𝐅𝐔𝐓𝐔𝐑𝐄 𝐎𝐑 𝐏𝐀𝐒𝐓? - ADAM REED ✔

19-AND YOU TOO LITTLE CASSIE

CASSIE PARKER

Enquanto andávamos pela rua, meu pai e tio Louis nos olhavam de relance a cada minuto.

- O que estão olhando? - a loira pergunta.

- Ainda estão aqui - Louis a responde - achávamos que quando eliminássemos a viagem no tempo, voltariam ao seus tempos fixos.

- Deve levar um tempo para que 30 anos de mudança se corrijam - responde Adam (mais velho).

- Acho que não temos muito tempo - o garoto diz checando suas mãos quando viramos para a casa dos Reed's - sinto algo acontecendo.

- Eu também - respondemos, menos nossos pais.

Entramos na casa.

- Podemos mesmo estar aqui?

- Tudo bem. Sua mãe te leva pro clube de ciências às quintas.

Adam (mais velho) suspira.

- Olha, pai. Precisamos contar uma coisa.

- Já sabemos.

- Soubemos no momento em que vimos vocês - papai me olha triste em seguida olhando para a mulher loira.

- Sentimos muito - falam em uníssono.

- Sentimos muito por não estar com vocês no futuro, mas... - papai começa a falar mas não consegue terminar.

- Mas não podem dizer como ou quando vai acontecer. Vieram pra cá porque ninguém tem o direito de mudar o futuro, inclusive nós.

- São os seus futuros...

- Não - responde o filho mais velho - você é meu futuro. Todos são, nossos futuro - ele apoia a mão no ombro do meu pai que concorda.

- E que sorte a nossa de poder vê-los.

Papai faz um sinal com a cabeça para nós o seguirmos, já que a partir de agora a conversa fica mais pessoal.

- Olha, meninas - começa - eu sei que fui um pai ausente.

- Pai...

- E que devem me odiar por isso. Principalmente você - aponta para a mais velha - mas eu quero que saibam... Quero que saibam que sempre podem contar comigo. Independente de vivo ou morto, eu vou sempre estar com vocês.

- Pai... - tentamos novamente.

- E que desde que eu vi vocês pela primeira vez minha vida nunca mais foi a mesma. Eu amo você, Cassie. E você também, mini Cassie - fala e eu sorrio - olha, eu...

Antes que ele fale mais alguma coisa, eu e a mulher nos olhamos e o abraçamos.

- Também amamos você papai - ela diz.

- Sinto muito...

- Tudo bem. Já passou - digo e saímos do abraço.

Ele sorri.

- Estou orgulhoso de vocês, muito orgulhoso.

- Eu... - ela tenta falar algo, mas não sabia como reagir.

- Não precisa falar nada - ele diz e quando íamos voltar ele nos impede - venham aqui - nos puxa para outro abraço.

É bom poder abraçar meu pai de novo, mesmo que eu saiba que não vai durar. Seu abraço era quente e aconchegante, eu poderia facilmente passar horas nele, pode parecer estranho um abraço transmitir confiança mas o seu transmitia. Com certeza o melhor abraço que nós poderíamos receber.