Capítulo 03

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Como Bianca não deu as caras na mansão nos dias seguintes, Rafaella tratou de procurar saber com o irmão mais novo que contou sobre uma viagem de última hora que surgiu para a noiva. Algo de família, que fez os dois serem obrigados a adiar a data do casamento. Reforçando a desconfiança da Kalimann que quase já não dormia a noite esperando seu nome cair na boca do povo, e quando dormia sonhava com os peitos de Gizelly.

Se ela fechasse os olhos podia vê-los claramente tamanho desejo sentia.

Em três dias Gizelly alugou o espaço no nome de outra pessoa e as duas seguiram em carros separados e com total cuidado para não serem vistas.

Enquanto entrava no local avistando Gizelly no bar observando as garrafas de bebida, Rafaella tentava convencer a si mesma de que precisava tirar aquela imagem da outra de sua mente. Já havia ficado com mulheres muito mais interessantes que Gizelly.

— Finalmente — fala Gizelly pegando um copo que coloca sobre o balcão e logo em seguida começa a abrir a garrafa de cachaça. — Pensei até que tinha desistido.

— O que está fazendo? — Ela analisou a outra que abria a garrafa com um movimento que fez o fino tecido do decote balançar junto ao balanço dos seios sem sutiã.

Como controlar a própria mente quando se é simplesmente apaixonada por seios? Rafaella poderia olha-los por horas, toca-los por horas, ou até mesmo chupa-los incansavelmente.

Talvez fosse uma obsessão.

— O que sei fazer de melhor com a cachaça — diz Gizelly.— Como sua tolerância deve era altíssima, vou preparar algo bem forte.

— Quer me embebedar, Bicalho? — Rafaella senta num banco encostando-se ao balcão.

— Vamos tentar estimular nosso cérebro. — Gizelly pisca enquanto a outra tamborila os dedos sobre o balcão. — Sabe quem me ensinou esse drink? — Ela olha Rafaella que dá de ombros. — Seu irmão.

— Brandon sabe fazer drink com cachaça?

— Ramon! — Rafaella franze o cenho, não sabia que o irmão mais novo era próximo a Gizelly. — Se você não fosse tão insuportável, talvez se juntasse a nós aos fins de semana.

— Então vocês fazem festinhas juntos aos fins de semana? Onde se encontram? Em prostíbulos?

— Em nossa casa, Rafaella. Eu, Brandon e Ramon.

— Nunca gostei tanto de ser insuportável. Ao menos não recebo convite para ser tipo de evento desinteressante.

Gizelly riu movendo a cabeça negativamente. Ao finalizar serve dois copos, enfeita com ramos de capim-santo e logo em seguida desliza um sobre o balcão.

— Isso é seguro? — pergunta Rafaella analisando a bebida.

Gizelly não responde, apenas toma um pouco da bebida enquanto faz a volta no balcão indo em direção aos sofás. Rafaella pega o copo e segue a outra. As duas sentam e Gizelly observa ela que prova o drink e quase cospe tudo de volta.

— Você quer me matar? O que tem nessa droga?

— Não exagera princesinha, não tem nada demais.

Rafaella volta a provar e dessa vez não parece tão ruim. As duas ficam em silêncio observando o local completamente vazio.

— Vamos repassar os fatos — diz Gizelly. — Estávamos exatamente aqui nesse sofá quando comentei sobre seu segredinho. Você como sempre foi grossa e ameaçadora, então logo depois peguei uma bebida e foi a partir daí que as coisas tomaram um rumo diferente.

O Segredo dos KalimannOnde histórias criam vida. Descubra agora