Capítulo Nove

8.8K 759 62
                                    

Nicholas Smith

Arthur é um manipulador do caralho. Eu não achei que ele pudesse fazer aquilo. Mas como dizem, as aparências enganam.

Ele me enganou direitinho, com o rosto de pessoa conservadora. A verdade é que ele usou meu prazer, contra mim mesmo.

A única coisa que eu deveria fazer, é transar com ele e depois desaparecer. Nunca tive um namorado, ou uma foda fixa, e nem quero.

Não tenho controle sobre meu corpo. Toda vez que ele me pede para fazer alguma coisa, eu faço sem questionar.

Jogo minha cabeça no volante do carro e respiro fundo. O que eu faço agora?

Estou pensando seriamente em me afastar dele, mas... Ainda o quero como nunca quis alguém antes.

Abro um pouco a janela do carro e acendo um cigarro. Sopro a fumaça depois de dar uma tragada.

Olho para Dylan que está no banco de trás, ele está acordando.

__ Como foi a soneca? - sorrio de lado.

__ Nicholas, seu filho da puta! Você me drogou?

__ Eu disse para não me seguir.

Ninguém pode descobrir sobre o Arthur. Não quero que ninguém saiba sobre ele, ninguém mesmo!

__ Você não me dá medo, mas seu pai sim. As vezes ele invoca algum demônio, e toca o terror - reviro os olhos.

__ Não seja dramático. Temos um trabalho a fazer! - jogo o cigarro fora, pego minha arma e saio do carro.

Olho para a floresta a minha frente. Não penso duas vezes antes de entrar. Os galhos batem no meu rosto e alguns cortam os meus braços.

__ Posso saber o motivo de estarmos aqui?

__ Assim que a polícia ver a tatuagem do defunto, eles vão dar a morte como retaliação de gangue, então vão estar pouco se fodendo para ele. O king não acha que eu matei o filho dele atoa, ou alguém abriu a boca, ou alguma coisa aqui me incrimina. Vou dar uma olhada no local onde ele morreu, deve estar intocado.

__ Mas fala sério. Você matou mesmo ele?

__ Não! - me viro para ele - não me siga, fica de olho por aí - ele assente e logo se afasta de mim.

Depois de um tempo andando, finalmente chego ao local onde ele foi morto. Como imaginei, está tudo da mesma forma, até o sangue.

Ligo a lanterna do meu celular e procuro por alguma coisa. Tem sangue, muito sangue. Ele não foi morto a tiro, parece ter sido a facada.

Tem sangue respingado na árvore. Ele sangrou e caiu no chão.

Franzo o cenho ao ver uma coisa brilhar no canto. Quando pego na mãos, xingo ao ver o que é.

__ Estou procurando faz um tempo - pego meu colar na mão.

Isso é minha marca registrada. Foi minha mãe quem me deu. Todo mundo sabe que eu uso isso. Está aqui o motivo dele achar que sou eu.

__ O pingente ainda está aqui...

Ouço o barulho de um galho se quebrando. Quando me viro, tem uma arma apontada para o meu rosto.

__ O Hernández achou que você viria aqui, e não que ele estava certo? - tento pegar minha arma, mas um tiro acerta o meu ombro me levando ao chão - ele colocou sua cabeça a 500 mil.

__ É muito, você não acha?

Ele levanta a manga da camisa e mostra a tatuagem dos King players.

__ Quando eu levar você até ele, vou receber uma boa recompensa.

__ Está perto demais - dou um chute na mão que está na arma.

Puxo ele com as minhas pernas, e ele cai do meu lado. Atinjo sua barriga com meu cotovelo.

__ Filho da puta! - ele grita e se levanta, eu faço o mesmo.

Dou um soco nele e desvio de um. Acerto meu pé na canela dele o fazendo cair de joelhos. Giro meu corpo e chuto o rosto, vejo o sangue voar da boca.

Pego minha a arma e aponto para ele. Agora o idiota parece assustado.

__ Caralho! - Dylan aparece ao meu lado - esse é o primo do defunto.

__ Não estou nem ai! Vou meter uma bala na cabeça do filho da puta! - grito com raiva.

__ Atira!

__ Vou te mandar pro inferno!

Meu ombro está doendo pelo tiro que levei. Estou com muita raiva desse imbecil, doido para furar o crânio dele.

__ Se o matar, vai começar um guerra entre as gangues - destravo a arma - estou falando sério, não faça isso!

Ele tem razão. Meu pai me mata se eu começar uma guerra, é tudo que ele menos quer no momento.

Sinto alguma coisa irritar meu nariz. Espirro e consequentemente aperto o gatilho.

__ Caralho, Nicholas!

__ Eu espirrei.

__ E agora? Você matou o cara!

__ Ele está bem - chuto o corpo.

O defunto está com os olhos abertos, uma bala alojada na testa.

__ Ele acha que você matou o filho, agora você também mata o sobrinho. Quem vai ser o próximo, a esposa?

__ Não foi culpa minha - espirro mais uma vez - alguma coisa está me dando alergia aqui.

Dylan faz uma careta, como se fosse chorar. Mas que droga! Agora mesmo que meu pai vai pegar no meu pé.

Boy Problem ( Romance Gay) Onde histórias criam vida. Descubra agora