A inofensiva (Supercorp)

Capítulo 4

  No fim do meu expediente o incomodo ainda não havia sumido por completo e a reunião que tivera não ajudou muito nem mesmo o almoço que comi o fizera ir embora, na verdade a cada hora que passava eu me sentia pior, vendo que não me encontrava no meu melhor vou rapidamente ao estacionamento enquanto procurava o carro, não sabia ao certo de onde vinha aquele desconforto, mas só podia colocar a culpa no estresse que vinha acumulando e o pior é que já poderia saber o motivo se não fosse tão teimosa adiando as minhas consultas.

  -- Lena você está bem? -- questionou Andrea olhando pela janela do meu carro com um semblante preocupado por eu estar com o rosto encostado no volante -- parece um pouco pálida, quer dizer mais que o normal.

  Eu não conseguir responder pois bateu uma forte tontura naquele momento.

  -- Lena -- chamou ela abrindo a porta colocando a mão na minha testa -- acho melhor você ir pro hospital.

  -- Não, vou me sentir melhor quando chegar em casa -- respondi conseguindo levantar o rosto.

  -- Lena você não estar em condições para dirigir -- disse Andrea, antes que eu pudesse responder ela me interrompe -- eu sei que não vou te convencer a não ir, então pelo menos pegue um táxi.

  Sabendo que Andrea estava certa, afinal eu realmente não me encontrava em condições de dirigir desligo o carro tirando a chave da ignição me recostando no banco respirando fundo de olhos fechados ficando assim até que me sentisse segura para sair do veiculo vendo que a Alfa continuava ali me esperando com um olhar preocupado.

  -- Acho que não posso deixar o carro aqui -- disse fechando a porta me encostando nela, pois minhas pernas estavam sem forças para me manter em pé.

  -- Olha se não for problema posso ficar com ele, moro aqui perto você pode buscar amanhã se sentir melhor -- sugeriu ela me oferecendo o braço para me apoiar.

  Não tendo muita alternativa aceito o seu apoio confirmando com a cabeça lhe entregando as chaves me permitindo ser guiada para fora indo para onde alguns táxis estavam estacionados pegando um deles.

  -- Lena creio que seria uma boa ideia não vim amanhã -- disse Andrea sobre a janela.

  -- Não se preocupe esse mal estar não dura muito -- disse no tom mais firme que conseguir no momento -- além do que não pretendo deixar o projeto que criei sem supervisão por muito tempo.

  -- É sério, por favor descanse pelo menos um dia inteiro -- insistiu a Alfa -- eu lhe garanto que nada vai acontecer com o "seu" projeto, pode ir taxista.

  Antes que eu pudesse discutir o carro vai embora indo em direção ao meu apartamento, durante o caminho me peguei pensando se deveria mesmo fazer o que Andrea havia dito, porém acabei chegando sem ter conseguido tomar uma decisão. Desço do carro pagando o motorista subindo para o meu andar sentindo o meu mal estar diminuir somente quando cheguei em casa e respirei fundo, mas não me senti forte o suficiente para chegar até o quarto me limitando a deitar no sofá. Foi naquele momento que algo estranho aconteceu, o mal estar passou.

  Eu não entendia o que estava acontecendo, se fosse o caso de eu só me sentir mal fora de casa, então por que o mal estar começou ainda de manhã quando ainda estava em casa? E por que ele só realmente passou quando me deitei no sofá?

  Tudo estava estranho demais para eu conseguir entender naquele momento e a minha mente estava agitada demais para que eu conseguisse dormir e não sabia se seria uma boa ideia levantar por medo dele voltar, mas também não queria ficar sem fazer nada, pois aquilo só lembrava de minha solidão e eu não estava falando de estar sozinha na casa.