A festa

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Oie! Queria deixar aqui que a música tema dessa fanfic é I Don't Want To Miss a Thing do Aerosmith.

Para quem não conhece, recomendo escutarem. É uma das minhas favoritas e a letra se encaixa perfeitamente com os Larry dessa fic.

Deixei o link da playlist dessa fanfic no fixado do meu twitter. O link do meu perfil está na bio.
Beijos e boa leitura!



xxx



Ao chegar da biblioteca naquela manhã de sábado, encontrei Harry sentado na porta de sua casa, lendo um livro distraidamente. Ele tinha seus cabelos presos para trás em um elástico e usava roupas simples do dia a dia. 

Pensei em me aproximar e cumprimentá-lo, mas desisti no mesmo instante. Segurei firme a alça da minha mochila e caminhei até a porta da minha casa.

Respirei fundo ao avistar meu pai sentado na poltrona, cochilando com uma garrafa de cerveja em mãos. Sua aparência não era muito agradável e o odor de álcool impregnava cada canto da sala.

Caminhei até a cozinha e ergui as sobrancelhas para minha mãe que terminava de picar alguns legumes para o almoço.

— O que ele faz aqui, mãe? — questionei, recebendo um suspiro como resposta — Não a acredito que o aceitou de volta aqui em casa depois de tudo que houve.

— Ele é seu pai, Louis.

— Meu pai? — soltei uma risada completamente irônica - eu mal podia acreditar no que estava ouvindo — Você se lembra do que aconteceu? Não é possível que todos estejam cegos nessa casa.

— Ele disse que está se controlando, querido. Até conseguiu um emprego.

— Isso não é justo com seus filhos, mãe. — digo baixinho, sentindo uma dor dilacerante em meu peito — A senhora deveria pensar nas consequências e na infelicidade que eles nos traz.

Dito isso, saio da cozinha e subo as escadas depressa, indo até meu quarto. Fecho a porta com força e me jogo sobre a cama, chorando baixinho contra o travesseiro.


— Tente agir como homem, seu imprestável. — meu pai gritou, acertando meu rosto com uma bofetada. O golpe foi tão forte que meu corpo acabou caindo no chão pelo impacto — E se você chorar , garoto... — ele se aproximou e eu me encolhi, esperando pelo próximo golpe — Vá cuidar das suas irmãs antes que eu te arrebente todo.


Essa foi uma, das inúmeras vezes em que meu pai foi violento comigo ou com minha mãe. Viver com ele aqui era o protótipo de inferno e sim, eu agradecia quando ele sumia por dias, ou até mesmo semanas.

Meu pai não gostava da ideia de me ter estudando o tempo todo. Criticava meus sonhos e me dava trabalhos pesados, dizendo a todo momento que havia criado um homem e não um fresco preguiçoso.

Minha mãe parece não ver o quanto ele nos afeta e nos destrói. Aquele maldito homem nos levou a ruía com seu vício.

— Lou? — a voz de Charlotte soou do outro lado da porta — Está tudo bem?

— Vai embora! — tento soar firme, porém minha voz soa trêmula — Quero ficar sozinho.

— Ele veio pedir dinheiro. — ela continua, com sua voz doce e melancólica — Mamãe deu um pouco do que tinha. — fecho meus olhos com força — Ele gritou com ela e a ameaçou. Era o dinheiro pra sua faculdade.

— Me deixe sozinho, por favor.

Pude ouvir seus passos se afastando da porta, então me dispus a chorar ainda mais. Isso não é justo.
Minhas cartas de aceitação das universidades não chegaram e agora também não tenho dinheiro. Não quero viver para sempre desse jeito e preso nessa cidade.

Loving in secretOnde histórias criam vida. Descubra agora