Boy Problem ( Romance Gay)

Capítulo Cinquenta e Sete

Alguns Dias Depois

__ Você tem que ver, ele é tão lindo e fofo, a coisa mais perfeita desse mundo. Deve estar se perguntando o motivo de eu gostar tanto dele, não é mesmo?

O homem encolhido no canto da cela apenas responde com um baixo "sim."

O que ele poderia fazer afinal? Seu parceiro de cela matou os últimos 3 que estiveram em seu lugar. Seu corpo tremia de medo.

__ Foi depois da morte da minha mãe. Eu estava me sentindo tão mal naquele momento, mas então ele apareceu... Seu sorriso iluminava meus dias ruins. Ele fazia desenhos para mim, me irritava de todas as formas possíveis e quando achei que não podia melhorar... Simplesmente encontrou o túmulo onde minha mãe foi enterrada, comprou flores e me levou até lá.

__ Ele parece ser uma boa pessoa.

__ Meu Martin é incrível, nada supera ele. Senti vontade de desistir de tudo, mas toda vez que tentava me animar, me fazia ter vontade de viver mais um dia.

__ Que palavras bonitas - o cara deitado na cama sorri.

__ Sabe como vim parar aqui? Eu era um bom estudante, estava estudando medicina, como minha mãe queria. Mas um dia, cheguei em casa e o novo namorado dela estava a espancando, eu só a defendi, mas quando a polícia chegou, só me viu batendo em um cara que era rico e tinha influência. Fui para a prisão e perdi tudo. Minha mãe se matou alguns dias depois.

Dylan olha para a parede e da uma risada. A história parecia engraçada para ele. Mas era rir ou chorar, ele ficou com a primeira opção.

__ Ei! - um carcereiro bate com o cassetete na cela - você ai que está deitado, você tem visita.

O presidiário fica confuso. Seus amigos não poderiam visitar ele, ou iriam acabar presos também.

Mas mesmo assim se levantou e vou até o guarda. Algemas foram colocadas em seus pulsos e nos tornozelos.

Não dava para entender o motivo. Só porque tinha matado 3 pessoas, começado uma rebelião, ter colocado fogo em uma das celas e ter deixado um carcereiro de cama? Aquilo era desnecessário.

Estava na ala D, onde apenas os assassinos mais perigosos ficavam.

Dylan foi levado até uma sala, onde tinha uma cadeira e duas mesas. Era a sala do diretor, talvez?

__ Como está, Mathias?

__ Que porra de Mathias, meu nome é Dylan caralho!

Quando o rosto do presidiário é iluminado pelo sol, dava para ver os hematomas causados por socos. O rosto estava inchado e roxo. As costelas fraturadas e o braço doendo com a torção.

O homem sentado atrás da mesa da uma risada.

__ Na certidão de nascimento está Mathias.

__ Foda-se!

Dylan mudou o nome depois de ter sido preso pela primeira vez. Poucas pessoas sabiam seu verdadeiro nome, Nicholas era uma delas.

__ Você quer sair daqui?

__ Que tipo de pergunta é essa?

__ Me deixe pergunta novamente. O que está disposto a fazer para sair daqui?

Ele se perguntou o motivo do tio do Nicholas o está oferecendo isso. Que tipo de poder ele tinha para libertar alguém?

__ Não tanto, pode ter certeza.

__ Eu quero meu irmão morto. Mate ele e eu dou um jeito na sua ficha.

Dylan não sabia o que falar. Ele trabalhou para Paul por muito tempo, sempre seguindo ordens. Nicholas o ajudou a entrar para a El Diablo, porque ele não tinha nem aonde dormir.