Nicholas Smith
Arthur é um manipulador do caralho. Eu não achei que ele pudesse fazer aquilo. Mas como dizem, as aparências enganam.
Ele me enganou direitinho, com o rosto de pessoa conservadora. A verdade é que ele usou meu prazer, contra mim mesmo.
A única coisa que eu deveria fazer, é transar com ele e depois desaparecer. Nunca tive um namorado, ou uma foda fixa, e nem quero.
Não tenho controle sobre meu corpo. Toda vez que ele me pede para fazer alguma coisa, eu faço sem questionar.
Jogo minha cabeça no volante do carro e respiro fundo. O que eu faço agora?
Estou pensando seriamente em me afastar dele, mas... Ainda o quero como nunca quis alguém antes.
Abro um pouco a janela do carro e acendo um cigarro. Sopro a fumaça depois de dar uma tragada.
Olho para Dylan que está no banco de trás, ele está acordando.
__ Como foi a soneca? - sorrio de lado.
__ Nicholas, seu filho da puta! Você me drogou?
__ Eu disse para não me seguir.
Ninguém pode descobrir sobre o Arthur. Não quero que ninguém saiba sobre ele, ninguém mesmo!
__ Você não me dá medo, mas seu pai sim. As vezes ele invoca algum demônio, e toca o terror - reviro os olhos.
__ Não seja dramático. Temos um trabalho a fazer! - jogo o cigarro fora, pego minha arma e saio do carro.
Olho para a floresta a minha frente. Não penso duas vezes antes de entrar. Os galhos batem no meu rosto e alguns cortam os meus braços.
__ Posso saber o motivo de estarmos aqui?
__ Assim que a polícia ver a tatuagem do defunto, eles vão dar a morte como retaliação de gangue, então vão estar pouco se fodendo para ele. O king não acha que eu matei o filho dele atoa, ou alguém abriu a boca, ou alguma coisa aqui me incrimina. Vou dar uma olhada no local onde ele morreu, deve estar intocado.
__ Mas fala sério. Você matou mesmo ele?
__ Não! - me viro para ele - não me siga, fica de olho por aí - ele assente e logo se afasta de mim.
Depois de um tempo andando, finalmente chego ao local onde ele foi morto. Como imaginei, está tudo da mesma forma, até o sangue.
Ligo a lanterna do meu celular e procuro por alguma coisa. Tem sangue, muito sangue. Ele não foi morto a tiro, parece ter sido a facada.
Tem sangue respingado na árvore. Ele sangrou e caiu no chão.
Franzo o cenho ao ver uma coisa brilhar no canto. Quando pego na mãos, xingo ao ver o que é.
__ Estou procurando faz um tempo - pego meu colar na mão.
Isso é minha marca registrada. Foi minha mãe quem me deu. Todo mundo sabe que eu uso isso. Está aqui o motivo dele achar que sou eu.
__ O pingente ainda está aqui...
Ouço o barulho de um galho se quebrando. Quando me viro, tem uma arma apontada para o meu rosto.
__ O Hernández achou que você viria aqui, e não que ele estava certo? - tento pegar minha arma, mas um tiro acerta o meu ombro me levando ao chão - ele colocou sua cabeça a 500 mil.
__ É muito, você não acha?
Ele levanta a manga da camisa e mostra a tatuagem dos King players.
__ Quando eu levar você até ele, vou receber uma boa recompensa.
__ Está perto demais - dou um chute na mão que está na arma.
Puxo ele com as minhas pernas, e ele cai do meu lado. Atinjo sua barriga com meu cotovelo.
__ Filho da puta! - ele grita e se levanta, eu faço o mesmo.
Dou um soco nele e desvio de um. Acerto meu pé na canela dele o fazendo cair de joelhos. Giro meu corpo e chuto o rosto, vejo o sangue voar da boca.
Pego minha a arma e aponto para ele. Agora o idiota parece assustado.
__ Caralho! - Dylan aparece ao meu lado - esse é o primo do defunto.
__ Não estou nem ai! Vou meter uma bala na cabeça do filho da puta! - grito com raiva.
__ Atira!
__ Vou te mandar pro inferno!
Meu ombro está doendo pelo tiro que levei. Estou com muita raiva desse imbecil, doido para furar o crânio dele.
__ Se o matar, vai começar um guerra entre as gangues - destravo a arma - estou falando sério, não faça isso!
Ele tem razão. Meu pai me mata se eu começar uma guerra, é tudo que ele menos quer no momento.
Sinto alguma coisa irritar meu nariz. Espirro e consequentemente aperto o gatilho.
__ Caralho, Nicholas!
__ Eu espirrei.
__ E agora? Você matou o cara!
__ Ele está bem - chuto o corpo.
O defunto está com os olhos abertos, uma bala alojada na testa.
__ Ele acha que você matou o filho, agora você também mata o sobrinho. Quem vai ser o próximo, a esposa?
__ Não foi culpa minha - espirro mais uma vez - alguma coisa está me dando alergia aqui.
Dylan faz uma careta, como se fosse chorar. Mas que droga! Agora mesmo que meu pai vai pegar no meu pé.
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Boy Problem ( Romance Gay)
RomansaNicholas Smith é um menino problema. Filho do líder de uma gangue. Ele é egocêntrico, não se importa com ninguém além de si mesmo, e tem um lema, o que ele quer, ele consegue! Arthur Bianchi é filho de um empresário bem sucedido, ele vem de uma fam...