Capítulo 24

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Jade Picon

A noite havia sido espetacular e  diferente de todas as outras. Nos amamos até nossos corpos chegarem à exaustão, e eu adormeci com um sentimento estranhamente calmo. Apesar do que aconteceu e de calma não ser a melhor palavra para definir minha relação com o PA, era assim que eu me sentia. Talvez tenha sido a maneira como fui tocada, ou o fato de me sentir segura e protegida nos braços dele. O que quer que tenha sido, não durou muito tempo.

 Acordei e percebi que o PA não estava mais na cama, os raios de sol que atravessavam a janela anunciava que já era dia, então provável que ele já tivesse ido, sem se despedir pelo visto. Será que tinha se arrependido? Ouço passos vindo do corredor e me ajeito rapidamente na mesma posição que eu estava. Ele não tinha fugido de mim, ainda estava aqui. A porta do quarto abre, e escuto alguns barulhos, e em seguida PA começa a conversar com alguém, era uma ligação com o Patrick.

 Não entendi bem sobre o que eles falavam porque a voz dele era baixa, porém ouço bem o nome dela: Thays. Meu corpo reage e acabo me mexendo, mas continuo com os olhos fechados. Ele termina a ligação dizendo que está voltando para a casa. Parecia que tinha acontecido algo e óbvio que ele sairia correndo pra tentar resolver. Mostro que estou acordada e ele já está pronto pra partir, pergunto se ele não pode ficar já imaginando o não como resposta, e nos despedimos com um beijo calmo. 

Era doloroso demais perceber que ela tinha razão, eu nunca seria uma prioridade para o PA e apesar da noite maravilhosa que tivemos, aquilo seria uma despedida. A que não tivemos a quatro meses atrás para acabar de vez com essa história. Não adiantava mentir para mim mesma, eu adorava o PA de uma forma desconhecida. O lugar que ele me levava, as atitudes que eu tomava quando se tratava dele surpreendiam a mim mesma. 

Se tratando dele eu sempre era emotiva, inconsequente , emocionada. Quando eu estava com ele eu me desarmava, ficava sensível, transparente, e por isso tudo sobre ele me machucava mais. Suspirei fundo, e espalmei a mesinha do lado da cama procurando meu celular. Estava na hora de voltar pra casa. Compro minha passagem pro RJ e já me levanto para arrumar minhas coisas. Meu peito estava apertado, meu coração pedia pra que eu ficasse mas dessa vez decido ser racional, não estava disposta a me envolver novamente nesse emaranhado que era a vida dele.

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