Capítulo Cinquenta

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Nicholas Smith

Esfrego minhas mãos na calça jeans. Eu estava nervoso e isso era uma coisa bastante rara.

Levo minha mão até a porta e dou dois toques.

Por favor que o Arthur esteja aqui...

Sempre me perguntei se ele ainda iria gostar de mim depois de ter visto o pior lado de quem eu sou.

Por que eu tenho que ser tão mentiroso? Se eu tivesse falado a verdade isso não iria acontecer.

Eu deveria ter sido claro com ele. Falado que eu costumo matar pessoas. E que isso não me afeta em nada.

__ Oi - fico contente ao ver ele abrir a porta.

Arthur olha para tudo, menos para mim. É tão ruim não saber o que ele está pensando nesse momento.

__ Oi - seu olhar vai para o chão - você quer entrar?

__ Sim - assinto.

Ele deixa a porta aberta e entra no apartamento. Entro e fecho a porta.

O loiro estava no quarto, em sua mesa de estudos. Escrevendo alguma coisa.

__ Fique ai! - recuo um passo e me sento no chão em frente a porta.

__ Está chateado? - Arthur larga a caneta em cima da mesa e olha para mim.

__ Estou... Assustado. Acho que é a melhor palavra que me defini agora.

Fecho meus olhos e respiro fundo. O que fazer nesse momento?

__ Aquilo foi... Uma tragédia.

__ Tragédia? Você matou o cara porque ele bateu no seu carro. Aquilo foi assassinato. E por um motivo tão idiota!

Se ele souber que eu matei a mulher que estava no carro também... Fudeu!

Eu queria muito inventar 500 mentiras para não ter que entrar nesse assunto. Mas Arthur pediu para que não houvesse mais mentiras entre a gente.

__ O que você esperava de mim? As pessoas não te disseram como eu sou?

__ Saber é diferente de ver. Se estivesse no meu lugar também não ficaria assustado?

Não meu amor. Eu te ajudaria a esconder o corpo.

__ Não sei.

__ Você o matou por nada. Faz isso sempre? Mata as pessoas quando elas te irritam?

Eu não mato pessoa que me irritam. Essas coisas acontecem muito quando uso drogas. Fico sem controle dos meus atos e acabo sendo agressivo.

Dependendo da situação, sim, eu posso até matar uma pessoa. Como aconteceu nessa noite.

Até tento me controlar, mas as vezes eu apenas uso demais.

__ Arthur, eu... Não sei o que falar agora - me levanto do chão - nada do que eu disser aqui vai mudar o que aconteceu.

__ Então...

__ Quando me conheceu, sabia que eu não era uma boa pessoa - ando em sua direção - qual é a sua preocupação, em? - seguro sua mão.

__ Eu não sei.

__ Entenda de uma vez Arthur. Eu sou bom apenas para você. Estou tentando melhorar, só por você. Sempre por você!

__ E as pessoas a sua volta?

__ Não me importo com as pessoas. Estou pouco me fodendo para quem elas são. Se tivesse que matar para me proteger, ou proteger quem eu amo, eu iria pensar duas vezes antes de fazer.

Arthur engole em seco e me olha assustado. Ele também parecia um pouco surpreso.

__ O que foi, meu amor? - passo meu polegar pelos seus lábios - assustado? - passo minha perna pela cadeira e me sento em seu colo, de frente para ele.

__ Para com isso.

__ Você não viu nem metade do que eu posso fazer - beijo seu pescoço - eu mataria todos só por você - seguro seu rosto fazendo ele me olhar nos olhos - tudo por você.

__ Nicholas!

__ Sei que isso não está assustando você. Eu posso sentir - me movimento para frente, sentindo sua ereção - você gosta disso, não é?

Como resposta, Arthur coloca as mãos na minha cintura e aperta com força.

__ Sei do que você gosta Arthur Bianchi - dou um sorriso de lado - se quisesse uma pessoa Santa, que fosse procurar em uma igreja. Mas você quis a mim, não é? O menino que pulava a janela do seu quarto apenas para te visitar todas as noites. A pessoas que realiza todos seus desejos.

__ Eu preciso de você - ele se livra da minha camisa - amarrado em uma cama, pronto para que eu te foda a noite toda.

__ Sou todo seu - ele se levanta comigo no colo.

Sou jogado na cama com uma força bruta. Arthur sobe em cima de mim e toma meus lábios em um beijo.

Seu olhar era de ouro desejo. Eu era sua presa.

__ Só meu! - estremeço com a intensidade da sua voz.

Sinto meu pau latejar dentro da calça. Me esfrego com ele, causando uma fricção gostosa.

Eu daria sexo ao Arthur até que ele esquecesse o que tinha visto.

__ Me foda como quiser, da forma que quiser - meu namorado me olha de uma forma intensa, que me fez arrepiar.

***

Dividi esse capítulo em 2 porque iria ficar um pouco grande.

Quero também falar o motivo de não postar com frequência. Aconteceu uma série de coisas que me fez perder toda a vontade de escrever.

Se minha cabeça não está bem, então minha escrita também não vai estar. Estou melhorando aos poucos.

Espero que o capítulo não tenha ficado ruim.


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