Capítulo 27

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Flashback On

O caminho com o PA é bastante animado. Enquanto dirigia, ele contava história sobre os amigos e sobre como estavam ansiosos para me conhecer pessoalmente. PAzinho estava na cadeirinha no banco de trás, e começa a cochilar sereno.

Jade: Todo mundo está lá? – Atiço, mas queria saber sobre uma pessoa específica. Logo quando eu aí do programa e me situei de como as coisas estavam aqui fora, me contaram que a Thays e algumas amigas dela incentivaram o hate que eu recebia na época. Fiquei surpresa e achei até engraçado o fato delas não gostarem de mim mesmo sem me conhecer. Os meus fãs não perdoaram isso e acabaram passando do ponto e a atacando, fazendo o PA ter que se manifestar e pedir pra pararem. Eu não apoiava e nem gostava desses tipos de atitudes, mas no fundo os compreendia, toda ação tem uma reação, por mais que essa seja exagerada. Ela não era presente nas conversas minhas e do PA, e apesar de as vezes eu estranhar a relação deles, PA sempre deixava claro que eram apenas amigos e eu acreditava nele.

PA: Todo mundo que quer muito te conhecer. – Ele gargalhou. – Relaxa Deja, ta tudo certo.

Jade: Só não quero que tenha alguma situação desagradável. – Respondi e ele pegou minha mão e beijou

PA: Não vai ter. – Ele me olhou – Tu confia em mim?

Jade: Confio.

Alguns minutos depois paramos no portão da casa dele. Parecia grande, e lembrava a fachada de algum sítio. PA abriu a porta do carro pra eu sair, e pegou o PAzinho no colo que dormia tranquilamente no banco de trás. Eu estava nervosa, e ele percebeu quando entrelaçou nossos dedos, porque minha mão estava gelada. Assim que abrimos a porta, dona Mary nos recebe com um sorriso imenso.

Mary: Jade, minha filha! – Ela me tomou nos braços em um abraço caloroso e me deu um beijo na bochecha. – Estávamos ansiosos te esperando.

PA: Fala com ela mãe, que a gente não morde. – PA falou risonho e eu dei um tapa no braço dele que reclamou. O sorriso dele estava tão grande que quase não se via os olhos.

Jade: O teu filho é um engraçadinho, dona Mary. Eu também estava ansiosa pra encontrar vocês.

Mary: Eu sei minha querida. – Ela segurou minha mão – Vamos entrando Jade, a turma toda está no quintal. – Ela foi me guiando para o quintal, e o PA veio atrás com o PAZinho no colo. Quando eu apareci, eles fizeram a maior festa. O pai do PA e seu irmão me cumprimentaram com um beijo no rosto, aparentemente ainda um pouco tímidos, mas a famosa tropa do PA não deram folga. Depois de ser apresentada para cada um, eles já começaram a me zoar, e a falar todos ao mesmo tempo. A mão do PA levou o PAzinho para dormir no quarto enquanto nós nos acomodávamos ao redor de uma grande mesa de madeira. O clima estava muito gostoso, eu ainda ficava perdida em um assunto ou outro, mas todos me tratavam como se me conhecessem a anos. Eles falavam animados sobre futebol e eu fazia careta porque não entendia nada.

PA: Eu já disse pra ela pô, ela é flamengo puro. – Ele falava animado. – O manto do mengão ela já tem, só falta fazer a boa.

Jade: Eu já te disse que não entendo nada de futebol, e sou são paulina por causa do meu pai.

Matheus: Melhor do que corintiana igual o Léo né.

Patrick: Pô Deja, vem pro lado feliz da força, esses outros times não tão com nada não.

Gaigher: Ela tem que ir pro estádio galera, o próximo jogo ela tem que ser convocada.

Poloni: Bora ver se tu é mais pé quente que o PA.

Tuim: Pô Deja, tu sabe que pedra preciosa é amuleto, e você é a do PA. – Todo mundo riu. O Tuim era o amigo mais novo e mais engraçado do PA. Ele dizia cada frase, que minha barriga já doía de tanto rir. Passamos horas conversando, rindo e eu já estava bem mais a vontade com todos. Os meninos resolveram que iriam tocar pagode, e PA, viciado em microfone como é já foi assumindo os vocais junto com seu irmão.

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