A teoria do big bang - A garota do campo

A raposa: Bob Wyatt

Sheldon – 16 anos (Hotel)

Eu estava deitado na cama do Hotel, estava usando meu notebook, um modelo muito antigo(e lento) para o seu gosto, mas era o que tinha, eu estava respondendo alguns e-mails, principalmente com as escolas que adiantei o período.

Eu pensei em enviar um E-mail para Penny, mas ela não tinha computador, ela me deu o numero da casa dela, assim como eu lhe dei o numero do telefone no seu quarto além do seu E-mail.

Eu não iria ligar para ela agora, apenas em ocasiões importantes, nosso relacionamento estava muito longe da palavra amigos, no máximo, conhecidos.

Eu vinha fazendo palestras todos os dias a duas semanas e realmente me sentia cansado, estava louco para terminar isso logo, hoje eu já havia me apresentado, agora, quase a noite, eu estava pronto para ir comer algo e ir para cama, mas meu telefone tocou.

Pegando-o, falei assim que coloquei no ouvido. – Dr. Cooper, em que posso ajudar? – A maioria de quem liga para mim são alguns alunos que querem me fazer perguntas de nível médio, nada muito.

-Olá, Dr. Cooper, aqui é o diretor da West Cost High School, o senhor teria tempo no momento? – Ele perguntou com uma voz meio estranha e embargada, havia até mesmo um traço de vergonha, nada parecido com aquele diretor que me lembrava.

-Sim, em que posso ajudar? – Perguntei intrigado.

- Dr. Cooper, eu não queria o causar inconvenientes, mas algo vem acontecendo desde o segundo dia que o senhor saiu, tentei controlar, mas não consegui, é com vergonha que venho abordar esse assunto com você e lhe pedir desculpas.

Eu fiquei cada vez mais intrigado, o que diabos estava acontecendo. – Diretor, eu sou uma pessoa direta, chega ao ponto.

-Bem, você lembra da aluna que participou de sua palestra, Penélope Wyatt? – Ele perguntou, um mal pressentimento me assolou, mas confirmei.

-Bom... dois boatos começaram a se espalhar naquele dia, primeiro foi que ela teve relações... sexuais, com os jogadores do time de lacrosse, o segundo é que ela seduziu o senhor e que está esperando um filho seu. – Ele falou com alguma cautela.

Meu cérebro parou no mesmo momento, que porra está acontecendo? Logo giros e giros foram dados, revendo em alta velocidade todo seu encontro com Penny, ele deduziu que alguém não gostava de Penny, queria constrange-la, pode ou não ter visto ela em cima dele ou lhe dando um beijo e aproveitou para aumentar a fofoca.

Suspirando cheio de raiva e culpa, tentei me acalmar, levou alguns minutos e a voz do Diretor voltou.

-Dr. Cooper? – Ele perguntou

Abaixei minha voz para níveis aceitáveis e respirei fundo antes de falar. – Como ela está?

-Ela ficou retraída no começo, alguns relatos de que estava chorando hora ou outra, ela não vem a escola a três dias e hoje o pai dela apareceu na escola gritando querendo socar o time de lacrosse e falar com você. – Ele tentou deixar o mais claro o possível.

Apenas culpa me corroeu novamente, pensei em ligar para a casa dela, mas conversas pelo telefone geralmente pioram as coisas. – Entendo, Diretor, você pode me dar o endereço dos Wyatts?

-Isso... bem, não é nenhum segredo e todos se conhecem, eu posso lhe dar, mas gostaria que o senhor não desse meu nome depois disso. – Ele falou com um suspiro.

-Tudo bem, obrigado. – Falei, ele logo voltou com um endereço, anotei em um papel, geralmente eu não anoto nada, porque me lembro de tudo que quero lembrar e boa parte do que não quero, mas em vezes que é importante eu anoto, sempre é bom se precaver.