Enquanto Lena se encarregava de chamar as meninas, decidir arrumar a mesa para mais pessoas, 4 ao todo, porém algo rapidamente me veio a mente.
— Lena posso convidar alguém também? — questionei a olhando, parando de retirar o prato intocado de Lilian sobre a mesa junto ao seu copo vazio.
Ela nem provou a carne, nem o molho, ou o suco.
— Quem tem em mente? — perguntou, curiosa e talvez um pouco desconfiada, com o celular em mãos, pude notar isso pelo leve erguer de sua sobrancelha, não fora muito, quase não se notava a diferença de sua expressão normal, mas eu vi e fora suficiente para me deixar momentaneamente inquieta.
— Não se preocupe, não é ninguém do quinteto — respondi, a tranquilizando, caso esse fosse o motivo de sua insegurança — estou pensando em convidar uma amiga que trabalha comigo na bote, acho que você já viu ela, então... posso convidar?
— A casa também é sua Kara, você pode convidar quem quiser — disse Lena, num tom tranquilo — inclusive os membros do quinteto, afinal eles são a sua família, não é?
— Nam... eles devem está ocupados — disse dando de ombros, querendo passar a mesma tranquilidade, mas sabia que não conseguiria, nós duas sabíamos o porquê, eu simplesmente não queria me expor mais do que já havia sido exposta por eles.
— Com medinho que eles contem algo que, eu, não deva saber? — questionou Lena num sorriso travesso — talvez um podre de infância?
— Não vou mentir dizendo que não por isso, mas nesse caso, é só porque eu mesma quero contar eles — respondi olhando antes de ir em direção a cozinha, guardando aquele prato intocado e o copo, não queria pairando sobre nós, como uma lembrança desagradável daquela visita, agora, tão indesejada.
— Posso ter pelo menos uma dica do que se trata? — perguntou, soando mais próxima de mim, devia está no balcão e realmente estava quando me virei, me deparando com sua imagem, inclinada sobre ele, com seus braços cruzados, um sorriso mais leve, tendo alguns fios de seus cabelos soltos do coque que usava, sobre seu rosto, me deixando bem mais aliviada.
Eu não havia reparado em sua aparência até aquele momento, primeiro por causa do meu nervosismo e depois, pela raiva que sentira perante as palavras que ouvira daquela mulher. Mas agora, que não tinha mais nada me roubando atenção, além da ômega em minha frente.
Lena estava bem menos formal do que eu, vestindo um vestido verde clarinho, que realçava seus olhos, não mostrava muito, mas tão pouco escondia, sobre tudo na posição que estava, usando uma simples corrente de prata com um pingente de três espirais, com seus cabelos presos num coque alto, que agora, estava um pouco bagunçado.
Tive que refrear uma repentina vontade de afastar um dos fios para longe de seu rosto e me perder naqueles olhos tão brilhantes, mesmo não sabendo o porque exatamente fiz isso e no momento, não estava disposta a descobrir.
Sem falar no silencio atípico da minha loba durante toda aquela situação, me deixando com uma terrível preocupação, felizmente fui puxada para fora de meus pensamentos por Lena antes que acabasse ficando muito ansiosa.
— Sabe que já pode tirar essas roupas, não é? — questionou com um sorriso de lado enquanto parava de se apoiar no balcão.
— Como? — perguntei tentando inutilmente processar o que havia escutado, a vendo caminha quase lentamente em minha direção.
— Só estou dizendo que você poderia se trocar, já que os nossos amigos não ligam tanto para formalidade — explicou Lena de forma calma, ajeitando a gola da minha camisa, quase pude sentir seus dedos tocarem a pele do meu pescoço — você não precisa mais impressionar alguém.
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A inofensiva (Supercorp)
FanfictionLena é uma ômega muito responsável e que luta pela sua própria independência, mas que começará a se preocupar que com os seus 28 anos ainda não encontrará o seu Alfa, problema é que ela procura por um Alfa calmo, gentil e que não tenha um temperamen...