Capítulo Vinte e Um

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Arthur Bianchi

__ Está olhando para onde? - Verônica balança a mão na minha frente.

__ Para ligar nenhum, apenas pensando.

__ Foi sobre o almoço com sua mãe? Ela brigou com você novamente?

__ Não, ela me pediu desculpas pelo comportamento, e disse que não deveria ter me tratado daquela forma.

O almoço foi agradável. Eu me senti bem ao saber que ela não estava chateada, ou com nojo de mim.

Achei que Anne poderia dizer coisas horríveis, mas não foi isso que ela fez.

__ O que aconteceu então?

__ Ela quer conhecer o Nicholas - coloco minhas mãos no rosto - e Deus...

__ Aquele menino maluco? Ele me ameaçou! - minha amiga bate na mesa.

__ Eu sei, aquilo foi horrível.

__ Mas a festa foi muito legal. A irmã dele é muito gente boa. Ela até me contou algumas coisas... - franzo o cenho.

__ Que coisas? - pergunto curioso.

__ Algo como... Que o Nicholas foi sequestrado e torturado quando mais novo. Você sabia disso?

Eu deixo o garfo que estava na minha mão cair no prato.

Meu coração se acelera e eu me sinto um pouco sufocado. Aquilo foi demais para mim.

Saber que o Nicholas passou por isso...

__ Isso é verdade?

__ Por que ela iria mentir sobre algo assim? - balanço a cabeça em negação.

Olho para baixo. Eu estava me sentindo mal por isso. Minha vontade era de correr e o abraçar, dizendo que estaria tudo bem. Que eu ficaria com ele.

__ Sabia que não deveria ter contado para você. Olha como está. Arthur não fica assim.

__ Quer que eu fique como então? - dou uma risada sarcástica - o que mais ela disse?

__ Ele tem crises de raiva, usa drogas constantemente, não consegue dormir e que já sofreu uma overdose - balanço minha cabeça em negação.

Eu preferia não descobrir essas coisas assim. Mas acho que ele nunca iria me contar.

__ Existe bilhões de pessoas no planeta e você escolheu logo o Nicholas para se apaixonar? - Luan bate com as mãos na mesa - tem ideia de como ele é?

__ Por que está irritado?

__ Não acredite naquela carinha de bom moço. Ele é mentiroso, manipulador, assassino a sangue frio.

As pessoas a nossa volta não estava prestando atenção, e Luan também não estava gritando.

Menos mal, assim ninguém ouve o que está acontecendo.

__ Luan! - chamo sua atenção.

__ Essa é a pura verdade! Acha que isso não aconteceu antes? Você é novidade para ele, um brinquedo que ele pode usar. Quando se cansar, ele não vai terminar com você, vai simplesmente aparecer com outro.

__ Luan, que horror! - Verônica olha para mim com pena - não liga para ele Arthur.

__ Essa é a verdade. Você se apega demais a ideia de que as pessoas são boas, mas isso não é verdade. Eu convivi com ele por meses, sei do que estou falando.

__ Cala a boca! - aperto minhas mãos em um punho.

__ Estou falando isso para o seu bem. Quando aquele filho da puta agir como um cretino com você, vai me dar razão! - ele se vira e sai andando.

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