Boy Problem ( Romance Gay)

Capítulo Trinta e Seis

Nicholas Smith

Respira, inspira. Não surtar, não dar chilique.

Meus olhos estavam piscando sem parar. Por conta da crise nervosa que eu estava tendo naquele momento.

Cravo as unhas na minha perna e aperto. Eu tinha que descontar a raiva de alguma forma.

Arthur não agiu como uma criança. Ele veio até a mim e me cumprimentou, mas depois disso ficou em um canto com os amigos e o primo.

Alan que é outro que estou doido para pegar no soco.

O pior de tudo, é que Ayla parece muito a vontade com eles. Ela até foi no colo daquele garoto.

Depois de tudo que eu fiz por ela. Briguei com meu pai, levei tapa na cara, roubei dinheiro dele para pagar pelos remédios dela, e é assim que sou agradecido?

Traidora!

Vou deixar meu pai vender ela para qualquer um agora.

Eu deveria estar aproveitando, mas era difícil para mim.

Eu gosto do Arthur, muito mesmo. E ver aquele garoto tocando nele o tempo todo estava me matando aos poucos.

Arthur estava sorrindo para ele. Daquela forma que fazia o coração de qualquer um disparar.

Eu poderia aguentar, tinha certeza de que eu ficaria da forma que estou. Vou ficar sentado nesse sofá até o fim da festa.

__ O que aconteceu, Nicholas? Está estranho - Rayssa se senta do meu lado - não é querendo causar discórdia, longe de mim. Mas tem um menino dando em cima do seu namorado.

__ Eu sei.

__ Eles parecem bem íntimos.

__ Eu sei.

__ Acho que estão tendo alguma coisa além da amizade.

__ Eu sei! - me viro para ela - você não tem mais nada para fazer não?

__ Festa de criança é muito chata. Só é bom porque a gente come bastante - Rayssa chega perto de mim - se eu fosse você, tirava ele daqui a base do soco.

__ E você acha que eu não quero fazer isso? Estou me segurando para não surtar. É a festa da Ayla.

__ Isso faz sentido. Então é melhor você bater nele depois que ela dormir - fecho os olhos e respiro fundo.

__ Não tenho direito de fazer isso, Rayssa. Eu vacilei com o Arthur.

__ Acho que entendo o seu lado. Mas posso te ajudar com uma palavra amiga? O Bernardo é muito mais divertido e legal do que você - ela da dois tapas no meu ombro e volta para onde estava.

Que desgraçada, corna do caralho. Veio aqui só para me deixar pior do que eu já estou.

E parece que ele era legal mesmo. Estava todo mundo muito concentrado no que o idiotinha estava falando.

Minha vontade era de colocar todos dentro de uma gaiola e depois colocar fogo. Eu veria eles queimar até a morte com um sorriso no rosto.

Quando o tal Bernardo passa o dedo pelos lábios do Arthur, minha raiva ficou incontrolável.

Eu pulo do sofá para chegar até ele, mas alguém me impede.

__ Eu não falei para você se comportar?

__ Você deixou esse garoto vir aqui, mesmo sabendo que eu sou descontrolado.

__ O que está acontecendo, Nicholas? - minha irmã me olha séria.