Capítulo 17

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Jade Picon

Já passava do meio dia quando levantei da cama. Depois que o PA havia confirmado nosso encontro, eu tinha ficado estranhamente disposta. Fiz minha higiene matinal e logo em seguida coloquei uma máscara de argila no rosto, enquanto arrumava algumas coisas que estavam espalhadas pelo meu apartamento. Como eu estava praticamente morando no RJ, ele sempre ficava com uma coisa ou outra por organizar. Liguei no meu restaurante preferido e pedi uma salada porque estava faminta. Preferi continuar aqui em São Paulo em segredo, a Nina e o Léo me matariam quando soubessem, mas era por uma boa causa. Eu precisava ficar sozinha, e pensar no que eu estava fazendo. Não demorou pra minha comida chegar, e devorei tudo de uma vez, arrumando toda a bagunça depois. Tirei a máscara do rosto e resolvi descer para treinar, precisava colocar toda aquela adrenalina que estava sentindo para fora. Nem a minha mão um pouco dolorida atrapalhou o treino. Faço alguns stories na academia e quando sinto meus músculos exaustos, subo e vou direto para a banheira. 

Estava chegando próximo da hora que eu e o PA combinamos, e eu precisava me preparar. Meus cabelos estão molhados e decido deixar assim, que secassem naturalmente. Escolho uma lingerie de renda preta sem pretensão nenhuma, e coloco um short jeans e uma t-shirt da jadejade. Faço uma maquiagem de leve e coloco poucos acessórios, não queria parecer que havia me arrumado demais. Quis ficar o mais casual possível, afinal ficaríamos em casa. Termino de me arrumar, pego meu celular e sento no sofá da sala. Lá fora estava trovejando e em alguns momentos tive a impressão de que a luz piscasse. 

O clima de São Paulo era inexplicável, mas em dezembro era de se esperar chuvas corriqueiras. Coloco uma série para passar na televisão enquanto peço comida japonesa para nós dois. Entre um episódio e outro, a comida chega e desço para pegar, e já chovia forte lá fora.

23:00 horas... sim, tomei um bolo. A minha vontade era mandar o máximo de mensagens que eu conseguisse xingando o PA, mas me contive. Quem sabe não era aquilo mesmo que eu merecia dele. Mas poxa, nem uma mensagem avisando que não vinha? Será que aconteceu algo ou ele simplesmente desistiu de vim? Como eu sou idiota. Olho pro moletom na sacola e tenho vontade de queimá-lo, mas ele era lindo, pelo menos ganhei uma peça de roupa nova. Levanto do sofá para colocar meu pijama e me deitar quando escuto um grande estrondo e tudo fica escuro. Dou um grito com o susto que tomei pelo barulho e sento no sofá novamente. Parecia um apagão, eu só não sabia se era apenas no prédio ou em toda essa parte da cidade.

Jade: Que bela noite. Sozinha e sem luz. – Falo pra mim mesma. Ligo a lanterna do celular e vou até o armário da cozinha, lembro que nele havia algumas velas perfumadas e as espalho pelo apartamento. Até que o ambiente ficou aconchegante.

Jade: AAAAAAAAAAAAA – dou um grito com todas as forças do meu pulmão e coloco a mão sobre o meu coração acelerado depois de ouvir a campainha. Eu estava com medo. Em filmes de terror quando matavam a protagonista geralmente a cena começava assim. Faço o sinal da cruz e vou até a porta. Que Deus me ajude.

DEPOIS DO FIMOnde histórias criam vida. Descubra agora