Chapter Ten

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O encarei, surpreso com o que tinha acabado de ouvir. Talvez eu soubesse desse seu lado, porque, convenhamos, todos temos esse lado malicioso, mas mesmo assim ainda era uma surpresa ouvir aquele tipo de palavreado com seu sotaque forte.

- Q-Quer dizer... eu... - Ele arregalou as órbitas azuis, corando até o pescoço. - Céus, me desculpe, Zayn. Não sei o que me deu.

- Sweet, não se preocupe. - Sorri de canto. 

- Meu Deus, você deve estar me achando um pervertido agora. - Sweeting tampou o rosto com as mãos.

- Querido, está tudo bem. - Tentei tranquilizá-lo.

- Isso é culpa sua! Olha o que você faz!

- O que? - Ri.

- Sim. A culpa é sua. - Ele me encarou. - Se não fosse tão tentador, essas palavras nunca teriam saído.

- Então, tecnicamente, a culpa não é minha. É você quem me acha tentador, que se sente atraído por mim. Qualquer outra pessoa pode não achar isso. - Arqueei as sobrancelhas.

- Mas... - Sweet parou no meio da frase, parecendo pensar no que eu tinha dito. - Você está me deixando confuso, Zayn.

- Ora, sweeting. - Ri, o envolvendo em meus braços.

Ele revirou os olhos em silêncio, apenas deitando a cabeça em meu ombro enquanto eu afagava seus cabelos. Suas pequeninas mãos estavam repousadas em meu peito, e sweet fazia caminhos com os dedos por ali, enquanto eu suspirava baixinho. A ponta de seu nariz roçava em meu pescoço e eu estava realmente tentando me controlar de todas as formas a não voltar ao assunto anterior. Mesmo não obtendo muito sucesso. Minha pele formigava à medida que seu toque se prolongava de meu peito à minha barriga, me deixando um pouco desconfortável com o que poderia vir surgir na parte de baixo. 

- Sweet? 

- Sim? - Ele murmurou.

- Você pode... uhn... parar por ai? - Pedi.

- Como assim, Zayn? 

- Suas mãos. Você pode parar de escorregá-las pelo meu corpo? 

- Por quê? Estou te incomodando? - Sweeting levantou o olhar.

- Não é bem isso. 

- O que é então? - Ele sussurrou contra meu pescoço.

- Pare de me provocar. Por favor. - Fechei os olhos, respirando fundo.

- Acha que estou te provocando, Zayne?

- Tenho certeza.

- Então quem sou eu para discordar? - Sweet riu com malícia.

Em um impulso, avancei contra seus lábios, arrancando-lhe um beijo urgente, enquanto apertava seu quadril. Sweeting sorriu, provavelmente se sentindo vitorioso por ser tão fodidamente provocador. Suas mãos subiram aos meus cabelos, quais ele puxava às vezes, me fazendo arfar. Os beijos foram capazes de suprir toda a tensão por apenas algum tempo. Só até eu conseguir sentir sweeting tão exitado a ponto de estar duro sentado em meu colo. Parei de beijá-lo para encarar seu rosto. Ele tinha a respiração alterada e abriu os olhos ao perceber que tinha parado. Sweet franziu a testa, descontente, e eu fitei seus olhos. Os mais belos o azuis que já tinha visto. Com certeza teria ficado a lhe apreciar em silêncio por toda a noite, porque, bem, eu nunca me cansaria. Isso se sweeting não tivesse rebolado em cima de mim, arfando baixo por conta do atrito. Foi apenas o suficiente para que nossa transa durasse até ele adormecer em meus braços.

