Primeira vez

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Entrei em casa e segui em direção as escadas, porém a voz da minha mãe chamando por mim me fez parar imediatamente. Respirei fundo e me virei, a encontrando ao lado do homem que se diz meu pai no sofá da sala.

— A diretora do colégio me ligou, pedindo que eu fosse até lá. — minha mãe Johannah diz, se levantando com os braços cruzados — O que aconteceu, filho?

— Fui suspenso. — dou de ombros, fingindo não me importar, mas a verdade é que eu estava prestes a chorar. Aquela droga de suspensão mancharia meu histórico e isso poderia me trazer problemas na universidade.

— Suspenso? — meu pai indaga, rindo em seguida — Eu te disse, Johannah. Esse garoto é um problema.

— Eu não aguentava mais. — confesso, engolindo o choro — Estão sempre me humilhando e me agredindo. Eu só não suportei mais.

— Se fosse um homem de verdade não seria humilhado por seus colegas. —- Mark diz e eu fecho meus punhos com força — Se comporte como um homem.

— O que você sabe sobre ser homem? Não passa de um bêbado nojento que vive tirando dinheiro da sua própria família. — me aproximo devagar, tentando ao máximo controlar a raiva que sinto no momento — Você é um covarde. Tenho nojo de você.

— Louis Willian Tomlinson. — minha mãe me repreende — Não fale assim com seu pai.

— ELE NÃO É MEU PAI!— grito, sentindo minha garganta arder — Nunca foi. Como a senhora tem coragem de colocar esse homem na mesma casa que seus filhos? Aqueles que sempre sofreram nas mãos desse verme.

— Vá para o seu quarto agora. Está de castigo.

Solto uma risada irônica, sem conseguir acreditar no que estou ouvindo.

— Melhor do que olhar na cara desse homem. — digo antes de dar as costas para os dois e subir as escadas correndo.

Ao passar em frente ao quarto de Félicité, minha irmã do meio, paro de abrupto ao encontrá-la encolhida no chão, com as mãos sobre os ouvidos.

— Fizzy... — entrei no quarto e me abaixei a sua frente — O que houve?

— Você e o papais estão brigando de novo. — ela afasta as mãos da cabeça e me fita com os olhos marejados — Ele te machucou?

— Ele não fez nada. — seguro sua cabeça e deixo um beijo em sua testa — Ele nunca mais vai tocar em mim e em nenhuma de vocês, está me ouvindo?

— Quando você for para a faculdade, não teremos mais nosso herói aqui.

— Mas vocês irão comigo.

— A mamãe disse que não vai a lugar algum. — meu coração se aperta — Que não vamos sair daqui e nos mudar para um lugar desconhecido.

— Ela disse isso? — Fizzy assente e eu engulo seco, forçando um sorriso — Tudo bem, mas eu voltarei para buscar todas vocês, okay?

— Promete?

— Eu prometo, pirralha.

Entrei no meu quarto e fechei a porta atrás de mim, jogando a mochila sobre o tapete. Franzi o cenho e me aproximei com cautela da janela, sentindo meu coração se acelerar ao encontrar Harry na janela do seu quarto, usando apenas um short preto.

Ele olhava para mim e parecia um tanto perdido, como se refletisse sobre algo. Inspirei fundo e mantive nossos olhares conectados até que Harry balançou a cabeça e fechou a cortina.

Engoli seco e levei minha mão até minha boca, tocando meus lábios. Eu havia o beijado. Nossos lábios haviam se tocado e eu mal podia acreditar nisso.

Loving in secretOnde histórias criam vida. Descubra agora