Capítulo Quarenta e Três

4.5K 415 108
                                    

Nicholas Smith

Freio meu carro bruscamente quando uma anta fica na frente do meu carro.

A anta de chama Alan.

Ele abre a porta do carro e entra no passageiro. Eu o olho sem entender o motivo de estar ali.

__ Eu não falei para você não aparecer mais aqui?

__ Precisa me ajudar.

__ Não! - ele me olha indignado - agora sai do carro. Tenho que ir a um lugar.

__ Não vou sair até você concordar em me ajudar.

Volto a dirigir e deixo ele ali mesmo. Tenho que fazer a entrega de um dinheiro, de uma compra de armas que o meu pai fez.

__ Arthur está magoado comigo e isso pode afetar nossa relação. E a mãe dele vai me mandar de volta para a casa dos meus pais.

__ E?

__ Meu pai me bate, Nicholas - dou uma risada.

__ Não vem com esse papo de coitado para cima de mim. Comparado ao meu pai o seu é um anjo. E ao contrário de você, eu não me faço de coitado.

__ Você nunca fez nada para sair dessa situação. Mas eu estou fazendo de tudo para não ter que passar por tudo isso novamente.

__ A única pessoa que te ajudou, é exatamente a pessoa que você mais faz mal.

Alan olha para a janela e fica em silêncio por um tempo.

__ Você não merece o Arthur.

__ Concordo, mas sou egoísta para deixar ele ir.

Sou errado por querer um pouco de amor? Tive mais amor em pouco tempo de relacionamento com ele, do que toda a minha vida.

__ Só diga a ele que a culpa foi da Samantha.

__ A culpa foi sua também. Assuma seus erros!

__ Não me culpe pelo seu relacionamento fracassado!

Dou uma freada brusca, fazendo ele bater o rosto no painel, já que estava sem o cinto.

__ Mais fracassado do que o meu relacionamento, é sua vida de merda!

__ Não sei porque vim pedir ajuda para você - ele abre a porta e sai do carro.

Olho ao redor e vejo que eu já tinha chegado.

O idiota do Alan está no território do André. Um cara que me odeia só porque eu matei o pai dele.

Eu poderia deixar ele se dar mal, mas ai Arthur ficaria triste.

Eu não tenho raiva do que aconteceu ontem. Não consigo ficar com raiva dele. Faço qualquer coisa para a gente voltar.

Saio do carro e vou atrás dele, o puxo pelo cabelo e deixo ele ao meu lado.

__ Fica perto de mim. O lugar é perigoso.

Vou até o porta-malas e pego a maleta de dinheiro que está lá.

__ Onde estamos?

__ No território do André. Eles são especializados em roubos de armas, jóias e automóveis.

__ E são muito perigosos? - dou uma risada.

__ Sim! Ele não gosta muito de mim porque eu matei o pai dele - Alan arregala os olhos.

__ E você veio até aqui?

__ Falei isso para o meu pai. Mas ele disse que se eu morresse seria menos um para dar trabalho.

Boy Problem ( Romance Gay) Onde histórias criam vida. Descubra agora