Estrela da manhã (Soneto)

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Fostes breve como a estrela da manhã

que desaparece com a luz pura da aurora

Do dia só brilhaste uma pequena hora

entre o ontem e o provável amanhã.


Tudo passa de um breve instante

momento fugaz, mas que se torna um diamante

na memória do poeta entristecido

diante da flor que seca e que enfim morre.


Se a impermanência nos leva em tuas águas

sempre fluindo e nada nos deixando

qual será a fonte secreta de onde nós viemos?


Neste mundo onde tudo é sonho, tudo é vã neblina

permita-me ver a tua beleza (verdadeira) que está oculta

e não aquela que é breve,  é efêmera e não é pura.


31/1/2001


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