"Primeiro encontro"

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Sheldon – 16 anos – (Fazenda dos Wyatts)

Segui Penny, correndo por alguns minutos, logo ouvi barulho de água corrente, quando ela finalmente parou, vi que era um lago ligado ao rio ao longe.

-Eu gosto daqui, é perigoso ir depois do meio, a corrente do rio já pode influenciar o lago, mas fora isso é bem seguro. – Ela concluiu, se aproximando de uma grande pedra ao lado do rio, ela se sentou e tirou os sapatos, enrolando um pouco o vestido, ela colocou os pés delicados na água enquanto os balançava para frente e para trás.

Olhei para isso, achando a cena muito bela, lembrando-me que carregava uma pequena polaroide no bolso, apontei a câmera para ela, ela virou o rosto no momento em que tirei a foto, eu esperava que a foto tivesse saído boa, segurando-a foto, esperei que secasse.

-Ei! Você não pode tirar fotos das pessoas do nada! – Ela falou irritada enquanto se levantava e vinha até mim marchando, afastei a foto dela e coloquei bem alto, para que ela não pegasse.

Ela tentou um pouco, mas desistiu, olhei para a foto revelada e vi que ela não saiu tremida, mas com o rosto de Penny por cima do ombro olhando para mim, gostei muito da foto.

Olhei para ela e falei. – Eu gostei muito dessa foto, posso ficar com ela? – Pedi, entregando a foto a ela depois disso para mostrar que concordaria com os desejos dela.

Ela pegou a foto meio emburrada, mas um pouco vermelha, olhando para ela por um bom minuto procurando algo que a envergonhasse, mas apenas o próprio ato de eu ter uma foto dela já a envergonhava.

Mesmo assim, ela suspirou, me devolvendo a foto e falando. – Tudo bem, mas eu quero uma foto sua. – Ela pediu envergonhada e com expectativa.

Levantei uma sobrancelha e sorri. – Claro, aqui está, você quer que eu pose? – Perguntei com um sorriso.

Ela revirou os olhos e riu. – Idiota! – exclamou balançando a cabeça.

Respirando fundo, ela veio até mim e chegou perto, colocando a câmera virada para nós, olhei surpreso para ela, mas não neguei, achei essa Penny muito intrigante, uma hora ela estava nervosa, outra ela era ousada, não conseguia entender.

-Meu braço é mais comprido, aqui, me empreste. – Falei, pegando a câmera dela.

Coloquei o braço na cintura dela, ela enrijeceu, mas não tirou, encostado um pouco a cabeça no meu ombro, depois de sorrir, tirei a foto, entregando-a a ela.

Depois que ela pegou a foto, ela deu um sorriso feliz, olhei para a foto e vi que o rosto dela tinha um sorriso simples. – Isso foi bem ousado da sua parte, sinceramente não entendo você.

Ela olhou para mim corando e guardou a foto, perguntando. – O que você não entende?

-Você parece com vergonha e tímida, depois ousada e com iniciativa, algum padrão especifico que eu não consigo ver? – Perguntei.

Ela corou mais e ficou quieta por um momento, voltando para se sentar à beira do lago, balançando a cabeça, tirei meus sapatos e subi as barras da calça, sentei-me ao lado dela e balancei meus pés na água fria.

-Eu não sei bem, eu não sou tímida, nunca fui, mas me sinto assim com você as vezes. – Ela falou depois de um tempo. – Fora que não consigo acreditar no que aconteceu esses dias, as vezes nem sei o que está acontecendo, parece que está indo tudo muito rápido, mas não ao mesmo tempo, isso soa estranho?

-Humanos são contraditórios, entre a emoção e a razão a linha entre o certo e errado é tão fina quanto uma folha de grafeno. – Decidi não responder sua pergunta diretamente, mas ainda expressar minha opinião.

A teoria do big bang - A garota do campoOnde histórias criam vida. Descubra agora