Capítulo 11

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  Encaro minha amiga que me olha aterrorizada e depois olho para ao meu redor,minhas mãos estão sujas de sangue.

A sangue respingado nas paredes.
A dois homens mortos na casa.
A mobília está quebrada.
A uma poça de sangue embaixo dos meus pés.

—Precisamos sair daqui.—Falo me aproximando porém ela recua abraçando ainda mais seu filho.

Ela sempre soube que eu era uma assassina,porém nunca me viu em ação.

—E-eu te explico no caminho ok?apenas pegue coisas importantes e vamos sair daqui.—Digo.

  Ela parece receosa,me encara por bastante tempo.

  Agora eu entendo seu olhar de julgamento.

Sou uma assassina.

—Confia em mim,mesmo que seja difícil.—Digo,e ela suspira indo rapidamente em direção ao quarto dela e se trancando lá.

  Vou ao meu quarto e pego uma mala pronta que sempre deixei a caso de emergência,coloco minha arma embaixo da blusa e minhas facas em outra bolsa, dinheiro e documentos eu também pego.

   Vejo o defunto ao meu quarto,me aproximo dele e tirou sua máscara,como o outro mascarado eu simplesmente nunca vi seu rosto.

Procuro evidências em ambos os corpos porém nenhum tem nada além de uma arma e uma máscara fudida de cachorro.

  Pego minha mala e minhas coisas importantes enquanto coloco ambos os cadávers pertos um do outro.

  Vou em direção ao quarto de Renata,lá está ela parada com seu filho no colo e algumas malas em cima da cama.

—Eu levo as malas no carro,vamos.—Falo tentando equilibrar as malas em minhas mãos,reparo que está suja de sangue porém está a noite então seria muito difícil ver o sangue em minha mão.

[...]

   Termino de colocar as malas no porta mala,agora tudo que era importante está fora do apartamento,Renata está em silêncio sentada na parte traseira do carro apenas calada acariciando a cabeça do seu filho,ela encara o interior do carro tentando absorver tudo que viu.

  Entro dentro do carro já pesando em voltar para o apartamento e sumir com aqueles corpos e limpa-lo todo.

Porém seria suspeito demais.

De madrugada faria isso.

  No momento minha maior preocupação era com a ruiva e a criança que ela segurava em seu colo.

Uma assassina com dó de uma mulher e uma criança...que patético.

  Infelizmente Renata foi a única que me apoiou naquele dia,e não me julgou por ser uma assassina horrível.

  Dirijo pela cidade em silêncio,Renata parece pensativa demais olhando para a janela ao seu lado enquanto acaricia os cabelos de seu filho.

—Onde estamos indo?—ela pergunta.

—Para um lugar seguro para vocês dois.—Digo pegando meu celular e discando o número de Selena,ao terceiro toque ela atende.

Aconteceu algo?—sua voz ecoa pelo celular.

—Aconteceu.—digo—Estou indo para o subterrâneo com mais duas pessoas,quero que seu chefe esteja aí também, é uma ordem.—Desligo o celular sem esperar qualquer tipo de resposta.

—Quem era aqueles caras?—renata pergunta.—Tem haver com o seu trabalho do bilionário?

  Assenti com a cabeça e continuei a dirigir em silêncio enquanto batucava os dedos no volante,a ansiedade era meu maior problema.

[...]

   Não demorou muito para chegar ao subsolo, Renata está sentada em um sofá com noah ainda dormindo quieto ao seu lado coberto por um cobertor que Selena deu a ele.

  Jhon está sentado em sua cadeira de sempre ao lado de seu computador,e Selena está parada ao seu lado apenas lixando as unhas.

  Encaro eles inquieta.

—Cade o chefe de vocês?—pergunto cruzando os braços—Eu ordenei que queria ver ele.

—Estou atrás de você querida.—a voz dele me faz virar rapidamente,ele está mascarado ainda com aquela máscara preta.—Diga o que você queria dizer.—ele cruza os braços.

—Aqueles idiotas me seguiram ontem e hoje invadiram minha casa!—Digo e eles parecem surpresos,até mesmo Renata que não sabia de nada que tinha acontecido.

  Suspiro,antes de contar tudo que aconteceu na noite anterior e na de hoje.

—Vou pedir para alguns capangas irem limpar o apartamento de vocês.—Diz o mascarado.—Porém não acho seguro vocês voltarem para lá.

—Você não entendeu o que eu disse?eu quero parar essa tal missão,se quiser me matar me mate agora,apenas deixe ela e o filho dela em paz e em um lugar seguro.—Digo,sinto minha voz falhar por um segundo.

Morrer...

Não imaginava que eu morreria assim.

—Você já está longe demais para desisti de tudo isso,agora que conseguiu uma certa intimidade com o garoto e ainda chamou a atenção do inimigo,está longe demais pra desistir.—Ele diz.—Aqui no prédio tem um apartamento vazio já mobiliado,vocês podem ficar nele,porém ela e o garoto não podem sair daqui sem companhia certa.—ele aponta para Renata e Noah.

—Eu preciso trabalhar pra sustentar meu filho,e ele precisa ir a creche!—Diz Renata.

—Iremos pagar você se ajudar a gente,e seu filho terá total apoio.

—Vai me fazer virar uma assassina e matar os outros?—Renata o desafia.

—Não,Selena e Jhon precisam de ajuda para organizar tudo de Cristal,e você a conhece muito bem eu espero,vai receber um bom salário pra isso.—Diz o homem,Renata me olha pedindo para dizer algo.

—Para alguém que não me conhece,necessita demais de mim,está quase implorando para eu ficar.—Digo.

—Meu ego não é tão grande,eu inploraria facilmente por um trabalho descente vindo de você,e além de tudo eu confio em seu serviço.—Ele diz indo até a porta—Minha parte já está feita,irei mandar os capangas a seu antigo apartamento e inventarei um boato que vocês viajaram,Jhon e Selena ajudaram vocês ao resto,boa noite.

  Ele simplesmente sai fechando a porta.

—E agora Cristal?—Renata me pergunta.

—Não tem nada a se fazer a não ser seguir as regras dele.—Digo saindo daquela sala.

Preciso de ar, necessito de paz.

[...]

  Não sei quando isso aconteceu,porém quando percebi eu já estava em uma varanda do prédio apenas observando a cidade enquanto raciocinava tudo que estava acontecendo.

  Me sinto fraca e imponente por simplesmente não conseguir decidir a porra da minha vida.

Porra você é uma assassina!

  Nasci para matar as pessoas,não para ajudá-las .

  Esfrego meu rosto frustada enquanto olho automóveis e prédios por toda a cidade.

Quantas vezes eu desejei ser normal.

Sem traumas e um passado horrível e um presente pior ainda.

  Sinto uma mão encostar em mim,por conta do susto acabo recuando para o lado em posição de defesa.

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Postando dois capítulos pq não tô tendo tanta motivação como antes pra escrever essa fic.

Votem e comentem<3

Continua?

Love and BloodOnde histórias criam vida. Descubra agora