Capítulo Sete

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Nicholas Smith

Mantenho seus lábios nos meus e aprofundo o beijo. O gosto do vinho que vem de seus lábios deixa tudo ainda melhor.

As mãos dele toca a minha pele por debaixo do moletom. Os dedos estão um pouco gelados me fazendo arrepiar.

Arthur se afasta um pouco e olha nos meus olhos. Mordo meu lábio e sorrio de lado.

Não vou negar que quero muito mais do que um beijo com ele. Nesse momento eu nem lembro o que tenho que fazer, se tenho que voltar para casa ou não.

Tento o beijar novamente, mas ele se afasta. Franzo o cenho e me sinto incomodado. Esse não é o momento em que ele se entrega a mim?

__ Eu fiz um jantar para você. Não vai fazer desfeita, vai? - ele se vira e eu tenho uma bela visão de sua bunda.

Tenho que ir embora, preciso ir embora. Mas a forma como ele falou comigo... Argh!

__ Tudo bem! - Arthur sorri parecendo ficar animado.

Descemos e voltamos para a cozinha. Arthur me serve um pouco do que fez. Aquilo estava muito bom, muito bom mesmo.

__ Está muito bom. Onde aprendeu a cozinhar?

__ Na Itália, minha falecida avó me ensinou. Ele queria passar suas receitas a alguém, e como só eu me interessei - ele da de ombros.

Comemos em meio a uma boa conversa. Saber mais sobre ele foi interessante. Tem coisas que não se acha na internet.

Depois disso ele me serviu uma sobremesa, já que aparentemente Arthur não come doce. Fiquei impressionado com isso.

__ Vem! - meu moletom é puxado - vamos assistir um filme.

Eu o sigo como um cachorrinho. Ele coloca um filme de comédia, eu não conheço, já que não assisto muitos filmes.

Arthur deita a cabeça no meu colo, sem parecer incomodado com isso.

A risada dele preenche o ambiente. Nem prestei atenção no que assistia. Fiquei olhando para o rosto dele, cada pequeno detalhe, nada passou batido por mim.

Suspiro me sentindo nervoso. Nem as drogas me deixaram tão inebriado como estou nesse momento.

Ele me prendeu por mais três filmes. Quando Arthur finalmente dorme no meu colo, eu me levanto com cuidado.

Vou até o quarto e pego meu celular. Antes de pular a janela me lembro de um coisa. Pego um cobertor e volto para a sala.

Depois de o cobrir me afasto um pouco. Me agacho e olho para ele mais de perto. Dou um sorriso e passo a língua pelo meus lábios.

__ Boa noite, meu bem!

Volto para o quarto e pulo a janela. Entro no meu carro e dirijo de volta para a minha casa.

Assim que eu entro vejo o caos que esta. Tem três homens mortos na sala.

Agora me lembro o que eu tinha que fazer. Voltar para casa, porque tinham invadido a casa, pelo quarto da minha irmã.

__ Onde você estava? - meu pai grita me assustando.

O que eu digo a ele agora? Me desculpe pai, eu estava jantando com um garoto que conheci a pouco tempo, aliás ele sabe o que eu faço, já que esqueci minha mochila cheia de drogas em uma boate e ele a pegou.

__ Eu? Estava... É... - abro e fecho a boca sem saber o que dizer.

__ Você está limpo? - ele pega meu rosto e o vira - que milagre é esse?

Boy Problem ( Romance Gay) Onde histórias criam vida. Descubra agora