Uma águia, elevada, majestosa
voava triste pelos campos e ravinas
observando as matas, cuidadosa
a mais sagaz das aves de rapina.
A velha águia, no cume da montanha
chama com um brado as suas filhas
para lhes entregar com força tamanha
o testamento de sua vida grandiosa.
" Nós subimos mais que as outras aves
sentindo o vento forte em rajadas
enfrentando o frio e a tempestade
nos tornamos fortes e elevadas"
"Agora chegou a hora de minha partida
deste mundo de luta e de labor
para atingir o Sol ao meio-dia
e com ele me fundir em ardor"
"Continuem a jornada, minhas filhas
se elevando sempre cada vez mais
nunca percorram falsas trilhas
e nunca desistam! Jamais!"
"Agora que parto, não fiquem tristes
pois vou direto para o Sol que a brilhar
me eleva com seus raios de luz divina
e lá sempre estarei a lhes saudar"
Dizendo isso, a velha águia se elevou
subindo sempre mais e sempre mais
suas penas o Sol divino queimou
e ela não retornou jamais.
02/04/2000
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A Nova Poética
PoezjaPoemas de amor, místicos e de autoconhecimento que escrevi nos anos de 2000 a 2002. Poesias de esperanças, paz, luz e busca interior!