cap ²¹

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"Esse episódio pode conter
'Cenas' fortes."

- Obrigada... - Eu disse começando a ficar vermelha.

Ele soltou uma risada fraca.

- Você mora aqui? - Ele perguntou se referindo ao Hotel.

- Sim, você também, certo?

Ele balançou a cabeça concordando.

- Não digo que a palavra certa séria morar, mas, sim.

Ele me olhou e deu uma piscada de leve.

- Eu vi em... - Eu falei brincando.

Ele apenas sorriu.

- Agora precisamos ir, está muito tarde.

Ele falou e me puxou pra entrar.

Quebra de tempo

Por algum motivo meu corpo deu um susto, me fazendo acordar de madrugada.

- Ué...

Percebi que meu cérebro me alertava que avia alguém me olhando.

- Ah não mano...

Bufei e olhei para a porta do meu quarto...
Tinha alguém parado ali, eu juro.

Comecei a gritar assustada.
E a sombra veio até mim, com as mãos tentando se defender.

- Calma!!

Percebi que era o Nicolas.

- QUE PORRA É ESSA? COMO ENTROU AQUI?

Eu ainda estava assustada e estava tremendo.
Ele se aproximou e passou a mão no meu cabelo, mas eu tirei sua mão.

- Eu entrei aqui quando você entrou aqui também.
Quando estava entrando com o Jake.

Ele falou meio zangado.

- Ah...

Eu falei meio tímida.

- Por que você gosta dele? - Seu tom de voz ficou mais forte.

- Isso não é da sua conta, sai daqui ou eu chamo a polícia! - Eu falei mais brava.
- Não vai dá fofa, pra ligar precisa de celular.

Olhei para suas mãos, e meu celular estava lá.
Meus olhos iam de suas mãos até seus olhos.

- Me dá! - Eu gritei batendo em seu peitoral.
- Calma, pra pegar você precisa seguir algumas regras.

Ele falou debochando.

- Fala logo. - Eu disse.

Um sorriso de canto apareceu em seu rosto e ele pegou minha mão.

- Vem.

Ele me puxou, me fazendo sair da cama.
Ele me levou até a cozinha.

- Fala logo porra!

Ele abriu uma gaveta do armário e pegou uma faca grande e afiada.
A faca brilhava em suas mãos, e com a outra mão ele guardou meu celular em seu bolso.

- Sabe... - Ele falou se aproximando.
- Eu sempre quis saber como é a sensação de ser considerado o traidor da história... - Seu tom de voz parecia sarcástico, mas ele falava sério.

Dei alguns passos para trás com medo.

- Sabe sn, se eu te matasse aqui e agora, ninguém iria descobrir. Provavelmente achariam que você se matou...

Me virei e saí correndo em direção ao quarto, enquanto meu coração batia forte de desespero.
Seus passos podiam ser ouvidos atrás de mim.

Assim que eu ia entrando dentro do quarto, sua mão pegou a minha e me puxou para perto.
Ele puxou meu rosto para perto do seu me obrigando a beijá-lo.
Eu me debatia, mas ele era forte.

Consegui separar nossos rostos e gritei por socorro.

- Bobinha... - Ele me olhava raivoso

Em um deslise seu, eu consegui sair de seus braços e ir até o meu quarto.
Me tranquei rapidamente, e eu pudi ouvir os murros dele.
Corri até a janela do meu quarto e olhei para baixo.
Era alto, no 3° andar eu acho, mas foi minha única opção.

Ao olhar para a porta de novo pude ver que uma parte dela estava quebrada, e com mais 2 murros a porta se quebraria por completo.

- Se eu morrer hoje, eu espero que saibam que eu tentei.

Abri a janela, e me sentei nela, olhando apara baixo de novo vi o quão perigoso seria pular dali.
Olhei para a porta novamente, e realmente vi que era a única que eu podia fazer.

Me joguei da janela sentido lágrimas descerem.
Meu coração estava a mil, e o pensamento de saber que iria morrer por causa de alguém que você confiava, é a pior sensação do mundo.

Lembranças || Duskwood Onde histórias criam vida. Descubra agora