𝗦𝗲𝘅 𝗗𝘂𝗼.

30

HAILEY

— Nunca pensei que você realmente me fosse levar num encontro.— Confessei.— Sua irmã sabe disto?

— Não.— Vinnie clareou a sua garganta, e assim que o fez, voltou a dirigir sua atenção para mim.— E acho bom você não lhe contar nada. Não quero que ela cometa um homicídio e que a vítima seja eu.

Não consegui não soltar uma risada ao escutar o loiro resmungar. Não lhe iria falar sobre isso, a pedido dele, mas acredito que Blair não ligasse muito ao facto de que seu irmão me tenha trazido até um restaurante da cidade, para ter um encontro em pleno domingo. Ele já fez coisas mais complexas do que simplesmente me trazer num encontro.

Adentramos o local com tranquilidade, lado a lado. Era um restaurante bem chique. Ou talvez não fosse realmente considerado um mas na minha visão, ele era. E o facto de Vinnie me ter trago até aqui, era bem surpreendente.

— Hailey.— Vinnie exclamou meu nome.— Vem. Não precisa ficar tanto tempo admirando.

Ele tinha razão. Eu estava literalmente parada no meio do restaurante, olhando ao meu redor. Eu estava quase que chocada com a enorme luz de pequenos cristais que o local tinha no centro. Era extremamente elegante.

— Desculpe.— Reprimi meus lábios e finalmente me sentei na cadeira que Vinnie arrastou para mim.— Cavalheirismo não combina nada com você, Vinnie.

— Não precisa combinar.— Logo, Vanserra se sentou na minha frente.— Aliás...— Ele levou suas mãos até à camisa social e arrumou a gola levemente desarrumada.— Saiba que você está incrível.

— Obrigada, eu acho.— Franzi minha testa. Não sabia muito bem como reagir. Vinnie já me elogiou antes, claramente, mas não nessa situação. Nunca estivemos na realidade num momento como estes. Céus, que loucura.— Você também... está.

— Uau.— Ele soltou uma leve risada sem graça. Merda. Eu não queria que ele tivesse reagido dessa forma.— Certo.

— Me dê um desconto, Vin.— Eu estava nervosa.

— Tudo bem, é compreensível.— Claramente ele já esteve inúmeras vezes nessa situação, por isso não deveria estar nervoso tanto quanto eu.

Suspirei fundo, desviando meu olhar do dele, assim dirigindo minha atenção para a rua movimentada de Atlanta. Onde caralhos eu estava me metendo? Estava tudo tão confuso e complicado na minha cabeça, que não consigo pensar noutra coisa senão em Vinnie. E isso estava me matando.

O garçom logo chegou perto da gente, e num piscar de olhos pedimos o que desejávamos jantar. Agradeci ao funcionário, que logo após anotar no pequeno bloco de notas, se afastou para ir até outras mesas.

— No que tanto pensa?— Vi o loiro em minha frente parar seu olhar, num ponto morto.

— Nada. Só... em coisas do dia a dia.— Ele se remexeu e nossos olhares se conectaram num instante.— Ou talvez eu esteja mentindo.