Capítulo Vinte

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Nicholas Smith

Paul ainda está olhando para Arthur como se fosse o matar. Isso me deixa nervoso, sem saber como agir.

__ Vai embora! - eu o empurro.

Arthur olha para mim, mas eu não devolvo o olhar. O Bianchi finalmente vai embora e eu posso respirar aliviado.

Meu pai odeia pessoa estranhas, ainda mais se elas podem apontar algum risco ao seu negócio.

O meu quase namorado é o tipo de pessoa que Paul odeia.

__ Quem era ele, Nicholas? - me viro de costas.

Não quero ter que responder. Meu pai nunca acredita no que eu digo. Para ele tudo que sai da minha boca é mentira.

Mas eu realmente iria mentir. O que eu deveria dizer? Que Arthur esteve comigo no meu quarto, me fodendo a noite inteira?

Não é uma coisa que se diz a ele.

__ Era... Não sei, pergunta ao Dylan, ele pode responder melhor do que eu.

__ Ele estava no seu quarto.

__ Não é que... O idiota confundiu com o banheiro, foi isso.

Merda... Nunca estive em um situação dessas antes.

É porque eu nunca transei com ninguém no meu quarto. Exatamente pelo medo do meu pai.

Mas era o Arthur... Eu queria o agradar de alguma forma. E meu quarto é o melhor lugar da casa para se estar.

__ Vou fingir que acredito - ele me puxa pelo ombro e me vira de frente - está limpo?

__ Sim, isso não é incrível? - pisco meus olhos inocentemente.

__ Que bom, vamos conversar! - ele segura a minha nuca e sai me arrastando.

Eu tenho uma leve impressão que isso é por causa das pessoas que eu matei.

__ Está me machucando.

__ É para machucar!

Quando chegamos no meio das escadas, ele me joga e eu rolo pelas escadas até chegar ao chão da sala.

__ O que está fazendo? Sumam da minha frente! - as pessoas que estavam na sala saem rapidamente - você não, Dylan.

Dylan vem até a mim para tentar me ajudar, mas Paul não permite.

__ Por que está assim pai?

__ As drogas estão fodendo com o seu cérebro? - ele grita em alto e bom tom - que porra foi que arrumou dessa vez?

__ Você disse que eu tinha que resolver o problema, e eu resolvi.

__ Não, Nicholas, aquilo não foi resolver o problema - ele me segura pelo pescoço me levantando - aquilo foi uma chacina.

Ele me joga longe e eu bato com as costas na parede.

Sinto dor, mas não me atrevo a me levantar do chão. Até eu tenho meu momento de lucidez.

Não retruco o meu pai, não quando ele está dessa forma, prestes a matar alguém.

__ Já disse que não foi eu que matou o filho do King, mas ele insistiu nisso. O desgraçado teve o que mereceu!

__ Se não foi você, então quem foi?

__ Alguém que queria me incriminar. E já tenho minhas suspeitas...

Paul esfrega o rosto e suspira. Esse é um dos momentos que ele se arrepende de ter me trazido para morar com ele.

Dessa vez Dylan é permitido de vir até a mim. Ele me ajuda a levantar e me leva até o sofá.

Boy Problem ( Romance Gay) Onde histórias criam vida. Descubra agora