Boy Problem ( Romance Gay)

Capítulo Sessenta

Nicholas Smith

Algumas Semanas Depois

Lento da cama lentamente, sentindo todo meu corpo dolorido pela noite de ontem.

Olho ao redor e reparo no grande apartamento. Mesmo que eu não quisesse vir morar com ele, Arthur insistiu muito até eu aceitar.

Não foi que eu não quis morar com ele, eu só tive receio. Prometi a mim mesmo que não iria mais ter pesadelos ao lado dele.

Sempre que isso acontece, alguém acaba machucado.

Mas Arthur consegue me acalmar. E isso é uma coisa boa.

Dylan ficou no comando da gangue, mas isso não significa que eu deixei toda a responsabilidade para ele, eu continuo trabalhando naquilo.

Só que as coisas são um pouco diferentes agora.

__ Nick, precisamos sair. Você tem que acordar.

__ Por que o vôo sai tão cedo? Seu pai não emprestou o avião dele? - afundo meu rosto no travesseiro.

__ Precisamos ir cedo. Levanta logo!

Arthur era uma pessoa matinal, eu não sou. Ele acorda cedo, treina, faz o café da manhã e eu permaneço dormindo.

__ Sua mãe vai ficar com o Bob?

__ Ela se recusou a ficar com ele.

__ Da para entender os motivos dela. Aquela cachorro é um problema.

Sinceramente me arrependi de pegar o cachorro para ele. Bob, como o apelidamos, é muito travesso. Não consegue ficar parado e quebra o apartamento inteiro.

__ Nicholas - meu namorado fica sério - quem é Hector?

Os olhos dele brilham de ciúmes. Arthur era ciumento. Eu também sou, mas acho que ele chega a ser um pouco pior.

__ Hector é o meu tio. Se esqueceu disso?

__ Ah, é verdade - ele coça a nuca um pouco constrangido.

__ Meu amor - o abraço - vamos aproveitar muito as suas férias - beijo o pescoço dele o fazendo se arrepiar.

__ Quando a gente voltar. Vamos sair com nossos amigos.

__ Não quero eles, só você - ele dá uma risada.

Me levanto para ir até o banheiro, mas antes disso Arthur segura meu braço.

__ O potinho - fecho minha mão em um punho.

Minha terapeuta me faz fazer xixi em um potinho todas as manhãs, para ter certeza de que não estou usando drogas.

__ Sabe que odeio fazer isso. É humilhante!

Arthur suspira e retrai a mão. Apesar de tudo, ele não me força a fazer as coisas.

Olho para o hematoma que tinha no abdômen dele. Na noite de ontem eu tive pesadelos, usei drogas e a gente brigou feio.

Eu não o agredi, ele apenas se machucou ao me impedir de ir para a rua. Não dava para saber o que eu iria fazer.

__ Eu não queria machucar você - olho para o chão.

__ Está tudo bem, Nick - balanço minha cabeça em negação.

__ Me sinto mal ao ver você assim. Se você está mal, eu também estou - esfrego meu rosto e suspiro.

Entro no banheiro e não permito que ele fale mais nada. Eu sei o que meu namorado vai falar.