State of the dark ➸ z.h

Chapter Seven

- Bom... eu...uhn... você está melhor?

- Não mude o rumo de conversa, pequeno.

- Eu não sou pequeno - Ele protestou.

- Tudo bem - Deixei com que um sorriso bobo escapasse - Não mude o rumo da conversa, grandão.

Sweet revirou os olhos, ainda com expressão de zangado e eu não pude deixar de rir dele e de como era adorável. O tomei em meus braços, abraçando-o apertado e beijando seus lábios mais uma vez, sentindo suas pequenas palmas contra meu peito.

- Eu ainda não esqueci do que estávamos falando - Disse baixo.

- Zayn - Sua voz soou séria - E-Eu... me desculpe, mas... não posso.

- Há algo de errado?

- Sim, há algo de errado! Eu não deveria estar vindo te ver. Na verdade, eu não deveria ter começado a fazer isso. Mas não consigo evitar. - Ele dizia rapidamente, cuspindo as palavras em um desabafo - Pensei que vir cuidar de você durante a noite seria apenas um bom ato, que eu estaria sendo gentil, mas não é bem assim que as coisas estão acontecendo.

- Eu vou entender se você não quiser vir mais, querido - Meu coração viu-se quebrado em milésimas partes.

- Vir aqui ou deixar de vir não faz mais parte do meu querer, Zayn. - Sweeting me encarou - É questão de necessidade. Eu necessito de você.

- Sweet, e-

- Mas estão desconfiando. - Ele abaixou o tom de voz - Eu estou sendo perseguido.

- Eu não quero você correndo risco por minha causa. - Segurei suas mãos.

- Você entende agora? - Sweet continuava a ignorar o que eu dizia - Gostaria de poder dizer a você o meu nome. Oh Zayn, ele ficaria tão lindo sendo dito com seu lindo sotaque. - Senti minhas bochechas ganharem rubor - Mas... eu não quero morrer sem te tirar daqui. - Ele sussurrou.

- Não se preocupe, querido - Tomei seu rosto em minhas mãos - Eu vou sair daqui. E vou te levar comigo.

As lágrimas de sweeting molharam minhas mãos e eu o apertei contra meu corpo, ouvindo seus soluços abafados. Nada no mundo partia mais o meu coração do que ouvi-lo chorar. Eu queria poder tomar suas tristezas para mim, de modo que pudesse ver apenas um belo sorriso em seus lábios sempre.
Nem em um milhão de anos eu queria o que estava passando para ele. Pelo contrário. Queria livra-lo de todo aquele caos e poder ter sweeting comigo para que eu pudesse cuidar e ama-lo até o fim. Mas enquanto continuávamos a trocar carícias em um abraço, meu estômago voltou a se rebelar, me fazendo passar mal outra vez e a suar frio.

- Você está bem, Zayne? - Sweet me soltou.

- Estou sim - Menti.

Ele levou sua pequena mão ao meu rosto, parecendo checar minha temperatura, e fez uma careta de desaprovação, mexendo na mochila que sempre trazia consigo. Sweet esticou uma garrafa plástica em minha direção, oferecendo água, e eu a tomei, dando um sorriso amarelo.

Ele jogava alguns objetos para fora da sacola, parecendo procurar algo, e eu ria da sua falta de organização, recebendo o que pareceram olhares de desaprovação. Suas coisas estavam todas espalhadas pelo chão, e sweet continuava a revirar sua bolsa, murmurando para si mesmo. 

Juntei alguns de seus vários objetos e fiquei me perguntando se ele morava tão longe assim para ter que trazer tantas coisas.

- Você usa óculos, sweeting? - Perguntei ao perceber as lentes refletindo em meu rosto.

Ele não respondeu, apenas continuou a procurar seja lá o que fosse. Peguei o par de óculos em minhas mãos e olhei através da transparência do vidro. Pareciam ser o mesmo número de graus que eu costumava usar, e por um minuto me arrependi por reclamar tanto de ter que usar óculos, pois sentia falta de enxergar bem. Coloquei a armação em meu rosto, por curiosidade, e ela se encaixou perfeitamente. Pisquei algumas vezes antes de meus olhos se acostumarem com tamanho grau e olhei em volta, conseguindo ver com nitidez, depois de tantos dias.

Um sentimento de horror e tristeza me invadiu ao poder ver o estado daquele lugar. Era impossível de acreditar que eu estava vivendo em um lugar tão sujo quanto aquele, caindo aos pedaços, coberto por mofo, insetos e roedores. Meus olhos ficaram marejados quase que instantaneamente. Estava com saudades de casa, da minha família, de minha vida parada e cotidiana. Sequei algumas lágrimas que insistiram em cair e abaixei o olhar, encarando minhas mãos sujas e meus pulsos marcados, fazendo com que a vontade de chorar fosse ainda maior.

- Não é possível que esqueci em casa. - Sweeting continuava a murmurar.

Deixei escapar um riso baixo, pensando que, se tudo aquilo não estivesse acontecendo comigo, provavelmente eu nunca o teria conhecido, o que não deixaria minha vida diferente do que era antes. Porque assim que saísse dali, o levaria para morar comigo e teríamos uma vida feliz, sem problemas outra vez.

Virei-me para que pudesse vê-lo melhor e, agora enxergando como deveria desde o início, fiquei a apreciar - lhe. Oh céus! Ele era tão perfeito! Por alguns minutos fiquei a me perguntar se sweeting era mesmo real ou algo de minha imaginação. A forma como ele mordia os lábios finos e mantinha a testa enrugada, enquanto pensando, era, sem dúvida alguma, uma das cenas mais lindas de todo mundo. Ele fazia pequenos biquinhos, parecendo desapontado, e isso estava me deixando ainda mais loco. Seus cabelos louros mistos com fios escuros, estava todo desgrenhado, e o moletom grande grande cobria todo seu tronco, o deixando ainda menor. Sweeting, você é pequeno, aceite isso!

- Não encontrou o que queria? - Me aproximei vagarosamente.

- Não - Ele bufou. - Mas eu podia jurar qu- Sweet parou ao me encarar - O Onde achou isso?

- Estava jogado no chão junto com suas coisas - Eu não conseguia parar de olha-lo.

- Ah - Senti meu coração se derreter quando vi suas bochechas ficando coradas - Não queria que me visse assim, eu estou horrível - Ele tentou ajeitar o cabelo com as mãos.

- Você está maravilhoso - Sorri.

- Me desculpe, não devo ser como você imaginou. - Sua voz soou decepcionada.

- Oh, não, você não é como imaginei - Acariciei sua bochecha quente com o polegar - É muito mais - Sorri, vendo seus olhos grandes e azuis ganharem brilho.

- Eu não quero te perder nunca, Zayne - Sweeting encostou sua testa da minha.

- Você nunca vai me perder, querido. Eu prometo. - Sussurrei, abraçando-o mais uma vez.

. . .

Heeeey! Como vão? Primeiro: Por favor, não me matem. Desculpem minha demora, mas eu estava com bloqueio :c Segundo: Obrigada mais uma vez pelos votes e comentários! Amo todos vocês <3 Terceiro: (notícia ruim) estava fazendo alguns 'cálculos', e acho que a fic não vai passar dos 20 capítulos :c but, assim que essa terminar, vou começar a escrever outra fic Ziall, ainda melhor <3