Paulo André
A Jade era mesmo impressionante. Imprevisível. Indecifrável. Incomum.
Entre milhões de cenários que montei para nossa reconciliação, nenhum deles era tão bom quanto a realidade estava sendo. Não parecia que tínhamos ficado um tempo separados e pelos motivos que foram. Naquele quarto nada importava, apenas nos dois no nosso mundo.
Antes dela chegar com nosso café da manhã que nem comemos, eu liguei pros meu pais explicando porque viajei de madrugada. Não quis contar da Thays, queria ter essa conversa pessoalmente. Meu pai não gostou e nem entendeu o que de tão importante eu tinha pra resolver com a Jade, no fundo ele guardava ressentimento dela. Minha mãe como sempre compreensiva apenas me apoiou e me tranquilizou sobre o bem estar do PAzinho.
Enquanto Jade me contava animada da viagem, eu repassava as possibilidades na minha cabeça. Não tinha nada preparado para uma viagem daquelas, nem que fosse por poucos dias.
Jade: E então, vamos? – Ela perguntou com a voz manhosa e com os olhos pidões ansiosos por uma resposta, mas eu ainda não tinha uma.PA: Precisa de passaporte pra ir? Não sei se trouxe o meu e não daria pra ir em VV e voltar pra viajar.
Jade: Não precisa, é aqui do ladinho. – Ela sorriu.
PA: E lá faz frio pra caramba né, eu não trouxe quase nada de roupas.
Jade: Não se preocupa com isso, eu arrumo nossas malas. – Ela respondeu e mudou de expressão. – PA, não precisa ir se não quiser. Eu me precipitei com o convite, está tudo bem. – Ela se soltou dos meus braços, me deu um selinho e correu para o banheiro. Jade sempre se afastava quando estava chateada com algo, tinha mania de querer demonstrar força o tempo todo. Eu sabia que ela queria um sim imediato meu, mas eu ainda não tinha certeza se essa era a melhor resposta. Uma viagem internacional assim, ainda mais de ultima hora, seria bem cara. Não que dinheiro fosse o problema, hoje em dia eu podia me dar esse tipo de luxo mas não deixava de pensar o quanto aquilo custaria.
Jade: A gente precisa comer, já que não teve café da manhã. – Ela disse saindo do banheiro e forçou um sorriso. Eu sabia que estava fritando com o fato de não ter tido uma resposta clara sobre a viagem. O silencio prevaleceu no quarto enquanto eu me vestia e ela penteava o cabelo, no beiço tinha o bico maior do mundo. – Vamos descer? – Ela abriu a porta do quarto e eu a abracei.
PA: Vamos. – Ela tentou sair do abraço mas não deixei – Tu vai ter que me esquentar senão eu vou congelar nesse fim de mundo aí. – Suas pupilas dilataram e os olhos azuis brilharam, enquanto ela abria um sorriso.
Jade: Você tá falando sério, PA?
PA: Eu vou pra qualquer lugar com você Deja, até pro fim do mundo, literalmente. – Ela se soltou de mim e deu alguns pulinhos em comemoração. Depois enlaçou seus braços no meu pescoço e me beijou carinhosamente. Quando me puxou pra mais perto e aprofundou nosso beijo, desci minha mão pra sua bunda e apertei, meu membro já dava sinal de que queria mais mas meu estômago fez um barulho estranho. A Jade estava insaciável, mas eu precisava me alimentar senão não aguentaria. – Se eu não comer algo vou acabar desmaiando. – Falei entre nosso beijo e ela sorriu, seguimos de mãos dadas para o andar de baixo. Eu havia até esquecido que o pai dela e o Léo estavam na casa, e tomei um susto quando os vi.
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DEPOIS DO FIM
عاطفية"Talvez seja a maneira como você diz meu nome, talvez seja a maneira que você joga o seu jogo, mas é tão bom, eu nunca conheci ninguém como você, mas é tão bom, eu nunca sonhei com ninguém como você. E eu ouvi falar de um amor que vem uma vez na vid...