Nós continuamos a trocar carícia pelo resto da noite. Contei a sweet um pouco sobre minha vida pacata, de como eu sofri preconceito na escola quando era pequeno e o quanto as pessoas conseguiam ser rudes comigo às vezes.
- Essas pessoas que mereciam estar aqui no seu lugar, para ver se aprendiam a ser menos estúpidas! - Ele dizia raivoso.
- Mas se isso acontecesse, eu não conheceria você - O encarei, rindo baixinho da sua expressão de zangado.
- De qualquer forma, queria que tivesse tido uma maneira melhor de termos nos conhecido. - Sweet fazia círculos com o dedo em meu peito.
- Bom, você poderia ter me atendido na lanchonete que trabalha. - Coloquei a hipótese em questão.
- Você nunca iria lá. - Ele me encarou.
- Não tenha tanta certeza. - Apoiei meu maxilar no topo de sua cabeça. - Vamos continuar supondo que você me atenderia. - Continuei - Eu te acharia atraente e, na cara de pau, pediria o número do seu celular.
- Você faz isso com as pessoas? - Sweeting arqueou a sobrancelha.
- Não - Gargalhei - Nunca fiz isso antes, eu tenho vergonha, mas com você eu faria.
- Como tem tanta certeza de que me acharia atraente?
- Não existe nenhuma possibilidade de eu não te achar atraente, sweet.
- Certo. - Ele se aninhou mais ao meu corpo. - E se eu dissesse não?
- Eu continuaria voltando até você sair comigo. - Encarei seus olhos azuis.
- Você é insistente, uhn?
- Apenas com o que vale a pena ser. - Sorri.
- Acha que eu valho a pena?
- Com toda certeza - Beijei seus finos lábios.
Sweeting se deitou sobre o meu corpo, sem desgrudar nossas bocas, e eu levei minhas mãos à sua cintura, as descendo e subindo por suas costas, vendo ele se arrepiar. Sweet aprofundou o beijo, encontrando sua língua com a minha, e novamente eu senti borboletas no estômago. Ele brincava com as palmas em meu cabelo volumoso, o puxando às vezes, me fazendo deixar escapar pequenas arfadas, e como punição eu mordia seu lábio.
Chegava a ser realmente ridículo a forma como me entregava cada vez mais a ele, um desconhecido. Eu não sabia praticamente nada sobre sua vida, além de que não fazia faculdade e que trabalhava numa lanchonete. Eu sequer sabia seu nome! Mas, quando sweeting me tocava, com suas mãos pequenas ou lábios, nada me importava mais. Como se nós fossemos os únicos no mundo.
Acabei adormecendo algum tempo depois, ainda com ele por cima de mim, me esquentando naquela noite fria. Acordei pela manhã, tentando me espreguiçar e sentido minhas mãos amarradas novamente. Suspirei. Eu estava cansado de viver um sonho à noite e contemplar o inferno durante o dia.
- Bom dia, princesa. - Me encostaram na parede, colocando meu rosto à mostra - Está melhor pelo visto.
- Como se importasse. - Murmurei.
- É claro que me importo. - Sua voz era cheia de cinismo. - Assim como seu namoradinho.
- Não sei do que está falando. - Disse indiferente.
- Oh, não? Vai negar seu pequeno sweet? -
- O que fizeram com ele? - Senti meu coração se apertar.
- Ainda não descobrimos quem é, mas assim que eu desconfiar de alguém... Diga adeus ao seu querido.
- Vocês não vão encostar essas mãos imundas nele! - Gritei, juntando forças para ficar de pé.
- Caso contrário, o que vai fazer? - Ouvi risos - Vai gritar mais com a gente, playboy?
- Não se atrevam. - Rangi os dentes.
- Vejam guys, ele está querendo bancar o herói. - Riram em forma de deboche - Vai defender seu namoradinho assim, playboy? Posso até soltar seus braços e pernas se quiser, mas você consegue nos enfrentar?
- Eu enfrento quem for necessário para que nada de ruim aconteça a ele. - Me apoiei na parede.
- Que romântico o casal de gays! - Gargalharam - Você é uma vergonha para os homens de todo o planeta, garoto.
- Você só sabe falar? Porque eu não tenho medo de agressão verbal. - Cuspi no chão.
- Quer nos enfrentar, mate? - Seguraram meus braços com força - Vamos ver quem sai em vantagem então. - Jogaram meu corpo até que outro me segurasse.
Senti-me um verdadeiro saco de batatas sendo jogado de mão em mão daquela maneira. Eles pareciam ser um bando infinito, uma vez que parecia que a cada momento eu era jogado nas mãos de um cara diferente e e ele me repassava para outro amigo. Suas risadas altas invadiam o local e ecoavam em meu cérebro, me deixando ainda mais tonto.
- Vamos garoto! Reaja! - Gritavam.
Logo fui jogado no chão, caindo de lado. Tentei me recuperar da tontura e do impacto com o chão, mas antes que eu pudesse fazer, desamarraram meus pulsos e canelas, me colocando em pé outra vez.
- Tudo bem, nós fomos injustos com você. - Eu via tudo girar - Agora somos só eu e você, playboy. Os dois com mãos e pernas livres. Venha, acabe comigo!
O encarei com raiva, sentindo minha costela ainda doer, e sem pensar muito, avancei na sua direção, sendo pego com um soco no estômago.
- Não foi dessa vez garotão!
Me recompus, sentindo mais dor do que antes. Eu não me daria por vencido tão fácil. Ainda tinha um pouco de dignidade, e lutaria por ela.
Me seguraram pelo colarinho, puxando minha camisa, examinando meu rosto.
- Você mal está aguentando o peso do próprio corpo.
Com isso, fui atingido no rosto, sentindo o sangue jorrar da minha boca para fora quando caí de joelhos. Minhas pernas estavam bambas e quase as senti ceder. Me levantei uma outra vez, socando o ar, ouvindo risadas escandalosas. O brutamontes que me batia se aproximou outra vez, me empurrando, quase me fazendo cair novamente.
- Seu rosto é bonito, playboy. Será que seu namorado ainda vai achar isso quando ver esse estrago?
Ele socou meu nariz, fazendo com que eu sentisse o osso se deslocar, quase me matando de dor.
Não caí desta vez, ficando em pé, com o rosto sangrando e, provavelmente, repleto de hematomas. Empurraram meu corpo contra a parede, prensando meu pescoço com o braço, interrompendo minha respiração.
- Veja se está em condições de, pelo menos, apanhar da próxima vez que for comprar briga, playboy.
Eu não consegui responder. Estava muito fraco e perdendo bastante sangue ao mesmo tempo, então senti meu corpo ceder, minha vista ficar turva, e depois de cair no chão, não ver mais nada.
. . .
Yeeey atualização! -q Por favor não me matem². Gente, eu estou tendo uma onda de bloqueios e quase choro quando sento na frente do computador para escrever e não sai nada. Então, se esse capítulo ficou uma merda, me desculpe. Obrigada pelos votes e comentários <3 Vocês são demais! All the love, always <3
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State of the dark ➸ z.h
Acak❝Onde Zayn é sequestrado por uma gangue e Niall o ajuda todas as noites.❞