Pela manhã, meu corpo era uma mistura de dores. Braços e pernas ainda doíam pela surra que havia levado no dia anterior, o nariz também entrava na lista. E como se eu estivesse pouco dolorido, as marcas de sweeting em meu pescoço também pulsavam, e em minhas costas, trabalho de suas unhas curtas ardiam. Nada como pequenas grandes dores depois de uma boa noite de sexo, uh? Respirei fundo, juntando forças para não ficar jogado no chão e me escorar decentemente na parede. Com os olhos fechados, eu soltei um suspiro, sorrindo de canto ao lembrar da ótima madrugada. Fui interrompido pelo barulho de minha barriga roncando. Certamente eu não comia de verdade a dias, o que só contribuía para minha fraqueza. Inspirei, sentindo um maravilhoso cheiro de café, fazendo meu estômago se revoltar. Céus, eu precisava de um pouco daquilo. 

Com uma força sobrenatural, comparado ao meu estado, consegui me levantar, apoiado na parede. Só ai percebi que não estava mais amarrado, o que me deixou contente, pois odiava aquelas cordas apertando meus pulsos e canelas. Dei um passo de cada vez, me sentindo um pouco zonzo, tendo que caminhar devagar. Ainda estava sem meus óculos, então todo cuidado seria pouco para não tropeçar e cair feio no chão. Como um bebê dando seus primeiros passos, andei até a porta. Se é que aquilo poderia ser chamado de porta. Havia todo um corredor à minha frente e, como um cão farejador, eu seguia o cheiro da cafeína. O aroma ficava mais forte a cada passo que eu dava, fazendo meu estômago revirar de fome. Deus, eu não podia desmaiar ali. 

- Zayn? - Tocaram meu ombro, me fazendo assustar. - Shh, não grite. - Me virei tendo a boca tampada.

- Você quer me matar do coração? - Sussurrei.

- Desculpe. Mas o que está fazendo aqui? Não podem te pegar! 

- Eu... - O encarei. Eu conhecia aquele cara. 

- Por que está me encarando assim, Zayn? - Viraram de lado.

- Eu conheço você. - Tomei seu rosto em minhas mãos, fazendo um esforço para enxergar melhor. - S-Sweeting?

- Você não pode ficar aqui, Zayn!

- Sweet, é você? 

- Zayn...

- O que faz aqui? É perigoso!

- É mais perigoso para você do que para mim, acredite. - Ele suspirou. - Vamos voltar antes que peguem você.

- Querem capturar você, sweet! Tem que ir embora!

- Quem está ai? - Alguém gritou de dentro da sala. Estremeci com a voz grossa e alta.

- Zayn, por favor, vá! - Sweeting pediu com urgência.

- Mas e você?

- Qual o problema? - Se aproximaram de nós. - O que está fazendo aqui? - Gritaram ao me ver.

- E-Eu...

- Não se preocupe senhor, eu já estava o levando de volta. - Sweet bateu continência.

- Como ele conseguiu fugir de lá? - Me empurraram e eu caí no chão. - Tranque a porta dessa vez loiro, você me ouviu?

- S-Sim senhor.

- Leve-o daqui!

Sweeting me levantou de forma brusca, empurrando-me de volta ao meu "covil". 

- Por que estava o chamando de senhor? - Perguntei.

- Zayn, não. Por favor...

- Você faz parte deles? - Houve silêncio. - Sweeting, você é um deles? - Segurei seus ombros, encarando seu rosto. Ele estava chorando.

. . .

Yeey finalmente att! Jesus, não me matem. A preguiça me domina, me desculpe. Queria agradecer por todos os votes e comentários. MUITO obrigada mesmo, gente. Vocês fazem com que eu tenha vontade de continuar a escrever. A cada elogio me dá um orgulho do meu "trabalho", de saber que pessoas realmente gostam do que faço. Amo vocês <3 E, bem, comecei uma fic nova. Se chama Dear Diary e é ziall também. Gostaria muito que vocês dessem uma olhada nela e acompanhassem como fazem com essa. Os capítulos dela são um pouco menores, então há chances de eu a att mais rápido que aqui. Enfim, obrigada mais uma vez. All the love :)x

State of the dark ➸ z.hOnde histórias criam vida. Descubra agora