Arranjo

579 19 13
                                    

Ok, eu tenho algo contra a inocência desse casal, e sim, vai ter hot. Lidem com isso HAHAHAHA!
Hazel narrando

Não era isso que eu queria para minha vida, mas já que era a única saída, então que fosse. Mesmo tendo apenas 16 anos.
Meu pai apareceu pela porta.

Hades:- você está linda.

Eu assenti, desanimada, encarando meu reflexo no espelho, onde o grande vestido branco cobria do peito aos pés. Um véu estava preso sob o coque elaborado e uma maquiagem leve estava sobre meu rosto tristonho. Meu pai me encarou culpado.

Hades:- meu bem... não precisa fazer isso. Eu dou um jeito. Você é jovem demais pra passar por uma coisa dessas, ainda dá tempo de desistir.

H:- não, pai. Eu vou, não tem problema. Não quero ver tudo que o senhor construiu ruir por causa disso.

Hades:- não vai ruir, meu amor. Eu posso pedir uma ajuda aos... seus... tios...

H:- vocês se detestam, isso não vai funcionar. Pai, tudo bem.

Ele suspirou, derrotado, não conseguindo me convencer do contrário. Um dos empregados da agência de casamentos veio dizer que estava na hora, me entregando o buquê de belas flores roxas. Fomos até a porta, em frente ao salão da cerimônia, para então eu enlaçar meu braço ao de meu pai, logo antes da porta abrir e os convidados se levantarem. Do lado do noivo, muitas pessoas desconhecidas, em maioria asiáticas, me encaravam com suavidade, como que pedindo desculpas e dando às boas vindas à família. Do lado da noiva, ou seja, do meu, amigos e alguns parentes encaravam com certa expectativa ou tristeza. Respirei fundo, e logo a música começou. No altar, em pé, além do celebrador, estava o noivo em questão: um homem de quase dois metros de altura, corpulento, trajando um simples terno preto, gravata vermelha e camisa social branca. Ele parecia deslocado e constrangido, claramente também estava sendo forçado a estar naquela situação. Findando o trajeto, meu pai beijou minha mão e a entregou ao noivo, que a tomou extremamente sem jeito. O celebrador falou tudo o que era necessário ao casamento, e na hora dos votos, tanto eu quanto o noivo, que agora mesmo eu descobri se chamar Frank Zhang, falamos apenas votos que foram escritos para que falássemos na hora.

C:- Frank Zhang, você aceita Hazel Levesque como sua legítima esposa, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte os separe?

F:- a-aceito.

C:- Hazel Levesque, você aceita Frank Zhang como seu legítimo esposo na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte os separe?

H:- aceito.

C:- então eu vos declaro, marido e mulher. Os noivos podem se beijar.

Ouvi Frank engolir em seco, então simplesmente o puxei pela gravata e lhe dei um selinho, para evitar constrangimentos. As pessoas presentes aplaudiram e então começou a festa. Apenas uma pessoa estava sorrindo, e era o pai do noivo, sócio do meu pai, Marte Ultor, dono da empresa de aviação e transportes aéreos Ultor. Surpreendentemente, parecia um sorriso sincero, como se estivesse de fato feliz em ver o filho casar com uma completa desconhecida. Eu só sei que nada na minha vida conseguiria ser mais constrangedor do que aquele casamento, e pelo menos acho que meu, agora esposo, concordava com isso. Um pouco depois, enquanto Frank dançava com alguma de suas várias parentes, Marte me chamou para falar em particular.

M:- olha, minha jovem, eu peço até certa desculpa por te colocar nessa situação. Deve ser realmente constrangedor casar arranjado.

H:- é mesmo, e acho que seu filho concorda.

Contos FrazelOnde histórias criam vida. Descubra agora