É o MEU corpo!

Capítulo 1 - Manuela, a gorda

Oi, oi!

Tive essa ideia de livro por causa de mim mesma e umas amigas. Vejo constantemente pessoas sofrendo racismo e bullying. Então se você está sofrendo e não aceita seu corpo, esse livro é pra você!

Bom primeiro capítulo!

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Caoitulo 1

Manuela

"Estou caminhando em direção ao altar, meu coração está acelerado como nunca. Acho que vou ter uma parada cardíaca. Quando vejo o rosto do belíssimo Jeon John Kook me olhando emocionado. Estamos nos casando! Eu finalmente vou casar com o homem da minha vida e..."

— Acorda, Manuela! — pulo da cama assustada quando um balde de água fria caiu sobre mim. Olho assustada para a minha mãe, que dá um sorrisinho. — Bom dia.

— Bom dia?! Você acabou de me dar um banho! — me levanto irritada, olhando para meu colchão e cobertores, todos molhados. — Não podia ter me acordado como uma mãe normal?

— "Mãe normal" não está adicionado no seu pacote de família. Agora anda, veste algo descente e vai para a escola.

— Tá.

Tomo um banho rápido e visto meu uniforme. Fico olhando para a minha cama. Eu espero que ela se seque sozinha antes que eu chegue da escola.

Na cozinha, um delicioso bolo de fubá me espera. Como quase metade do bolo.

— Manu, come menos, pelo amor de Deus! — preparo um copo de leite com achocolatado. Enquanto isso, meu irmão mais novo, Gustavo, aparece na cozinha.

— Bom dia, baleia. — lanço um olhar mortal para ele.

— Bom dia, tripa seca. Que bom que apareceu, estava precisando de um palito de dente. — Ele revira os olhos.

— Vocês podem parar? Gustavo, não chame sua irmã de baleia. E Manu, para de zoar ele.

— É só brincadeira. — dizemos juntos. Óbvio que não é brincadeira.

Durante a refeição, minha mãe fica mexendo no meu cabelo.

— O que foi?

— Manu, você já pensou em fazer alguma coisa no cabelo? Tipo alisar?

— Eu gosto do meu cabelo crespo, mãe. Lembra o do papai. — Ela fica em silêncio. Tocar no papai sempre é algo difícil.

— Vão logo para a escola, não quero que percam o ônibus.

— Tchau! — digo animada.

Meu irmão também se despede e segue comigo até o ponto de ônibus. Não conversamos durante o trajeto.

Estudamos na mesma escola, mas em blocos diferentes. Gustavo tem quatorze anos. Já eu, quinze. É pouca diferença.

No caminho, tiro um livro da mochila e começo a ler. Estou lendo a Série de Amores Improváveis, são ótimos livros! Bem, eu não devia estar lendo... São livros adultos. Mas quem diz que eu me importo?

Quando chegamos na escola, me separo do meu irmão. Hora de enfrentar a selva selvagem!

Eu sou uma garota sociável até. Claro, não sou como... aquela ali: — olho para a Soraia — Que transborda simpatia e popularidade. Eu sei que no fundo ela é uma víbora, mas quem diz que eu me importo? Ela não me incomodando, tudo ficará certo. Afinal, eu tenho um soco matador.

— Bom dia, Manu! — levo um sustinho quando Edu aparece e joga o braço nos meus ombros. Ele é meu melhor amigo.

— Bom dia.