Capítulo 4 - Ajude ele

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Quarto capítulo!

Boa leitura!

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Capítulo 4

Manuela

Nesse momento estou sentindo na pele o que os ratos passam quando são perseguidos por um gato.

— Eu odeio ser sedentária! — corro por toda a escola. Muitas pessoas param para ver a cena, alguns riem. Eu não ligo para a plateia, estou mais preocupada em salvar a minha VIDA!

— Volta aqui!

— Socorro!

— Você não vai escapar dessa vez!

Não mesmo!

Cadê a diretora? CADÊ O SEU JORGE?

Espero que levem muitas flores no meu funeral.

— Manuela, eu te mato!

— Eu não fiz nada!

Eu não vou aguentar correr por muito mais tempo!

Passando pela cantina, vejo o seu Jorge segurando sua vassoura. Na hora bolo um plano.

Pego a vassoura e quando Enzo Quase me pega, acerto ele com a vassoura. O garoto cai em cima do do lixo.

Ok, eu não queria que acontecesse isso.

Vou morrer.

— Baleia... — diz se levantando. Vem para perto de mim com o punho erguido, pronto para me acertar. Mas para a minha salvação, bem nessa hora, Edu, Marcos e Liz, entram na minha frente.

— Na Manuela você não toca, projeto de heterotop. — diz Liz.

— Volta pro Japão, Ching ling. — minha amiga ferve de raiva. Foi o Vitor quem disse. O trio de guardas do Enzo apareceu.

— Edu, sinto falta de quando você não era boiola. — Juliano fala com desdém.

Sinto meu sangue queimar de raiva.

— Lombriga, o que ta fazendo aqui? Vai bater uma pra personagem de livro. — Robson faz o comentário.

— Calem a boca! — entro na frente dos meus amigos. — Nojentos.

— Você é a nojenta. — mal tenho tempo de reagir, Enzo me dá um empurrão e Juliano cuspe no meu pé.

— Maldito! — Liz pula na minha frente e acerta um soco na cara dele. — Vou te fazer se arrepender disso na marra.

— Liz! — Agora ferrou. A Liz treina artes marciais desde pequena. Ela vai destroçar o cara.

— Manuela, vai para trás. — meus dois amigos ficam na minha frente. Sem que eu perceba, a porradaria começa. Apenas eu e Enzo não estamos brigando, então ele começa a andar na minha direção.

— Eu vou esfregar sua cara no chão.

— Se quiser mais um chute nas bolas, por mim tudo bem. — dou de ombros. Estou tentando disfarçar meu nervosismo, porque sei que se ele tentar me bater, eu estarei morta.

— Você é ridícula. Por que não para de comer um pouco?

— Se tá muito pra você, divide com quem quer comer.

Escuto os alunos gritarem um "uhuul" e "Eu não deixava"

— Não como porcaria. — fecha o punho. — Quais suas últimas palavras?

— Vou voltar como fantasma para te assombrar o resto da vida! — fecho os olhos com força, esperando o impacto da mão dele com o meu rosto. Mas ele não vem. Quando abro meus olhos, Luciana está entre nós dois, segurando o pulso de Enzo.

— Não se deve bater em mulheres. — torce o braço dele, virando Enzo de lado e prendendo ele.

— Que? Me larga!

— Ok! — passa uma rasteira nele, o fazendo cair sentado no chão. Luciana me olha sorrindo. — Acho que ele não vai mais...

— Cuidado! — Enzo levanta bem na hora, e com uma vassoura, acerta Luciana e a mim. Em seguida, a diretora aparece junto de professores. Por sorte, a vassoura não machucou muito.

— Eu vou te matar, Manuela! Você também! — tentam arrastá-lo para a diretoria, mas está sendo um trabalho difícil.

A diretora chama a mim e a Luciana para a diretoria.

— Eu sei que vocês devem estar querendo que eu expulse o Enzo pelo seu comportamento. Para falar a verdade, eu concordo. Mas temos um problema: Enzo é um aluno esquizofrênico.

Arregalo os olhos.

Tá aí a resposta por todos os seus ataques de ódio.

— Manu, eu quero te pedir um favor. — lhe olho curiosa.

— Ajude o Enzo a melhorar seu comportamento.

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