minhas, e as guiaram até suas coxas torneadas, e eu as apertei, ouvindo um gemido mais auto.

- Sweeting...?

- Uhn?

- Você me permite dizer o quão gostoso você é? - Sussurrei.

- Está tudo bem pra mim - Sua voz saiu um pouco trêmula - Zayne?

- Sim?

- Me beije. Por favor.






State of the dark ➸ z.hOnde histórias criam vida. Descubra agora