Prólogo

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Prólogo – Sheldon 8 anos.

-Sheldon! Venha jantar querido! – A voz de Mary Cooper veio da cozinha, ouvi minha mãe me chamar enquanto estava me envolvendo em um estudo aprofundado sobre Quarks, componentes fundamentais da matéria, me vi realmente interessado no assunto, mesmo que para comprar esse livro tivesse que trabalhar durante o fim de semana para limpar a garagem com meu pai e irmão 'Georgie", valeu pena.

Não me importava de pegar livros da biblioteca, mas gostava de os ter por perto, colocando-os em ordem alfabética, como um tipo de ritual prazeroso que fazia liberava dopamina, endorfina, ocitocina e serotonina.

Largando o livro com cuidado e colocando-o na cômoda, olhei para a cama de Missy mas ela estava ausente, ela provavelmente já estaria a mesa.

Sai do quarto e fechei a porta atrás de mim, andei pela casa até chegar à cozinha, onde vi o resto da família.

Minha mãe, Mary, estava ocupada colocando os refratários com comida a mesa, uma bela mulher e a melhor mãe que ele poderia pedir, sério, apesar de ser religiosa e me incomodar com isso sempre, mesmo sabendo que não acredito nisso, ela nunca me bateu por suas crenças, diferente de muitos pais por ai, principalmente no leste do Texas.

Minha irmã gêmea, Missy, estava de costas para mim, sentada em sua cadeira enquanto balançava as perninhas que não tocavam o chão, eu podia imaginar seu olhar para a comida, com olhos grandes e pronta para comer, mas com medo da repreensão da mamãe.

George jr. meu irmão mais velho, sentado em sua cadeira enquanto brincava com uma mecha de seu cabelo sedoso do qual muito se orgulhava, lançou um olhar para mim, mas logo voltou a encarar seu cabelo como um babuíno tentando entender um sistema de polias.

Meu pai, George, é um homem alto e acima do peso, mais do que ele gostaria de admitir, principalmente quando sua profissão é técnico esportivo, ele olhou para mim assim que entrei pela sala e sorriu, o que logo retribui.

E por último, Vózinha, a mulher que jurei amar para o resto da vida, a minha pessoa favorita, ela sempre estava lá por mim, mesmo ela não sendo a melhor influencia para uma criança, mas ela sempre parece estar cercada de luz quando olho para ela, seu cheiro me conforta e sua voz me anima, de todo esse drama de reencarnação, ela é foi a primeira pessoa a quebrar minha linha de defesa.

Quando cheguei a esse mundo, logo reconheci essa família da série de TV 'Young Sheldon', como uma prequela da série 'The big bang theory', mas de primeira não fiquei feliz em chegar aqui, sendo apenas um dono de bar alcoólatra, fumante e promiscuo em minha última vida, imagine ser um bebê viciado, você fica louco querendo algo e não consegue, foi um inferno na primeira semana, tolerável no primeiro mês e finalmente passável depois do primeiro ano.

Além disso logo descobri que meu QI aumentou muito depois de um tempo, poderia me lembrar vividamente do que vivi e poderia raciocinar como uma maldita calculadora, se não fosse todos os anos que vivi em outro mundo como ouvinte de todas aquelas historias de bêbados no meu bar, não sabia o que viraria, seu EQ do mundo anterior se misturou com IQ desse mundo, a historia de Sheldon, ou a minha, mudou vertiginosamente a partir dai.

A fonte de conflito com meus irmãos e pai na vida anterior era a própria arrogância de Sheldon e falta de tato social, nessa vida mudei isso completamente.

Não sou mais misofóbico, bom, não tanto quanto o Sheldon original, mas você sabe como é difícil se sujar quando você sabe literalmente o que pode haver em cada minúsculo grão de poeira? Muitos dos medos do Sheldon original me afetaram de certa forma, como medo de certos animais que transmitem doenças mesmo quando não estão doentes, insetos voadores que dependem do seu sangue, principalmente.

A teoria do big bang - A garota do campoOnde histórias criam vida. Descubra agora